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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

domingo, 29 de maio de 2016

Carta Aberta a Ricardo Araújo Pereira


Caro Ricardo Araújo Pereira,

Venho por este meio solicitar-te dois minutos de reflexão, na esperança de que este apelo chegue ao teu conhecimento. Antes de mais, permite-me que te trate por tu. Não me conheces, mas eu sou fã dos Gato Fedorento desde a SIC Radical e somos da mesma geração. Considero-te, sem favor, o mais brilhante humorista português do século XXI. 

Para além disso, somos ambos sócios do Benfica e é nessa qualidade que te interpelo: Proponho-te que, doravante, ponderes a expressão pública das tuas opiniões sobre o nosso Clube. Quando digo ponderar é porque, na minha opinião, há aqui dois valores que devem ser pesados. Por ti.

O Benfica foi sempre um espaço de união na diversidade e um exemplo de liberdade e democracia. Todos os benfiquistas são importantes e todos os sócios têm o direito de opinar, criticar, louvar, dizer o que entenderem sobre o Clube e a forma como é gerido. Isto é verdade na tasca e nos palcos mediáticos. Estou em crer que nem seríamos um Clube tão grande, tão abrangente e tão poderoso se assim não fosse.
Este prato da balança tem, incontestavelmente, um peso esmagador!

No segundo prato coloco a tua responsabilidade como Benfiquista famoso.

Também eu no verão de 2015 era favorável à permanência de Jorge Jesus, mas eu sou só "um sócio entre milhares de sócios". Como tu. Ou não. 
Tal como na Música a notoriedade do RAP vem acompanhada de uma consciência social, também no teu caso as tuas palavras sobre o Benfica têm algum impacto na Família Benfiquista.

A interpretação, digamos, ligeira que fazes da estratégia seguida pelo Clube parece-me desatenta e contrariada pelos factos. Responsabilizar Vieira pela travessia do deserto anterior a Vieira? Não perceber que só poderemos continuar a ser fortes com uma base cada vez mais alargada de jogadores formados no Benfica a jogar na primeira equipa? Ignorar a importância da Estrutura? sem aspas! Não entender que isto é um processo e há um caminho que tem de ser feito?
Temos também de perceber que às vezes é preciso mudar alguma coisa para que tudo continue na mesma. Para que continuemos a ganhar!

Talvez , caro Ricardo, seja conveniente um conhecimento mais apurado do Futebol actual e do seu contexto, antes de emitires publicamente críticas profundas ao rumo que seguimos. 
Mas deixa-me que te diga: para mim, o primeiro prato pesa mais.
Espero não incomodar, trata-se apenas de um apelo à reflexão.

Saudações Benfiquistas!
Miguel Costa

links úteis:
RAP junho de 2015
RAP maio de 2016
http://o-guerreiro-da-luz.blogspot.pt/2016/05/a-besta-parte-iii.html#more

sábado, 28 de maio de 2016

O BENFICA E A CHAMPIONS


Os adeptos de um Clube Bicampeão Europeu querem ser Tricampeões Europeus! E nós já estivemos tão perto, por cinco vezes!




Primeira Taça dos Campeões Europeus do Benfica, 3-2 sobre o Barcelona em 1961 (ver resumo 2:30min.)






Segunda Taça dos Campeões Europeus do Benfica,5-3 sobre o Real Madrid em 1962 (ver resumo 5min.)








Dir-se-á que no formato actual da prova só com um enorme poderio financeiro e, por consequência, desportivo poderemos passar do sonho ao objectivo concreto de vencer a Champions. E quando olhamos para os orçamentos dos reais candidatos, desanimamos.

Benfica Campeão Europeu? Eu acredito! Há um caminho possível. Estreito, mas possível! 

Já todos fizemos o exercício de seleccionar um best of dos plantéis das últimas épocas e escalámos um onze capaz de lutar com possibilidades reais de vencer a Liga dos Campeões. 
A dificuldade é conseguir manter durante duas ou três épocas consecutivas um plantel suficientemente vasto com qualidade para atingir tal objectivo. Sem comprometer a estabilidade financeira e hipotecar o futuro. 

Na minha opinião, o plano deverá assentar em três pilares: FORMAÇÃO, PROSPECÇÃO e CONSAGRADOS.

FORMAÇÃO – os melhores jogadores “produzidos” pela melhor Academia do mundo são necessariamente jogadores de nível internacional. Neste patamar, destaco Bernardo Silva e Renato Sanches. Nos próximos anos mais se seguirão, assumindo protagonismo na nossa equipa. Durante quantas épocas conseguiremos mantê-los, será uma questão determinante.

PROSPECÇÃO – temos a sorte de ter no comando deste departamento uma pessoa com conhecimento, inteligência e benfiquismo a toda a prova – o nosso Rui Costa!  A sagacidade que temos demonstrado em chegar primeiro a alguns dos melhores jovens jogadores espalhados pelo mundo e contratá-los, seja para a equipa principal ou equipa B, tem dado frutos a nível financeiro e desportivo. E continuará a dar. 

