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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

MAIS UM COCKTAIL AZEDO




Nunca há só uma razão para perdermos ou empatarmos um jogo frente a equipas claramente inferiores à nossa. Esta época já nos aconteceu com o Vitória de Setúbal, Besiktas, Marítimo, Boavista e agora com o Moreirense. Cada um destes jogos teve a sua história mas em todos eles ocorreram uma série de factores que contribuíram para o nosso insucesso. Uma espécie de cocktail azedo com ingredientes nocivos para a nossa saúde e boa disposição.

Ontem dificilmente podíamos ter começado melhor. Belo passe do Eliseu, excelente finalização do Salvio e um zero logo aos 6'. Na primeira parte concedemos zero ocasiões de golo ao Moreirense. Tivemos uma série de oportunidades para fazermos o segundo mas faltou-nos frieza e objectividade para aumentarmos a vantagem até ao intervalo. Quando assim acontece é como se estivéssemos a dar ânimo ao adversário.

No recomeço, tremendo desacerto colectivo. Ausência de pressão ao portador da bola no nosso meio campo - o Pizzi precisa URGENTEMENTE de banco - defesa desalinhada, demasiado espaço nas costas, alguma infelicidade - o Lisandro aleija-se a tentar fazer o corte, o Almeida também não consegue evitar - e golo para eles! 

Não faz mal, pensei eu, temos todo o tempo do mundo para fazer o segundo. Mas o desacerto colectivo continuou, o Moreirense acreditou e o árbitro ajudou. Aos 54', falta não assinalada sobre o Eliseu e fazem o dois um.

Calma, temos tempo que chegue para dar a volta a isto - prossegui no meu optimismo irritante. Tempo, de facto não faltava, apesar do anti-jogo dos cónegos. Mas continuou a faltar-nos organização. Aos 72' um erro do Jardel ao tentar sair a jogar, um passe para o Boateng em fora-de-jogo e sofremos o terceiro. "Porra! Assim já fica difícil... mas ainda dá" - sobrava-me uma réstia de esperança.

Com vinte minutos para fazermos dois golos era necessário termos cabeça e coração. Nada tenho a apontar à equipa em termos de empenho, mas faltou organização e confiança no modelo de jogo. Este é um aspecto a corrigir em futuras situações de desvantagem. Os jogadores não podem entrar em roda livre a quererem resolver cada um por si.

Verdade seja dita que a sorte também não quis nada connosco; duas bolas aos ferros, várias a rasar a baliza e defesas in extremis. Mesmo de forma atabalhoada, criámos situações mais do que suficientes para fazer vários golos. Se calhar ontem não era mesmo o nosso dia...

Lista dos ingredientes nocivos na receita de ontem:

- Falta de eficácia e objectividade para aproveitarmos a superioridade que demonstrámos na primeira parte
- Péssima entrada na segunda parte
- Dois golos sofridos de forma irregular
- Muita sofreguidão, sobretudo a partir do 3-1
- Noite infeliz do Jardel e do Lisandro
- O Jonas não pode jogar a 9. Ficamos sem uma referência na área e perdemos o nosso Dez onde ele faz falta
- O Carrillo, com esta falta de andamento, não pode jogar de início
- O Pizzi precisa mesmo de descansar. O que se passa com o Horta?
- A sorte também faz parte do jogo e ontem jogou contra nós
- Esta janela de Janeiro nunca mais fecha!

Fiquei mesmo chateado com esta derrota. Queria muito conquistar a oitava Taça da Liga em dez possíveis. Mas pronto, paciência. Nem só com vitórias se escreve a história de um Campeão. Agora é importante que a equipa não sinta uma crise de confiança. Cabe-nos também a nós, adeptos, garantir que tal não acontece.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

RUMO AO ALGARVE EM BUSCA DA OITAVA





Começa daqui a pouco a Final Four da décima edição da Taça da Liga, com a particularidade de reunir nestas meias-finais todos os vencedores da prova. Ao Benfica (7), Vitória de Setúbal (1) e Sporting de Braga (1), junta-se o "intruso" Moreirense, o nosso adversário de amanhã.

O favoritismo teórico do Benfica terá de ser comprovado em campo com um grande trabalho da nossa equipa. Todos os quatro concorrentes estão muito interessados em alcançar este simpático título de Campeão de Inverno.

Confesso que tenho dificuldades em sugerir o nosso Onze para defrontar o Moreirense. Por um lado existe a possibilidade de disputarmos dois jogos em quatro dias, por outro lado só jogaremos no Domingo se vencermos na Quinta-Feira. O ideal seria apresentarmos um Onze forte amanhã e deixarmos outro Onze igualmente forte de reserva para Domingo. Mas na conjuntura actual torna-se difícil, sobretudo nas laterais da defesa, nas posições 6 e 8, e na frente de ataque. 

