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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

quarta-feira, 23 de maio de 2018

GENTE FINA É OUTRA COISA





O que tem acontecido no Sporting nos últimos tempos é chato. Por últimos tempos, refiro-me às últimas décadas. O que está a acontecer agora é o culminar de um caminho muito errado, há muito tempo trilhado. Mas já lá vamos.

Nota prévia
Quem costuma passar por aqui sabe que perco pouco tempo a falar dos outros. Criei este espaço para partilharmos ideias sobre o presente e o futuro do Benfica, é isso que me interessa e acho que é muito mais bonito. Mas o momento actual do Sporting justifica uma excepção. Mais do que esmiuçar os acontecimentos das últimas semanas, proponho uma abordagem mais global, passando por vários tópicos que me parecem ter contribuído para o caos instalado no clube que reelegeu Bruno de Carvalho com 90% dos votos.

No Longo Prazo
Numa perspectiva histórica, podemos constatar que a Democracia e a Liberdade não têm sido boas companheiras do clube dos viscondes. Não é por acaso que dos 18 títulos de campeão nacional de futebol, o Sporting conquistou 14 em 40 anos, durante o Estado Novo, e apenas 4 nos 44 anos após o 25 de Abril. 

O Antes... 
Enquanto contou com a protecção do antigo regime - bem evidente na promiscuidade entre dirigentes do clube do Lumiar e do governo de Salazar - o Sporting ganhou um campeonato a cada três anos, em média. Teve o seu período áureo na segunda metade da década de 40 e primeira metade da década de 50, conquistando sete campeonatos em oito possíveis. Foi o tempo dos cinco violinos. Em 1959, o Sporting tem dez campeonatos e o Benfica nove. 

...e o Depois
Em meados dos anos 50, o Benfica modernizou-se e cresceu imenso, impulsionado pela dupla Ferreira Bogalho/Otto Glória. Foram lançadas as bases para a nossa primeira Era Dourada. (A segunda vem aí!). No ano da graça de 1960, assistimos à chegada do Rei Eusébio! O Benfica Bicampeão Europeu, com 14 campeonatos contra 4 do Sporting nas décadas de 60 e 70, nunca mais seria alcançado!

Em Democracia, a média do Sporting baixa para um campeonato a cada onze anos. Com tendência para piorar, pois nos últimos trinta e seis anos apenas por duas vezes festejou o título maior do futebol português!

Ora, confiram:
1934/35 Porto
1935/36 BENFICA
1936/37 BENFICA
1937/38 BENFICA
1938/39 Porto

1939/40 Porto
1940/41 Sporting
1941/42 BENFICA
1942/43 BENFICA
1943/44 Sporting
1944/45 BENFICA
1945/46 Belenenses
1946/47 Sporting
1947/48 Sporting
1948/49 Sporting

1949/50 BENFICA 
1950/51 Sporting
1951/52 Sporting
1952/53 Sporting
1953/54 Sporting
1954/55 BENFICA
1955/56 Porto
1956/57 BENFICA
1957/58 Sporting
1958/59 Porto

1959/60 BENFICA
1960/61 BENFICA
1961/62 Sporting
1962/63 BENFICA
1963/64 BENFICA
1964/65 BENFICA
1965/66 Sporting
1966/67 BENFICA
1967/68 BENFICA
1968/69 BENFICA

1969/70 Sporting
1970/71 BENFICA
1971/72 BENFICA
1972/73 BENFICA
1973/74 Sporting
1974/75 BENFICA
1975/76 BENFICA
1976/77 BENFICA
1977/78 Porto
1978/79 Porto

1979/80 Sporting
1980/81 BENFICA
1981/82 Sporting
1982/83 BENFICA
1983/84 BENFICA
1984/85 Porto
1985/86 Porto
1986/87 BENFICA
1987/88 Porto
1988/89 BENFICA

1989/90 Porto
1990/91 BENFICA
1991/92 Porto
1992/93 Porto
1993/94 BENFICA
1994/95 Porto
1995/96 Porto
1996/97 Porto
1997/98 Porto
1998/99 Porto