CONSAGRADOS – Para voarmos tão alto como sonhamos, será indispensável termos connosco um ou outro jogador consagrado, de classe mundial, com estatuto e currículo do nível que pretendemos atingir. Até há meia dúzia de anos, julgaríamos impossível conseguir contratar jogadores como Aimar, Saviola, Jonas ou Júlio César. No entanto, eles aí estão ou estiveram. Mais virão. 
Somos um Clube cada vez mais atractivo e não é só pelos ordenados mais elevados que se movem alguns destes jogadores.

Os elementos provenientes destas três fontes deverão ser recebidos e enquadrados num plantel composto por HOMENS da CASA: jogadores de qualidade, habituados a ganhar títulos pelo Benfica, conhecedores da realidade e exigências do Clube, enfim, os portadores da Mística Benfiquista. Felizmente, temos tido bastantes e continuaremos a ter: o grande Capitão Luisão, Gaitán, Jardel, Salvio, André Almeida, Fejsa, Samaris, Eliseu. Alguns sairão entretanto, outros assumirão esse papel.

Tal como os mosqueteiros, os três pilares são afinal quatro. Bem vistas as coisas, é esta a estratégia que temos seguido nos últimos anos e que belos resultados tem dado. 

E VAI BATER TUDO CERTO quando tivermos talentos da Formação com anos suficientes na primeira equipa para serem eles os Homens da Casa. Aos quais se juntarão outros formados no Clube, que saíram, venceram e regressarão, Consagrados!

PREVEJO o Benfica Campeão Europeu nos próximos quatro a oito anos. Entre 2020 e 2025!

E não falo de uma sucessão de coincidências felizes, que já pode acontecer, embora seja improvável.
Refiro-me a atingirmos o nível daqueles que chegam aos quartos-de-final quase sempre e às meias finais algumas vezes, ficando assim mais perto duma Final e duma Conquista.

Para sustentar este plano desportivo, é obviamente indispensável uma capacidade económico-financeira que nos permita respirar, ser mais independentes e resistentes aos assédios do mercado. Há uma sucessão de acontecimentos nos últimos tempos a indiciar que, também neste aspecto, estamos a dar os passos certos. 

O caminho é estreito, mas se há caminho para lá chegarmos é este que temos trilhado!

quinta-feira, 26 de maio de 2016

O NOSSO TREINADOR



Devo admitir que se alguém tivesse pedido a minha opinião um minuto antes de eu saber que Jorge Jesus sairia do Benfica, no verão de 2015, teria afirmado: “JJ mais dez anos!”

A partir do momento em que se confirmou a sua saída, fiz o que me habituei a fazer nos últimos tempos - confiei na decisão do nosso Presidente. Não por seguidismo acéfalo, mas porque me parecem evidentes as razões para esta confiança. 
A escolha do treinador principal é das decisões mais determinantes no sucesso desportivo. Em 2009, a opção pelo treinador anterior revelou-se profícua. A sua permanência em 2013 - quando a maioria defendia a saída - também. Haveriam razões para que não continuasse esta época, como vim a perceber. 

Rui Vitória foi o escolhido e constava da minha lista de dois treinadores preferidos para assumir o cargo. 
Cedo mostrou que o seu ego não é maior que a sua inteligência, ao afirmar que não vinha para mudar tudo e que saberia aproveitar o que de bom tinha sido feito. Com estoicismo e grande dignidade, Rui Vitória não se mostrou afectado pela vil campanha de desacreditação de que foi alvo. Confiou sempre no seu trabalho e no daqueles que o acompanham. Reconheceu e apreciou o apoio da Estrutura. Como líder e como pessoa mostrou ser exemplar! 

No campo, com altos e baixos, fomos notando a equipa a aproximar-se do seu futebol até chegarmos a um nível muito elevado. O que perdemos em vertigem, ganhámos em consistência e não deixámos de ser poderosos ofensivamente, demolidores tantas vezes!

À imagem do Treinador, jogamos hoje um futebol mais equilibrado, mais consistente, mais completo. Mais culto! 

O Benfica tem Treinador e o cérebro funciona bem, obrigado.

O futebol que jogamos; a personalidade do treinador; o espírito de união que pressentimos na equipa pela forma como das fraquezas fazemos forças – “para nós as dificuldades são oportunidades”, vai repetindo o mister – comprovam que temos o homem certo, no lugar certo, na hora certa! 

O nosso Treinador rima com Vitória! Habemus Mister! 



Mensagem de Rui Vitória aos Adeptos, pela conquista do Tri




Entrevista de Rui Vitória à BTV no final da época




domingo, 22 de maio de 2016

O CASO TAARABT


O futebol é um negócio de alto risco e alta rentabilidade. 

