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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

QUARTA A FUNDO























Já temos experiência suficiente para não embandeirar em arco só por causa duma goleada sobre o Setúbal. Ainda para mais contra dez desde o final da primeira parte e frente a uma equipa/clube em convulsão. Mas lá que veio mesmo a calhar, lá isso veio!

Mais importante que a goleada foi termos alcançado a quarta vitória consecutiva na Liga e, sobretudo, esta ter permitido encurtar a distância para o primeiro lugar mercê do empate dos corruptos na Vila das Aves. Em apenas vinte e quatro horas assistimos a uma mudança de cenário na antecâmara do Clássico da próxima sexta-feira. Agora, é o Benfica que surge em crescendo e o Porto talvez menos confiante. O dia 1 de Dezembro poderá ser o da restauração...da nossa liderança. Seja como for, e este aspecto é muito importante, qualquer que seja o resultado no Dragão continuará tudo completamente em aberto.

Mas ainda teremos tempo para abordar o Porto-Benfica. Por agora, saboreemos estes seis chocos frritos com que presenteámos os sadinos.

- Dois golos na sequência de bola parada. O primeiro, logo aos 7', livre lateral cobrado pelo Pizzi e assistência do Jardel para o Luisão finalizar com o pé esquerdo. O Capitão já andava a rondar o golo há alguns jogos e mereceu este, até pela enorme exibição que viria a fazer.

- O segundo, aos 39' num canto marcado pelo Pizzi, assinala um registo fabuloso do Pistolas que chega aos 100 de águia ao peito. É obra!



- O terceiro, logo no início da segunda parte, premeia uma bela jogada pela direita, com assistência do Pizzi (mais uma) e frieza do Salvio na finalização.

- O quarto foi o segundo do Jonas mas devia ter sido o seu terceiro, pois marcara dois minutos antes após um fora-de-jogo muito mal assinalado ao Pizzi. Mas aos 66' valeu. Toque de cabeça do André Almeida dentro da área e excelente execução do Jonas num remate à meia volta.

- Aos 68' o quinto. O André Almeida não queria marcar, mas lá teve que ser...Tentou assistir o Pizzi, o defesa cortou mas devolveu-lhe a bola e o André encostou então ao primeiro poste.

- Para fechar a meia-dúzia ainda tivemos direito a mais um choco, agora com sabor a frango, servido pelo Cristiano a remate do Zivkovic, aos 87'. O Zivko que, diga-se, entrou em campo aos 60' e apareceu em excesso de velocidade, rebentando várias vezes com quem lhe aparecia pela frente no flanco esquerdo. A sua entrada correspondeu à saída do Grimaldo, baixando o Cervi para lateral esquerdo. Esta é uma opção que já tem sido utilizada algumas vezes em desespero de causa, mas não tem de ser necessariamente assim. O argentino, graças à sua entrega inexcedível, pode mesmo ser uma alternativa para esta posição.

Outras notas:

- É uma delícia ver o Krovinovic a jogar, não é? O toque de bola, a inteligência, a garra! A forma como dá sempre uma linha de passe simples ao colega portador da bola, a forma como a entrega sempre redondinha! Tudo indica que é um digno portador da camisa 20, um herdeiro à altura de Simão Sabrosa, Di Maria e Gaitán, ainda que num estilo mais próximo do Pablo "El Mago" Aimar. É uma delícia, não é?

- Será que o Pizzi voltou? Pelo menos, fez o seu melhor jogo da época até à data, oxalá assim continue. Talvez seja o principal beneficiário da presença do Krovi, pois agora as funções de construção e criação são divididas pelos dois. A propósito, não acham que é uma delícia ver o croata a jogar à bola?

- Quem era aquele extremo que apareceu a voar pelo flanco direito no final da primeira parte e até expulsou um adversário? A jogada parecia do Salvio mas este é mais alto e mais moreno. Ah, espera, era o Luisão!! Enorme Capitão!



- O Varela, apesar do pouco trabalho, esteve bem. Apreciei especialmente não ter largado aquela bola mesmo depois de ter sido carregado por um adversário.

- Pasito a pasito, o Jardel vai recuperando a forma, mas ainda não está lá.

Colectivamente, gostei de ver a pressão alta e consequente recuperação de muitas bolas no terço ofensivo. Gostei ainda mais de termos concedido pouquíssimas (uma?) ocasiões de perigo ao adversário. Com 2-0 ao intervalo e menos um jogador para o Setúbal, a segunda parte tornou-se quase um treino de organização ofensiva. Foi bom ver a equipa insaciável a atacar e sempre à procura de aumentar a contagem. Foi bom rever a equipa alegre, solta e confiante!

Mais um jogo em 4-3-3 com o Jonas na frente em que se comprova que este pode ser o plano A, pelo menos em jogos em que tenhamos muita posse de bola e muita presença no último terço.


                            ficha do jogo (aqui)




5 comentários:

  1. Gostei muito de ver o Pizzi, sentindo que talvez ele esteja a regressar à sua forma. Ele em forma e este Krovinovic podem formar um meio-campo realmente muito bom.Gostei também de ver o Zivkovic. Às vezes esses jogadores ficam um pouco fora das convocatórias e já achamos que estão queimados mas não é nada disso. Ele e o Cervi sabem que são praticamente titulares também. E o Jardel é bom que volte também à velha forma. Mesmo que, neste momento, ache o Rúben Dias já titular indiscutível, precisamos ter pelo menos 3 centrais em plena forma.

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  2. É isso mesmo! E também ainda não perdi a esperança no Rafa. Em forma e moralizado pode ser uma arma muito útil.

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  3. O Rafa é um foguete. Não posso deixar de lembrar-me daquele golo do Salvio no ano passado contra o Sporting na Luz, a forma como ele arrancou em alta velocidade para a baliza e fez aquele passe maravilhoso, um espectáculo! Também espero vê-lo renascido, cheio de confiança na luta pelo penta.

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    1. Aliás, lembrei-me que naquele jogo o passe para o Rafa foi do Gonçalo Guedes, outro que parecia perdido em Paris e renasceu em Valência. O futebol é bonito por isso.

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  4. Pois é! O Rafa tem características especiais que, infelizmente, ainda não conseguiu expressar de forma regular. A aceleração, a capacidade de mudar de direcção com a bola controlada em alta velocidade (poucos o conseguem fazer), a rapidez com que transforma um lance defensivo em lance ofensivo, a recepção orientada, etc. Será essencialmente uma questão mental e falta de confiança. Talvez um empréstimo a uma boa equipa onde jogasse regularmente lhe devolvesse a confiança e depois voltasse mais forte.

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