1999/00 Sporting
2000/01 Boavista
2001/02 Sporting
2002/03 Porto
2003/04 Porto
2004/05 BENFICA
2005/06 Porto
2006/07 Porto
2007/08 Porto
2008/09 Porto

2009/10 BENFICA
2010/11 Porto
2011/12 Porto
2012/13 Porto
2013/14 BENFICA
2014/15 BENFICA
2015/16 BENFICA
2016/17 BENFICA
2017/18 Porto
2018/19


SPORTING CLUBE DE PORTUGAL - UMA HISTÓRIA DE INVEJA E FACÇÕES

TRÊS MOMENTOS MARCANTES:

A Inveja no ADN
Fundado em 1906 por José Alfredo Holtreman Roquette, neto do visconde de Alvalade, desde cedo o Sporting manifestou enorme cobiça pelo mais querido e popular clube lisboeta, o então Sport Lisboa. Em 1907 aliciou oito jogadores dos encarnados, graças às suas instalações, cujo balneário tinha água quente e tudo! Estava dado o mote. Seguiram-se outras contratações para enfraquecer o rival, valendo-se da abundância de dinheiro na alta sociedade da capital - a génese do Sporting - e da sua escassez junto dos abnegados, mas modestos benfiquistas. A dada altura, Cosme Damião terá preconizado: "No imediato, o dinheiro vence a dedicação. No futuro, a dedicação goleia o dinheiro."

Um Trauma Chamado Eusébio
Foi muitas vezes repetida a mentira de que o Benfica teria "desviado" o Pantera Negra de Alvalade. É falso! O Sporting vacilou e o Benfica acertou. O Eusébio saiu de Moçambique para vir jogar no Benfica. O resto... é história! A mania de culparem o Benfica pelos seus falhanços vem de longe.

O Tiro Pela Culatra
No Verão quente de 93, o presidente leonino, um chico-esperto de nome Sousa Cintra, achou por bem recrutar Paulo Sousa e Pacheco, em litígio com o Benfica, convencido que estaria a aplicar um golpe fatal no eterno rival. Não só ganhámos com estrondo esse campeonato (6-3 em Alvalade), como mais tarde o Sporting teve de indemnizar o Benfica por causa dessas duas contratações à má-fila.


A CULTURA DO CLUBE E A PSICOLOGIA DO LAGARTO:

"A inveja é filha do orgulho, autora do homicídio e da vingança, o início das sedições secretas, a perpétua atormentadora da virtude. A inveja é a imunda lama da alma; um veneno, um azougue que consome a carne e seca a medula dos ossos.” – Sócrates, o filósofo.

O típico sportinguista - não a pessoa em si, note-se, mas o adepto enquanto tal, enquanto expressão da "cultura" do clube -  é invejoso, fanfarrão e incompetente.

A Inveja
O sentimento dominante dos sportinguistas em relação ao Benfica é a inveja, ainda que não assumida. Na verdade, a inveja pelo Maior de Portugal é a única coisa que os une. “A inveja é a homenagem que a inferioridade tributa ao mérito.” (Puiseux). 

A Fanfarronice
Apesar de sobrarem três dedos de uma mão para contarmos o número de campeonatos ganhos pelo Sporting nos últimos trinta e seis anos (!), não há mês de Agosto em que o adepto sportinguista não considere a sua equipa a principal candidata a vencer o campeonato. Bastam duas vitórias consecutivas para que o sportinguista entre numa euforia desmedida e comece a inchar, a inchar, a inchar...

A Incompetência
Há várias décadas que a massa associativa do Sporting não consegue escolher um bom presidente para dirigir o clube. Seja pela falta de qualidade das opções, seja pela obsessão anti-Benfica que lhes tolda o juízo, as escolhas têm alternado entre betos inconsequentes e charlatães oportunistas. Desesperados com tanta incompetência na gestão e enjoados de "croquetes", tornaram-se presa fácil para a demagogia do grunho tresloucado, que fez do clube a sua coutada.