Os dois defesas laterais, Almeida e Nelson, têm jogado sempre. O Fejsa regressou agora de lesão. O Pizzi começa a acusar cansaço, o Horta não tem jogado. Para o eixo do ataque, sem o Gonçalo (já lá vamos) e com o Mitroglou lesionado, temos Jonas, Rafa e Raúl (vindo de lesão).

A condição física de vários jogadores neste momento, nomeadamente Eliseu, Fejsa, André Horta e Raúl é uma incógnita. Era bom que estes estivessem aptos a fazer um jogo completo.

Certamente o mister saberá o que será melhor para aumentarmos as possibilidades de vencer o Moreirense, sem perder de vista a necessidade de termos gente "fresca" para a desejada Final. Também o facto de ficarmos hoje a conhecer um dos finalistas poderá ter influência nesta gestão tão delicada. O plano de jogo para eventualmente defrontarmos o Vitória será porventura diferente do plano de jogo para eventualmente defrontarmos o Braga.



A TRANSFERÊNCIA DO GONÇALO GUEDES PARA O PSG POR TRINTA MILHÕES

Trata-se de mais um excelente negócio do Benfica! Mais uma venda astronómica que nos torna ainda mais fortes e mais bem preparados para o futuro.

O Gonçalo fez uma bela primeira volta, aproveitou muito bem a ausência do Jonas para se fixar no onze e evoluir na função de segundo avançado. No entanto era provável que na segunda volta perdesse algum espaço, precisamente pelo regresso do Jonas e pela crescente influência do Rafa - os seus concorrentes directos naquela posição.

É perfeitamente natural que a saída de um dos nossos jogadores mais acarinhados nos deixe um sentimento misto, mas...facturar TRINTA MILHÕES DE EUROS pela transferência de um jogador que nos custou algumas dezenas de milhares, quando temos na equipa soluções iguais ou melhores para o seu lugar, é um feito absolutamente notável!

Ao Gonçalo, desejo as maiores felicidades na Cidade Luz onde certamente será bem recebido pela vasta comunidade portuguesa e benfiquista, adepta do clube do Parque dos Príncipes.


Mais unânime entre a Família Benfiquista, creio eu, será a satisfação pelas renovações com o Ederson, com o Pizzi e com o mister Rui Vitória! 





segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

AINDA BEM QUE OS JOGOS TÊM DUAS PARTES





Vitória justa e clara do Benfica no primeiro jogo da segunda volta, que nos permite manter a vantagem de quatro pontos sobre o segundo classificado. De forma cada vez mais definida, desenha-se uma luta a dois pela conquista do título de Campeão Nacional 2016/2017.

Até não entrámos mal no jogo, criando várias oportunidades logo nos primeiros 15 minutos. Mas com o correr do tempo, o nosso jogo denotou falta de esclarecimento e tivemos grandes dificuldades em ultrapassar a defesa do Tondela durante a primeira parte. 

O facto do nosso adversário de ontem se encontrar neste momento em último lugar na tabela não me diz muito. Sabemos que todas as equipas da nossa Primeira Liga são muito bem organizadas defensivamente e têm argumentos para sair em transições ofensivas. O Tondela apresentou não duas linhas defensivas mas apenas uma, a toda a largura do terreno. A nossa circulação de bola não foi suficientemente rápida e certeira para criar rupturas e descobrir espaços no bloco adversário. 

Ao contrário do que acontecera na primeira meia hora do jogo com o Boavista, não me parece que a nossa equipa tenha facilitado ou entrado a dormir. Simplesmente faltou-nos argúcia e velocidade para chegar ao golo. Neste período, os de Tondela conseguiam colocar sempre dois e até três elementos a pressionar o nosso portador da bola. Estas acções defensivas terão provocado um grande desgaste ao nosso adversário, cujo preço seria pago mais tarde. Ainda bem que os jogos têm duas partes! 

A entrada do Salvio, por troca com o Cervi, logo no início da segunda parte foi um factor importante na melhoria do nosso jogo. Ganhámos profundidade na exploração do corredor direito do nosso ataque. Ganhámos largura com a passagem do Zivkovic para a esquerda (se bem que me parece que o sérvio rende mais à direita). Aumentámos a velocidade de circulação e a pressão sobre a zona defensiva do Tondela. 

A melhoria do nosso jogo foi entretanto acompanhada por algum desgaste dos visitantes, que deixaram de conseguir fazer duplas marcações ao nosso portador da bola. Começavam a surgir brechas na defesa adversária.

