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"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O QUE DISTINGUE UM CAMPEÃO É A CAPACIDADE DE REACÇÃO




São várias as razões, internas e externas, que têm contribuído para as recentes más exibições e piores resultados do Benfica. Na minha opinião, a razão principal é a quebra física de vários jogadores, sendo a do Pizzi a mais evidente. 

Com o nosso principal organizador de jogo cansado toda a manobra da equipa se ressente. Sabemos como o cansaço retira discernimento. As decisões tomadas não são as melhores, as acções são executadas em esforço e perde-se a fluidez na circulação da bola. Com as ideias tolhidas pelo cansaço, o Pizzi torna-se presa fácil para os adversários. Com o condicionamento da acção do Pizzi, sobram as iniciativas individuais dos outros elementos. Estas por sua vez provocam um grande desgaste e são mais fáceis de anular.

O desgaste do Pizzi, por excessiva utilização, resulta da indisponibilidade do André Horta e da falta de mais alternativas para a posição 8. Estranho a dispensa do Danilo e acho que devia ter tido mais oportunidades. Será o recém contratado Filipe Augusto uma alternativa válida?

Ainda nas razões internas, é preciso não esquecer que andamos há muito tempo a jogar com a nossa terceira (!) opção para lateral esquerdo. O André Almeida cumpre razoavelmente a defender mas ficamos coxos a atacar e a sair pelo flanco esquerdo. Também esta situação já foi identificada pelos nossos adversários que se preocupam essencialmente em bloquear as subidas do Nelson pelo flanco contrário.

No eixo da defesa, não obstante a qualidade individual dos quatro centrais, têm persistido as dificuldades de adaptação do Lindelof ao lado esquerdo. O sueco está vários furos abaixo do que mostrou na época passada. O Jardel já devia ter sido mais utilizado para que nesta altura tivesse readquirido o ritmo de jogo.

Na frente, o Jonas está ainda longe da melhor forma. A sua qualidade técnica diferenciada disfarça em parte a falta de condição física, mas não totalmente. O Raúl tem sido apoquentado por lesões. O Rafa procura ainda o seu espaço e o melhor entendimento com os colegas.

Sem prejuízo dos factores atrás referidos, é inegável que temos sido escandalosamente prejudicados pelos árbitros. A choradeira e as ameaças dos rivais deram resultado. Como é que isto pode ser contrariado? Acresce que o Porto tem tido a ajuda dos árbitros. Será que esta ajuda vai continuar?

Constatar a influência dos árbitros não retira as nossas responsabilidades. Da mesma forma que reconhecermos os nossos erros não pode branquear a acção dos homens do apito. Uma coisa não invalida a outra. 


O que devemos fazer? Continuar unidos e apoiar cada vez mais a nossa equipa!

Não vislumbro nos nossos jogadores falta de empenho ou sobranceria em relação aos adversários. Isso sim, seria inaceitável e motivo de ruidosa reprovação da nossa parte. O que vejo é uma equipa a atravessar um mau momento. Ansiosa, com falta de confiança e de lucidez. Muita desconcentração e muitas precipitações. Muitos passes simples falhados e erros não-forçados. Consequência do desgaste dos jogadores mais utilizados e da falta de condição física dos que regressam de lesões prolongadas. E talvez alguma instabilidade emocional provocada pelas movimentações do mercado de Janeiro. 

É fácil encher a Luz e apoiar a equipa durante as séries de vitórias consecutivas. É mais importante ainda fazê-lo agora, quando os nossos jogadores precisam desse acréscimo de energia que pode vir das bancadas.

Todas as equipas - mesmo as que terminam campeãs - passam por alguma fase má ao longo da época. O que distingue um Campeão é a capacidade de reacção!

Faço um apelo do fundo do coração a todos os Benfiquistas: Domingo temos mesmo de ser o décimo segundo jogador. Se queremos ser Tetracampeões também temos de fazer a nossa parte. O Benfica precisa de nós!



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