Os Notáveis e as Facções
O Sporting tem muitos "notáveis". Segundo percebo, para ser considerado "notável", é conveniente que o sócio seja um beto enfezado e tenha um nome com muitos apelidos, de preferência alguns de origem estrangeira. Um CV com passagens pelo Governo ou pela alta finança também ajuda. Como é gente muito especial, organizam-se em grupos, grupinhos e grupelhos, para não se misturarem com a plebe. Passam mais tempo a conspirar uns contra os outros do que a fazer algo útil pelo clube. Mas é gente de bem. Ou só benzoca.

Em contraponto, no Benfica, notáveis somos nós todos. Se tivesse mesmo que referir algum notável benfiquista, assim de repente, ocorre-me o Barbas. Ou então o taxista, só para embirrar. (Um abraço para eles!)

A sociologia e a patologia
Enquanto sociedade, a massa adepta sportinguista padece de uma cisão tramada e de uma obsessão asfixiante. O principal sintoma destas patologias é a inversão das prioridades. Em primeiro lugar, vem a inveja pelo Benfica. Depois, vem o ódio que sentem uns pelos outros, os croquetes e os populares, como eles dizem. Em terceiro... vem o Sporting.

O espelho de aumentar
Não fora o Sporting um clube sediado na capital e com tanta gente em lugares influentes, (comunicação social, banca e política) e teria a relevância mediática adequada à sua relevância desportiva. Ou seja, a mesma de um Braga ou de um Boavista. Bem vistas as coisas, o Braga também luta pelo 3º lugar e o Boavista só ganhou menos um campeonato que a lagartagem nos últimos trinta e seis anos.

O hediondo Bruno de Carvalho. Agora aturem-no!
Por nojo e por ser desnecessário, dispenso-me de citar exemplos que demonstram a grunhice desta personagem, evidente desde a primeira hora em que assumiu funções. Recordo apenas que foi eleito há cinco anos, reeleito há pouco mais de um ano com 87% dos votos, e reconfirmado há cerca de três meses com 90% de aprovação. Aquando do ultimato para a mudança de estatutos, bastava que 25,01% dos votantes estivessem contra para se verem livres dele. Pois bem, a esmagadora maioria dos sócios nem se deu ao trabalho de lá ir. Esses têm o que merecem. Apenas 6 mil se dirigiram às urnas, dos quais 90% votaram a favor da permanência do grunho. Esses têm exactamente o que pediram. Restam quantos, 500 "verdadeiros sportinguistas"? Não se queixem, têm o que merecem. 

Só tenho pena dos jogadores. Espero que consigam sair por justa causa.

O Sporting e o futuro
A cada dia que passa, ouvimos dizer que o Sporting bateu no fundo. Mas todos os dias o fundo cai mais fundo. O que vale é que, sendo um clube de gente fina, já se perfilam os novos/velhos salvadores. Têm a palavra os impolutos Álvaro Sobrinho e José Maria Ricciardi...


segunda-feira, 14 de maio de 2018

Salvámos a Prata!


Ou pelo menos, salvámos a possibilidade de aceder à la plata da Liga dos Campeões. Teria sido tremendamente injusto ficarmos atrás de uma equipa que deve, no mínimo, alguns dez ou doze pontos aos árbitros e video-árbitros. Apesar de ser bastante optimista, não esperava que o Sporting perdesse o segundo lugar na última jornada. Sempre pensei que, se fosse preciso, o Bas Dost atirava-se para cima do Gelson e o apitador assinalava penálti contra o Marítimo. A julgar pelo que aconteceu ao longo do campeonato, não seria de estranhar. Mas vá lá, prevaleceu a vontade dos jogadores em abandonarem aquele ninho de vespas. Fez-se um mínimo de justiça, não só pelos pontos dados pelos árbitros aos lagartos, mas também porque fomos claramente superiores a eles em ambos os confrontos. Do mal, o menos.