O primeiro golo surge na sequência de um canto. Bom trabalho do Samaris a descobrir o Pizzi em zona de finalização. Este golo fez bem à saúde de toda a gente. Nós, nas bancadas, ficámos menos ansiosos. Os jogadores do Tondela ficaram mais fortes e deixaram de passar tanto tempo deitados no chão.

No segundo golo, novamente o Samaris com uma excelente abertura para o Nelson Semedo ir à linha cruzar atrasado para... o Pizzi, que apareceu mais uma vez na zona de finalização. Foi o terceiro bis do trasmontano esta época!

O terceiro é um golo de antologia! Passe açucarado do Jonas para as costas da defesa, desmarcação supersónica do Rafa e uma execução primorosa num chapéu de belo efeito. O Rafa tardava em marcar, mas estreia-se com um golo magnífico! Pode ser que, tal como disse o mister no fim do jogo, o Rafa tenha aberto a sua caixa dos golos!...

Tempo ainda para o quarto golo, num penalti convertido pelo Jonas a premiar uma incursão do André Almeida.

Mais um jogo, mais uma vitória. Uma bela segunda parte, mais quatro golos marcados e zero sofridos.

Quinta-feira disputamos com o Moreirense o acesso à Final da Taça da Liga. Vamos para o Algarve em busca da oitava conquista nesta interessante competição.






quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

O PRIMEIRO GOLO DO ANDRÉ ALMEIDA




O Benfica venceu ontem o Leixões por seis dois num animado jogo da Taça de Portugal.

Considero que o facto mais relevante deste jogo, além do desejado apuramento do Glorioso para as meias-finais, foi o primeiro golo marcado pelo André Almeida em jogos oficiais pelo Benfica. (Já tinha marcado num jogo de preparação do Verão passado um golo que lhe valeu o nariz partido.)

O André é um caso paradigmático do profissional que sobe a pulso na hierarquia da sua empresa. De patinho feio a elemento preponderante no plantel, este polivalente jogador tem conquistado o nosso respeito e admiração, fruto do seu inquestionável empenho e inesgotável disponibilidade. 

Iniciou a sua formação no Loures, passou pelo Alverca, pelo Sporting e pelo Belenenses. Foi no clube do Restelo que se estrou como sénior e realizou três épocas. Contratado pelo Benfica em 2011/2012, cumpre a sua sexta (!) época de águia ao peito. Participou em 144 jogos pelo Tricampeão Nacional, já incluindo o de ontem. 

Com o tempo e com o seu trabalho, tem evoluído em termos técnicos e tácticos. Joga a lateral direito, a lateral esquerdo, a médio defensivo e até a central. Onde gosto menos de o ver é precisamente na posição que tem ocupado nas últimas semanas, pelas lesões do Grimaldo e do Eliseu. Ficamos "coxos" a atacar pela esquerda porque ele não dá profundidade neste corredor. Mas compensa com o acerto defensivo e pelo apoio que dá na zona intermédia.

O André é aquele jogador que em princípio não colocamos no nosso melhor Onze se estiverem todos os colegas disponíveis, mas que nos deixa muito confortáveis por contarmos com ele no nosso plantel. Ademais, parece ser um moço que contribui muito positivamente para o excelente ambiente que se respira no seio do grupo. Vale muito!

Obrigado, ANDRÉ ALMEIDA! Parabéns!



Outras notas do jogo de ontem:

- O hat-trick do MITROGOLO;
- A bela exibição do ZIVKOVIC;
- A crescente participação do CARRILLO, com mais uma assistência;
- O altruísmo do JONAS, entregando a bola ao MITRO no penalti;
- A festa da EQUIPA no golo do ANDRÉ;
- Estranhei a titularidade do PIZZI e os 90 min. do NELSON SEMEDO;
- A abordagem positiva do Leixões, que demonstrou algumas ideias no ataque mas fragilidades na defesa.



Deixo ainda a minha vénia aos adeptos do clube de Matosinhos. Cerca de um milhar de fervorosos Heróis do Mar que preencheram o sector reservado aos visitantes apoiando ruidosa e incessantemente a sua equipa. O Futebol assim tem ainda mais beleza.


Agora é preparar bem o jogo de Domingo frente ao Tondela, novamente na Luz. É obrigatório vencermos!



P.S. 

E... Ponck! Lá caiu mais uma acha na fogueira de Alvalade. E é muito bem feito! Quem semeia ventos colhe tempestades. Aí estão elas. Seria muito triste se aqueles expedientes parolos e os comportamentos execráveis dessem bom resultado. Tudo o que lhes acontecer de mal é inteiramente merecido.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

VOLTAR À CARGA



Voltamos amanhã à Luz para defrontarmos o Leixões nos quartos-de-final da Taça de Portugal. O vencedor deste jogo encontrará nas meias-finais, a duas mãos, o Estoril. Atendendo às percentagens das casas de apostas, temos boas possibilidades de chegar ao Jamor, mas... as percentagens não jogam à bola.

