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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

MAIS UM COCKTAIL AZEDO




Nunca há só uma razão para perdermos ou empatarmos um jogo frente a equipas claramente inferiores à nossa. Esta época já nos aconteceu com o Vitória de Setúbal, Besiktas, Marítimo, Boavista e agora com o Moreirense. Cada um destes jogos teve a sua história mas em todos eles ocorreram uma série de factores que contribuíram para o nosso insucesso. Uma espécie de cocktail azedo com ingredientes nocivos para a nossa saúde e boa disposição.

Ontem dificilmente podíamos ter começado melhor. Belo passe do Eliseu, excelente finalização do Salvio e um zero logo aos 6'. Na primeira parte concedemos zero ocasiões de golo ao Moreirense. Tivemos uma série de oportunidades para fazermos o segundo mas faltou-nos frieza e objectividade para aumentarmos a vantagem até ao intervalo. Quando assim acontece é como se estivéssemos a dar ânimo ao adversário.

No recomeço, tremendo desacerto colectivo. Ausência de pressão ao portador da bola no nosso meio campo - o Pizzi precisa URGENTEMENTE de banco - defesa desalinhada, demasiado espaço nas costas, alguma infelicidade - o Lisandro aleija-se a tentar fazer o corte, o Almeida também não consegue evitar - e golo para eles! 

Não faz mal, pensei eu, temos todo o tempo do mundo para fazer o segundo. Mas o desacerto colectivo continuou, o Moreirense acreditou e o árbitro ajudou. Aos 54', falta não assinalada sobre o Eliseu e fazem o dois um.

Calma, temos tempo que chegue para dar a volta a isto - prossegui no meu optimismo irritante. Tempo, de facto não faltava, apesar do anti-jogo dos cónegos. Mas continuou a faltar-nos organização. Aos 72' um erro do Jardel ao tentar sair a jogar, um passe para o Boateng em fora-de-jogo e sofremos o terceiro. "Porra! Assim já fica difícil... mas ainda dá" - sobrava-me uma réstia de esperança.

Com vinte minutos para fazermos dois golos era necessário termos cabeça e coração. Nada tenho a apontar à equipa em termos de empenho, mas faltou organização e confiança no modelo de jogo. Este é um aspecto a corrigir em futuras situações de desvantagem. Os jogadores não podem entrar em roda livre a quererem resolver cada um por si.

Verdade seja dita que a sorte também não quis nada connosco; duas bolas aos ferros, várias a rasar a baliza e defesas in extremis. Mesmo de forma atabalhoada, criámos situações mais do que suficientes para fazer vários golos. Se calhar ontem não era mesmo o nosso dia...

Lista dos ingredientes nocivos na receita de ontem:

- Falta de eficácia e objectividade para aproveitarmos a superioridade que demonstrámos na primeira parte
- Péssima entrada na segunda parte
- Dois golos sofridos de forma irregular
- Muita sofreguidão, sobretudo a partir do 3-1
- Noite infeliz do Jardel e do Lisandro
- O Jonas não pode jogar a 9. Ficamos sem uma referência na área e perdemos o nosso Dez onde ele faz falta
- O Carrillo, com esta falta de andamento, não pode jogar de início
- O Pizzi precisa mesmo de descansar. O que se passa com o Horta?
- A sorte também faz parte do jogo e ontem jogou contra nós
- Esta janela de Janeiro nunca mais fecha!

Fiquei mesmo chateado com esta derrota. Queria muito conquistar a oitava Taça da Liga em dez possíveis. Mas pronto, paciência. Nem só com vitórias se escreve a história de um Campeão. Agora é importante que a equipa não sinta uma crise de confiança. Cabe-nos também a nós, adeptos, garantir que tal não acontece.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!


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