Benfica 1 - Moreirense - 0
Não há muito a dizer, foi uma vitória justa num jogo morno. O bloco baixo e compacto do Moreirense permitiu-nos ter muita posse de bola e presença no meio-campo ofensivo. No entanto, criámos pouco perigo. Para desmontar uma estrutura tão defensiva, é necessário aumentar a velocidade de circulação da bola de forma a que esta chegue aos extremos ou laterais enquanto eles têm espaço para avançar e criar desequilíbrios. Com uma circulação segura mas lenta, como fizemos, torna-se mais fácil ao adversário ir fechando todos os caminhos para a sua baliza. Registe-se, com agrado, a marca de 34 golos obtidos pelo Jonas no campeonato.

                             Ficha do jogo (aqui)


O futuro começa hoje
Cabe agora à nossa Direcção e Treinador preparar a próxima época de forma a chegarmos ao início de Agosto nas melhores condições de superarmos as eliminatórias de acesso à Liga dos Campeões. Eu confio neles, mas deixo aqui as minhas achegas.

A premência
O facto de disputarmos logo a 7 ou 8 de Agosto um jogo tão importante obriga a que toda a pré-época seja planeada em função desse momento e dos três (assim esperamos) jogos seguintes das eliminatórias. Não é a situação ideal, mas o objectivo é suficientemente importante para condicionar a estratégia nos treinos e no mercado. A realização do Mundial não ajuda a esta preparação, mas também não deverá atrapalhar em demasia. 

No mercado
Os timings das compras e vendas deverão ser ajustados tendo em conta esta premência. As necessárias contratações de elementos nucleares deverão ser consumadas o mais cedo possível. Em sentido inverso, pode fazer sentido retardar a saída de algum jogador importante. A conciliação destes dois interesses poderá dificultar a obtenção dos melhores negócios. Mas não há pior negócio do que ficar fora da Champions!

Nos treinos
A abordagem aos treinos e jogos de preparação também terá de ser algo diferente do habitual. Talvez seja conveniente reduzir o número de jogadores em estágio. A distribuição do tempo de utilização nos jogos-treino não poderá ser tão "democrática" como de costume. O foco terá de estar num grupo mais restrito. Temos de dar rapidamente forma e entrosamento àqueles 14 ou 15 mais prováveis titulares nas eliminatórias.

Bom, eu por mim começava já  pré-época...

O que mudou
Se já tínhamos como objectivo máximo a conquista do 37, temos agora como primeiro objectivo o apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões. Temos a competência, a capacidade e os meios para atingir estes objectivos. Vamos a isto, Benfica!


sexta-feira, 11 de maio de 2018

O CRIME COMPENSOU



Sinto a mesma frustração que senti quando, há cerca de vinte anos, um mânfio me encostou uma faca à garganta e me levou a carteira. Raiva, frustração e até ódio! São estes os sentimentos que me dominam quando penso na época futebolística que agora termina. "Futebolística" é força de expressão, o que tem acontecido ao longo do último ano é mais do domínio do crime organizado do que do Futebol.

O nojo que sinto pelo F.C.Porto vem dos anos 80. O desprezo pelo Sporting também já vem de longe, acentuado nos últimos anos pelas tristes figuras do grunho que preside a tão mesquinha colectividade. Nada do que estes dois cancros do futebol português façam para prejudicar o Maior de Portugal me surpreende. O que eu não esperava era que a estas duas nojentas entidades se aliassem de forma tão explícita aqueles que deviam zelar pela integridade da competição. Casos como o Estoril-Porto ou o Tondela-Sporting, para citar apenas um exemplo de cada clube, não deixam margem para dúvidas relativamente à cabala que foi montada para interromper a senda vitoriosa do Sport Lisboa e Benfica.

Árbitros, Conselho de Disciplina, Conselho de Justiça, Liga, F.P.F., descomunicação social, banca, procuradores do Ministério Público - Com aliados destes no bolso, não há fair play financeiro da UEFA nem VMOCs que os atrapalhem. É roubar até fartar!

Se houvesse justiça, este campeonato seria impugnado. Infelizmente, não temos razões para acreditar que a justiça seja feita.

Invasão de campo na Amoreira. Valeu 3 pontos para o clube da máfia.