O Leixões - que exibe no seu palmarés uma Taça de Portugal, conquistada em 1961 (ano de esplendor encarnado) -  luta para se manter na Segunda Liga, ocupando actualmente o vigésimo posto, cinco pontos abaixo da linha de água. Esta situação dos "bebés de Matosinhos" não pode no entanto ser indiciadora de facilidades. Lembramo-nos bem quão difícil foi ultrapassar o 1º de Dezembro, do terceiro escalão.

É necessário que os nossos jogadores abordem o jogo e o adversário com o respeito e a humildade habituais. Se assim for, ficaremos muito mais perto de confirmar o nosso favoritismo. Ao mesmo tempo, e sem prejuízo do atrás referido, esta é uma boa oportunidade para fazermos alguma gestão do plantel.

Assim, é este o onze que proponho:






















Começando pelas ausências. O Nelson Semedo e o Pizzi precisam mesmo de descansar. São de longe os jogadores mais utilizados até agora, com 2500 e 2400 min., respectivamente. Aliás, no caso do Pizzi foi bem evidente o seu cansaço, sobretudo mental, no jogo com o Boavista. Para o seu lugar, faz todo o sentido dar volume de jogo ao André Horta que pouco jogou desde que veio de lesão. Vai ter mais importância do que estamos à espera, o André. Precisamos de lhe dar carga.

Para lateral direito, não temos por agora alternativa, terá de ser o André Almeida. Na lateral esquerda, justifica-se mais uma oportunidade para o Yuri, com a possibilidade de o Eliseu também fazer alguns minutos, já recuperado.

Nos corredores ofensivos, devemos aproveitar para dar mais jogo ao Zivkovic e também ao Rafa. Precisamos destes dois craques no ponto para as batalhas que aí vêm. Também o Carrillo poderá ter mais algum tempo de jogo.

Na frente de ataque ainda não podemos contar com o Raúl, lesionado. O Jonas precisa de jogar para ganhar forma e o Mitroglou é o 9 mais indicado para o tipo de jogo que se espera. O Guedes talvez precise de descansar um pouco. O Jovic ou o Zé Gomes poderão depois render o grego. 

Lá estarei, como sempre. Desta vez a partir doutra perspectiva, junto aos No Name.

Carrega BENFICA!!

domingo, 15 de janeiro de 2017

A MEIO CAMINHO



Estamos a meio caminho da prova mais longa que disputamos e que constitui o principal objectivo da época. Lideramos a tabela com quatro pontos de vantagem sobre o segundo. Temos quarenta e dois pontos, fruto de treze vitórias, três empates e uma derrota. 

Dependendo de como fecha o mercado de Janeiro, podemos encarar a segunda metade desta maratona com optimismo e confiança. Há vários motivos para acreditarmos que poderemos fazer uma segunda volta um pouco melhor que a primeira: o regresso do Jonas; a evolução gradual do entrosamento da equipa; a crescente influência do Rafa e do Zivkovic; e também pela lei das probabilidades... dificilmente teremos tantos jogadores lesionados durante tanto tempo como tivemos até agora.


















O jogo de ontem com o Boavista é um misto de desilusão, orgulho e revolta. Desilusão pelo empate. Orgulho pela garra da equipa na recuperação. Revolta pelos erros do árbitro, todos contra nós. Um penalti a nosso favor que ficou por assinalar, três golos irregulares sofridos e uma inaceitável permissividade com o anti-jogo do Boavista.

Vamos por partes. Entrámos mal no jogo, com pouca intensidade e permitindo que o adversário respirasse e construísse alguns ataques. Mesmo assim, tivemos uma situação clara para marcar primeiro, pelo Guedes após excelente acção do Rafa, aos 12'.

Por passividade nossa, bom aproveitamento do Boavista e três golos irregulares!, - que mistura explosiva - encontramo-nos a perder três zero aos 25'.

















Era fundamental marcarmos pelo menos um golo até ao intervalo para nos mantermos no jogo. Conseguimos. Pelo Mitroglou. Que devia ter entrado de início, mister!

Depois, era fundamental marcar cedo na segunda parte. Conseguimos. Com uma acção decisiva do Cervi, que entrou para lateral esquerdo ofensivo. Algo que já há algum tempo tínhamos sugerido que se experimentasse, para estas situações. Seguramente tem sido treinado.



















E conseguimos chegar ao empate. Pela terceira vez nesta recuperação, é o jogador que sai do banco, agora Zivkovic, que dá o golo ao Benfica. Restavam ainda vinte e cinco minutos para chegarmos à vitória. Não nos faltou empenho, mas infelizmente faltou-nos energia e discernimento. Não fora o enorme Ederson e ainda teria sido pior. 

Ficámos a meio caminho entre uma desgraça e uma reviravolta épica.




















Este empate significa dois pontos perdidos. Mas apenas isso. Não perdemos a união em torno da equipa. Não perdemos confiança nem concentração para o próximo jogo. Não podemos.





























Moral da história:

1. Não podemos entrar nos jogos a dormir.
2. Temos de encontrar forma de impedir que a choradeira dos falhados condicione os árbitros contra nós.
3. Temos de ser mais fortes e marcar mais golos, para nos pormos a salvo no caso de não termos sucesso no ponto 2.







sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

SIGA A RUSGA!




Recebemos amanhã o Boavista na jornada que fecha a primeira volta do campeonato. Trata-se de um adversário confortavelmente instalado no 9º lugar e certamente motivado por duas vitórias consecutivas. Farão, como lhes compete, tudo o que estiver ao seu alcance para travar a marcha do Tricampeão.  
Os nossos jogadores terão de levar este jogo muito a sério para conseguirmos somar os três pontos.

Atendendo ao nosso momento e a que o jogo se realiza num Sábado às quatro da tarde, espera-se pelo menos sessenta mil Benfiquistas na Luz. A crescente onda vermelha pode e tem de ser um factor determinante nesta caminhada histórica em busca do inédito Tetra. E tu? Queres ver ou queres viver?


Torna-se cada vez mais estimulante pensarmos no próximo Onze do Benfica, dada a abundância de excelentes opções, principalmente para o quarteto da frente. 
Aqui vai uma proposta:



Prevê-se um jogo em que passaremos muito tempo instalados no meio campo adversário. A inteligência do Jonas e a frieza do Mitroglou levam vantagem sobre a mobilidade do Gonçalo e do Rafa. 

Nas alas, os Argentinos devem recuperar a titularidade. 

No centro, teremos o Samaris e o Pizzi. 


Nas laterais da defesa, não há que enganar. 
No centro, podemos ficar descansados com qualquer dupla.








E ainda "sobram" nove elementos  para os sete lugares do banco. André Horta, Rafa, Zivkovic, Carrillo e Guedes podem alterar a dinâmica na frente. Júlio César, Lindelof, Danilo e Celis são alternativas para a rectaguarda. Se der para gerir, era importante dar mais minutos ao Horta e ao Zivkovic.

Já faltam menos de 19 horas.

Bora lá Benfica!! Ganhar! Ganhar!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

É PRECISO TER CALMA





Aproveito este espaço público para lançar um apelo a toda a Família Benfiquista (começando por mim próprio), para que não entremos em euforias e não comecemos a embandeirar em arco cantando vitórias antecipadas. Tenho quase a certeza que não o faremos. Não enquanto nos lembrarmos do pontapé do Kelvin ou da cabeçada do Maicon.

É verdade que o contexto actual em termos de resultados, classificação e exibições pode fazer-nos cair em tentação. É verdade que constatamos, sem facciosismos, que o Benfica dispõe de um plantel que permite formar não uma, mas as duas melhores equipas a actuar em Portugal. Mas temos a obrigação de resistir ao impulso do "já cá canta" que seria garantidamente contraproducente.

Continuamos em todas as provas, mas ainda só vencemos uma Supertaça. Lideramos o campeonato, mas só no próximo fim-de-semana chegaremos a meio desta maratona. É imperioso mantermos esta atitude de humildade e concentração, tão bem demonstrada e transmitida pelo Presidente, pelo Treinador e pelos jogadores. Só assim poderemos prosseguir no trilho do sucesso. Nós, adeptos, devemos afinar pelo mesmo diapasão. Juntos. Mais fortes!

Dito isto, e assumo que me coloco como primeiro destinatário deste "alerta", passemos a algumas considerações.