Agora temos de pensar é no que é que nós podemos fazer para inverter esta situação e impedir que se repita o mesmo filme na próxima época. Se há um ano atrás a Direcção do Benfica não estava preparada para um ataque desta dimensão, agora já sabe com o que conta. Cabe à Direcção do Benfica fazer o que for necessário para defender o Clube. Essa defesa passa por identificar os factores críticos no sucesso desta campanha anti-Benfica e desenvolver as estratégias adequadas para eliminá-los. Deixo aqui algumas sugestões e várias dúvidas.

Esta é uma batalha que se trava, essencialmente, em quatro campos:

- Justiça desportiva
- Justiça civil
- Comunicação 
- E, por incrível que pareça, também nas quatro linhas.

Justiça desportiva
Não acredito minimamente na isenção das instâncias nacionais nos dias que correm. A única esperança para que haja justiça desportiva em Portugal passa pela intervenção da UEFA. Não sei quais são os requisitos para que tal aconteça, mas é necessário demonstrarmos que o futebol português está entregue à máfia e carece de uma purga que só poderá ser accionada por instâncias superiores.

Justiça civil
São muitos os casos que nos levam a acreditar que uma parte do Ministério Público age em conluio com a Nojenta Aliança. Ainda gostava de saber qual foi o mamífero lá no MP que achou por bem abrir uma investigação ao Ministro das Finanças por causa de dois convites para ir ver o Benfica, exemplo bem elucidativo da demência anti-benfiquista. Entretanto, foi criada uma equipa de três magistradas do DCIAP que coordenam as investigações em curso. Esperemos que o único ponto da sua agenda seja a busca da verdade. E que os casos sejam julgados por juízes que não constem do payroll do mafioso que fugiu para Vigo.

Comunicação
Dos representantes do Benfica, espero sempre que consigam manter o nível e não caiam no lamaçal em que chafurdam os porcos da Nojenta Aliança e os seus jagunços. Por outro lado, fomos completamente arrasados no espaço mediático e isso teve consequências muito negativas a vários níveis. Ignorar as calúnias e esperar que a Liga ou a Federação tomassem medidas para punir os infractores não resultou. Reagir com tweets ou comunicados, de forma dispersa e atabalhoada, também não. Quanto a mim, não é com Pedros Guerras e Josés Marinhos que lá vamos. Tenho-me fartado de pensar nisto e não encontro uma estratégia de comunicação que permita, neste contexto, conciliar dois princípios fundamentais: a defesa eficaz do Benfica e o respeito por um mínimo de urbanidade.

No campo
Com as coisas assim, a contratação do jogador A, B ou C, para a posição X, Y ou Z, torna-se uma questão, não digo irrelevante, mas secundária. Ainda assim, temos necessariamente de reforçar a baliza e a defesa para a próxima época. Quanto ao meio-campo e ataque, as decisões a tomar passam, num primeiro momento, por definir as eventuais saídas. E avaliar potenciais subidas da equipa B. Gostava de ver o Gedson, o Heriberto e o João Felix na pré-época. Em relação ao Rui Vitória, sou pela sua continuidade, sem dúvida.

Domingo lá estarei, como sempre. Para me despedir da Luz por uns meses e agradecer aos Tetracampeões!

sexta-feira, 4 de maio de 2018

PARECE O FIM DO MUNDO! MAS NÃO, É SÓ O FIM DA NOSSA MELHOR SÉRIE DE SEMPRE.


É por estas e por outras que cada vez gosto mais do Benfica e de ser Benfiquista! A exigência é tanta, a ambição é tão grande, que falhar um campeonato em cinco dá azo a profunda depressão colectiva! É fantástico! É excessivo! É esmagador! Até faz com que um sabujo oportunista como o Rui Gomes da Silva sinta que está na hora de sair da toca...

VER A FLORESTA
Depois de cinco tricampeonatos conquistados entre as décadas de 30 e 70 do século passado, conseguimos finalmente bater o nosso "recorde pessoal" com a obtenção do Tetra 2014 - 2017. Neste período, vencemos doze dos dezasseis títulos disputados em Portugal e marcámos presença regular no top 10 do ranking da UEFA. A par do sucesso desportivo, temos assistido a uma enorme recuperação da situação económica do Clube/SAD, sendo também tetracampeões nos resultados financeiros. Simultaneamente, estão a ser lançadas obras de ampliação do nosso centro de estágio e um novo centro de alto rendimento para diversas modalidades. Ninguém pára o Benfica!