Se dúvidas restassem, ficou ontem provado que temos pelo menos dois belíssimos jogadores para cada posição. Parece-me até que dispomos esta época do melhor plantel, senão de sempre, dos últimos quarenta anos. Esta afirmação carece de mais pesquisa mas até onde chega a minha memória e o meu conhecimento, nunca como agora tivemos:

- Dois guarda-redes de classe mundial.
- Quatro centrais de indiscutível categoria.
- Um lateral direito e um lateral esquerdo ao nível dos melhores do planeta.
- Mais um lateral direito e um lateral esquerdo internacionais portugueses e de topo na Primeira Liga.
- Um médio defensivo absolutamente implacável e campeoníssimo. E outro que também nos dá todas as garantias e ainda por cima é Benfiquista como nós.
- Extremos/segundos-avançados diabólicos a perder de vista.
- Um maestro que organiza, assiste e marca. Mais outro que segue na calha e pode até vir a superá-lo e ainda por cima é Benfiquista como nós.
- Um Dez cheio de classe que honra a camisola outrora envergada por Valdo, Rui Costa ou Aimar, mas que é ao mesmo tempo o maior goleador nas duas últimas épocas e um dos melhores de sempre!
- E ainda dois pontas-de-lança muito amigos de marcar golos e que nos dão soluções diferentes na posição 9.

E toda esta gente é superiormente liderada por um Senhor, o Professor Rui Vitória.

Deixo-vos este repto: Será possível identificarmos na História do Benfica um ano desportivo em que dispuséssemos de um naipe de 22 jogadores (dois por posição) com qualidade superior ao que temos agora?






CONTINUAMOS SEM UM ONZE


Eh pá, a sério que me está a fazer confusão não ter "o melhor onze do Benfica" definido na minha cabeça! 

Uma coisa é termos bons plantéis, coisa que felizmente temos tido nos últimos anos. Outra coisa é termos tantos jogadores tão bons, com valor global semelhante e características diferentes!! Dá para fazer tudo, dá para jogar de todas as maneiras. 

Nota-se no Benfica de 2016/2017 um princípio de jogo, independente de quem joga e um "fim" de jogo, em função de quem joga. O Benfica de 2016/2017 tem um estilo definido, enriquecido por várias correntes estéticas.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

VIRA O DISCO E TOCA O MESMO




O plantel do Benfica 2016/2017 é tão rico em qualidade e quantidade que amanhã podemos dar-nos ao luxo de utilizar um onze com nove alterações em relação a Sábado e mesmo assim apresentar uma equipa fortíssima, com todas as condições de vencer.

Não sabemos se a opção do Rui Vitória passará por poupar quase todos os titulares do jogo do campeonato, mas se assim for, poderemos ver este onze amanhã no D. Afonso Henriques:



Partindo do princípio que o Raúl está apto, podemos manter apenas os dois laterais em relação à equipa que jogou há dois dias no mesmo estádio, com o mesmo adversário. E no banco, teríamos craques como Pizzi, Cervi, Salvio, Jonas e Mitroglou!

Estou certo que com estes ou com outros, a ambição será a mesma de sempre: Vencer!
Queremos muito estar na Final Four da Taça da Liga e conquistar este troféu!

Carrega BENFICA!!

domingo, 8 de janeiro de 2017

FRIOS E LETAIS

Com o CAPITÃO em campo "Deus tá no comando"


Jogo muito difícil como se esperava com vitória justa e saborosa do Tricampeão. Tricampeão e líder que vê nesta jornada aumentados para seis os pontos de vantagem sobre o segundo classificado. Nas próximas cinco jornadas da Primeira Liga jogamos quatro (!) em casa...
Calma, pessoal!

Ontem foi mesmo difícil, perante um Vitória de Guimarães que justificou o seu 4º lugar, ex aequo com o Sporting. Os vimaranenses entraram forte e nos primeiros dez minutos jogou-se essencialmente no meio campo do Benfica. A pouco e pouco fomos conseguindo ligar algum jogo e chegámos ao golo do Jonas aos 19', sem que antes tivéssemos criado mais do que meia oportunidade. Abertura do Mitro para o Salvio, o argentino liga o turbo e passa atrasado para o Jonas matar! Frios e letais, precisámos de 1,5 oportunidades para fazer um golo.



JONAS - Primeiro na Liga. Quantos fará?



O golo caiu-nos bem e conseguimos ter mais bola, com boa circulação. Mas o jogo prosseguiu dividido com ambas as equipas a criarem situações de finalização. Num contra-ataque, após boa aplicação da lei da vantagem pelo árbitro, a bola chega ao Jonas que assiste o Mitroglou.








A Dupla de Ataque - Para fazer sentido uma equipa jogar com dois avançados na zona central, ambos têm de ser muito bons e render golos, pois o preço a pagar por esta opção - jogar com apenas dois médios centro - é um preço muito alto. De preferência, a Dupla de Ataque deverá valer ainda mais do que a soma do valor individual desses dois jogadores. É claramente o caso com Jonas e Mitroglou.

Na segunda parte o Vitória voltou a entrar forte e passámos por dificuldades criadas essencialmente pelo Hernani e pelo Soares, que fomos resolvendo na extrema defesa. O Luisão foi intransponível por terra e pelo ar e o Ederson segurou tudo o que foi à baliza. Com o passar do tempo, foi diminuindo a intensidade e o perigo das investidas adversárias e nos últimos dez minutos tivemos a situação controlada. Uma nota final para a arbitragem: Como eu esperava, não esteve mal. Um bocado defensiva para o meu gosto, mas percebe-se, dadas as circunstâncias. 


MORAL da HISTÓRIA
Nem sempre a superioridade de uma equipa é demonstrada pela estatística dos ataques, remates, etc. O Futebol é cada vez mais um exercício de eficácia e nesse aspecto o Benfica do Rui Vitória tem sido magistral.

Terça-feira voltamos a Guimarães para tentarmos conquistar o direito à presença na Final Four da Taça da Liga. Podemos apresentar um ataque fresquinho, com Rafa, Guedes, Zivko e (espero) Raúl.






P.S.    



sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

SÓ ME INTERESSA... GANHAR EM GUIMARÃES!




Jogamos amanhã em Guimarães uma partida tradicionalmente difícil. O Vitória é o quarto grande do Futebol Português em apoio dos seus adeptos e ambiente criado nos jogos em casa. Está a fazer uma boa campanha, tendo legítimas (ainda que não assumidas) aspirações a conquistar um lugar no pódio da Primeira Liga. Mesmo sem Marega, tem argumentos para nos criar dificuldades.

Precisamos de um Benfica próximo do seu melhor nível para vencer esta etapa de montanha e estou em crer que o nosso mister saberá transmitir esta necessidade à equipa. Uma das razões dos sucessos continuados do Benfica de Vitória passa pela correcta abordagem a cada adversário, em cada competição. Sabemos que temos mais de trinta finais para disputar por época, mas também percebemos que não podemos jogar todos os jogos no red line. E que há finais que são mais finais que outras. 
É o caso.


Dada a palestra, avancemos para o onze proposto:





Jonas, se estiver forte para começar.

Precisamos da energia do Gonçalo, orientada pelo Jonas.





Precisamos do nosso Capitão. Para impor respeito ou acalmar os ânimos, conforme o caso.


No banco, teríamos Rafa e Zivko. Samaris e Horta.





P.S. Não me apetece falar muito sobre as tristes cenas a que assistimos esta semana protagonizadas pelos (ir)responsáveis do Porto e do Sporting. Lamento que a estupidez e as tácticas parolas façam tanto eco junto dos adeptos destes clubes. Quanto à descomunicação social desportiva... há já muito tempo que o ar nessa latrina se tornou irrespirável.(Saravá Adolfo!)

Espero e acredito que este clima não leve os árbitros a prejudicarem-nos deliberadamente.


"Joguem à bola! Palhaços, joguem à bola!"  

Quando conseguirem tirar dos olhos a areia que lhes tem sido atirada pelo Grunho de Carvalho e pelo Bimbo da Costa, os adeptos dedicarão novamente este cântico (tantas vezes repetido em Alvalade nas últimas décadas) às suas equipas.


Quanto a nós, só temos de ficar cada vez mais unidos em torno do nosso Benfica. E não nos podemos esquecer que uma mentira repetida muitas vezes continua a ser uma mentira. 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

E AGORA COM NOVOS ARTISTAS!




Segunda jornada da Taça da Liga, segunda vitória. Mais um jogo de sentido único, mais um jogo sem concedermos qualquer ocasião de golo ao adversário. E agora com quatro golos marcados, muitos apontamentos de classe e novos artistas a brilhar! 

Perante um Vizela que, mais do que bem organizado defensivamente, se limitou a povoar densamente a sua zona defensiva, os nossos jogadores voltaram a abordar de forma muito séria e responsável um desafio da Taça da Liga. Estamos agora a um empate de confirmar a nossa presença na Final Four a realizar no Algarve no fim do mês. Precisamos pois de completar o quadragésimo segundo jogo consecutivo sem derrotas nesta competição. É obra!

Na primeira parte tivemos paciência para circular bem a bola, inspiração individual para criar desequilíbrios com belos pormenores de qualidade técnica e criatividade colectiva para construir uma boa meia dúzia de ocasiões de golo. Marcámos dois mas só um contou.

Falo pouco dos árbitros pois entendo que têm uma tarefa muito difícil e a probabilidade de cometerem erros não-intencionais é bastante elevada, dada a velocidade do jogo e a obrigatoriedade de tomarem decisões instantâneas sem recurso a repetições frame a frame.
No caso deste Manuel Oliveira abro uma excepção, pois este filho da puta é incapaz de nos arbitrar um jogo sem entornar o campo contra nós. Ontem demos-lhe poucas hipóteses mas não deixou de nos roubar um penalty sobre o Zivkovic, transformando-o em livre lateral. (Há também um golo mal anulado pelo fiscal de linha ao Mitroglou, mas esse tem desculpa porque era difícil de perceber.)