O ADIAR DA PROMESSA
Claro que fiquei muito desapontado com a derrota em casa com o Tondela e o adeus definitivo ao título. Nem é tanto pelo Penta, eu queria mesmo era ser Hexa! Depois de termos batido o nosso "recorde pessoal", tínhamos que aproveitar a oportunidade para estabelecermos um novo "recorde nacional". Bem sei que será difícil acreditarem, mas desde o início da primeira época do Tetra (Agosto de 2013) que me convenci que só parávamos no Hexa. O meu raciocínio era simples: Já tínhamos sido várias vezes tricampeões. O Sporting já tinha sido tetra. O Porto já tinha sido penta. Estava na altura de alguém ser hexacampeão e esse alguém só podíamos ser nós! Não foi desta, será na próxima.

PRINCIPAIS CAUSAS
Identifico causas de ordem externa e causas de ordem interna para termos falhado o objectivo este ano. Teremos tempo de aprofundá-las após o fecho da época. Por agora, destaco apenas uma de cada. 

Externamente, a nojenta campanha movida pelo clube da máfia, adjuvado pelo clube dos palhaços do Lumiar, teve sucesso no seu principal objectivo - o condicionamento dos árbitros contra nós. Amedrontados, corruptos ou simplesmente anti-benfiquistas primários, foi vê-los a roubarem-nos pontos e a entregá-los aos nossos concorrentes, à descarada. (Não lhes chamo rivais pois sou de um Clube que nunca encontrou rival neste nosso Portugal). 

Internamente, a opção passou por aforrar uma vasta soma de dinheiro por via de um saldo de transferências na casa dos 120 milhões de euros. Genericamente, entendo e concordo com esta opção. Muito em breve veremos os dividendos desta medida, nomeadamente no aumento da capacidade salarial e, consequentemente, no prolongamento do tempo de permanência de alguns dos melhores jogadores. 

Contudo, considero que houve uma - especialmente uma - situação na construção do plantel que não foi devidamente salvaguardada e que se revelou fatal. Refiro-me ao titular da nossa baliza. Não podia ser um Júlio César com problemas nas costas, nem um promissor mas imberbe Svilar, nem um apenas razoável Varela. Com a baliza não se brinca e ao Benfica não basta um guarda-redes bom, tem de ser excelente. Veja-se que não é por acaso que nunca fomos campeões com o Artur a titular. Precisámos do Oblak, do Júlio César (em forma) e do Ederson para selarmos o Tetra. Fartei-me de falar nisto em Julho/Agosto e novamente em Janeiro, na esperança de que quem de direito me ouvisse... 

O QUASE
Em relação às restantes posições, não alinho nada no discurso típico destas ocasiões, de que nada presta e ninguém se aproveita. Muito pelo contrário! Chegámos a praticar o melhor futebol que se viu esta época em Portugal e obtivemos a maior série de vitórias consecutivas na Liga. Infelizmente, não o conseguimos fazer durante o tempo suficiente para ganharmos uma vantagem confortável. Apesar de tudo, a cinco jornadas do fim, encontrávamo-nos no primeiro lugar e tínhamos a vantagem teórica de disputar em casa o 'jogo do título'. Com um árbitro honesto, teríamos muito provavelmente empatado esse jogo e mantido o primeiro lugar. Mas era jogo para ganhar! E para ganhar tínhamos que ter jogado melhor.

O DÉRBI
Nunca o segundo lugar constituiu ou constituirá prémio de consolação para o Benfica. Nem o nosso sucesso se mede pelos duelos da Segunda Circular, como acontece com os lagartos. Mas o que se joga amanhã é muito mais do que o segundo lugar, é o acesso à Liga dos Campeões. E esse sim, é importantíssimo! Portanto, vamos lá sacudir a poeira dos ombros e fazer-nos à vida, que isto não é tempo para lamúrias!

BENFICA SEMPRE!!!