Na segunda parte jogámos ainda melhor, marcámos três e podiam ter entrado mais dois ou três. Os destaques individuais do jogo de ontem são obviamente dois: Jonas Pistolas factura a dobrar no desejado regresso à titularidade e o Zivkovic faz três-assistências-três!



JONAS - Dois golos
O Jonas parece que vem com vontade de recuperar o tempo perdido e decidido a registar um bom número de golos nos cinco meses que faltam. Que tenha muita saúde! É impressionante como o nosso jogo melhora com ele em campo. Não é só pelo que ele joga, que é muito,mas pelo que faz os colegas jogar. 








ZIVKO - Três assistências
O jovem talento sérvio marcou pontos na luta por mais presenças ao serviço do Tricampeão. Tem um pé esquerdo que não engana (quer dizer, engana... os adversários) e demonstra boa atitude competitiva. As decisões e a capacidade física, nomeadamente a explosão, irão melhorar com o tempo de jogo.








Obrigado, Zivko! - Agradecem Mitro e Lisandro, os outros dois goleadores 
















Uma palavra ainda para outros "reforços":

Yuri Ribeiro - Não teve um teste difícil, mas mostrou-se concentrado e muito certinho nas acções defensivas. No ataque, dá ideia de ser um lateral para jogar mais em apoio do que a explorar a profundidade. Gostei do domínio que mostrou nas bolas altas.

Lisandro - Bom jogo e mais um golo deste central goleador.

Samaris - Forte nos desarmes e belos passes longos.

Carrillo - Alguns bons apontamentos, mas... ainda é pouco.

André Horta - Mais um passo na recuperação da condição física.

Jovic - Nos 25' que teve podia ter aproveitado para mostrar mais alguma coisa.
























Agora é recuperar e preparar bem a difícil deslocação à Cidade Berço.
CARREGA BENFICA!!


segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

TEMPO DE RODAR




O principal objectivo no jogo de amanhã, segunda jornada da Taça da Liga, frente ao Vizela é... ganhar. Nada de novo aqui. Há, no entanto, um objectivo secundário que assume também a sua importância: a gestão da equipa. Quer pela necessidade de dar descanso a alguns jogadores com vista ao importantíssimo jogo de campeonato a realizar em Guimarães, no Sábado, quer pela necessidade de dar minutos a jogadores menos utilizados, esta é uma excelente oportunidade para rodar a equipa.

Aproxima-se um período de decisões importantes e sobrecarga de jogos e precisamos de ter toda a gente preparada para dar o seu contributo nas melhores condições. Temos agora com o Vizela e dia 18 com o Leixões alguma margem para fazer alterações e promover a subida de forma de vários jogadores.


Neste pressuposto, o onze que eu gostava de ver amanhã é o seguinte:


GR - O Júlio César já regressou de lesão. Se não houver risco, pode jogar. Caso contário, Ederson.
DD - O Nelson tem feito os jogos todos, amanhã descansa. O André também tem sido titular mas tem menos jogos acumulados.
DE - Vamos dar mais uma oportunidade ao Yuri, para vermos se justifica uma terceira chamada em breve.
DCE - Jardel, para ganhar forma.
DCD - Lisandro, para ganhar forma e dar descanso ao Luisão.
MD - Samaris, para ganhar forma e dar descanso ao Fejsa.
MC - Horta, se já estiver fino para jogar de início. Caso contrário, começa o Pizzi e depois entra ele.
MD - Zivkovic, para ganhar ritmo e auto-confiança.
ME - Rafa, partindo da esquerda, que talvez seja por enquanto a posição em que rende mais.
AC - Jonas, precisamos do nosso Pistolas pronto a disparar.
PL - Mitroglou (a não ser que esteja demasiado frio para ele despir o casaco).




Também podemos aproveitar para experimentar o Cervi a lateral-esquerdo, para testarmos esta solução de recurso. E "re-adaptar" o Guedes à direita, dada a ausência do Salvio e o regresso do Jonas. Outros jogadores que também precisam de minutos e poderão entrar nesta gestão de esforços, se o resultado for favorável: Celis ou Danilo para as posições 6 ou 8 e o Carrillo para as alas. Pode haver oportunidade para chamar mais algum miúdo da B, como o Zé Gomes, o Kalaica e o Jovic.

Com estes ou outros, o que importa é ganhar. Para entrarmos bem em 2017 e continuarmos bem na Taça da Liga!