Parece-me aceitável que em cinco contratações uma seja um flop. Se as outras quatro tiverem retorno desportivo e/ou financeiro a operação deverá ser considerada um sucesso.

No início desta época contratámos Mitroglou, Raúl, Carcela, Taarabt, alguns jogadores para a equipa B ou para rodar e promovemos jovens à equipa principal. O flop é Taarabt. Entrou a custo zero mais comissões, tem um ordenado elevado e não jogou. 

Flop? Sim. Mas creio que o facto de não ter jogado foi um factor agregador que nos ajudou a ser campeões. Noutros tempos, ou noutras paragens, um jogador com nome de craque e salário elevado jogaria forçosamente, mesmo que não rendesse, mesmo que não treinasse ao nível dos colegas. Aqui e agora não! 

O facto de Taarabt não ter sido utilizado validou o esforço dos outros elementos do plantel. Os Tricampeões! Mostrou que vale a pena o esforço, o compromisso e a paciência de esperar por uma oportunidade. 
O treinador, atento e justo, não deixou de compensar os que deram tudo o que tinham para dar. Assim se constrói um grupo forte, coeso, campeão! Grande decisão de Rui Vitória. 

sábado, 21 de maio de 2016

OS NOSSOS CAMPEÕES

Júlio César Bicampeão - o Imperador das balizas! Até se lesionar foi um dos esteios da nossa equipa, contribuindo com a sua segurança e experiência para transmitir tranquilidade aos colegas e confiança aos adeptos. Para alcançarmos os objectivos a que nos propomos, deveremos sempre contar com pelo menos um ou dois jogadores com o estatuto e palmarés do Júlio César.

Ederson Campeão - menino prodígio! Impressiona pela sua frieza, coragem e capacidade técnica. A par de Oblak, um dos guarda-redes mais completos a defender a baliza do Glorioso. Tem como especialidade o forte pontapé. Apostei que ainda o veríamos fazer uma assistência durante esta época. Perdi a aposta, mas ganhámos um enorme guarda-redes!

Paulo Lopes Tricampeão - elemento aglutinador do balneário e figura muito acarinhada pela Família Benfiquista! É também com elementos assim que se formam equipas campeãs.

André Almeida Tricampeão - típico jogador de plantel: não é o mais dotado tecnicamente, não é o mais forte nem o mais rápido. No entanto, a sua polivalência, a inesgotável disponibilidade, a concentração, a entrega, o espírito de luta e sacrifício fazem dele um dos elementos estruturantes da equipa. É um dos jogadores com mais anos de casa e fez este ano a sua melhor época, com 3 assistências e 26 presenças na Liga.

Nelson Semedo Campeão - primeira grande revelação do plantel 2015/2016! Arrancou fortíssimo, foi várias vezes o melhor em campo na primeira fase da época. Após a lesão, não recuperou a excelente forma que demonstrara. Com uma boa pré-época, mais experiência e corrigindo alguns posicionamentos defensivos, teremos em Nelson Semedo um dos melhores laterais da Europa.

Luisão - o grande Capitão é Pentacampeão! Há muito tempo que alcançou o estatuto de Lenda do Sport Lisboa e Benfica. Pedra basilar do espírito de grupo que notamos nos nossos plantéis há vários anos. A sua experiência, o profissionalismo, a qualidade técnica e táctica que tem sabido apurar época após época, levam-me a confiar que Luisão ainda tem muito para nos dar nos relvados, antes de passar para outras funções no Clube.

Jardel Tricampeão - o guerreiro portador da Mística Benfiquista. Subiu a pulso na consideração dos adeptos e no estatuto que alcançou na equipa. É hoje um dos heróis mais aclamados pelo Terceiro Anel. Com toda a justiça!

Lisandro López Bicampeão - central de grande talento. Tem estado sempre bem quando chamado e sabemos que podemos contar com ele para manter o elevadíssimo nível que nos habituámos a ter na zona central da defesa. 

Lindelof Bicampeão - centralão intransponível! Pela frieza e segurança que o Iceman apresenta em campo, até parece que joga na primeira equipa há meia dúzia de anos.

Eliseu Bicampeão - fortíssimo física e mentalmente, não se deixa abalar pelas adversidades e a verdade é que já ganhámos dois campeonatos com Eliseu titularíssimo.

Grimaldo Campeão - este puto promete! Vê-se que tem escola. Velocidade, técnica, concentração e grande pendor ofensivo. Características muito importantes num lateral de equipa grande.

Sílvio Tricampeão - travado por longas lesões, não tem podido dar o seu melhor, que é muito.

Fejsa - o Campeoníssimo! Nove épocas como profissional de futebol, nove épocas campeão! Justifica contrato vitalício...Enche o meio-campo e liberta os jogadores mais ofensivos. 

Samaris Bicampeão - joga a "seis", joga a "oito" e esteve impecável a central. Já sabe o que é a Mística Benfiquista e, no futuro, a braçadeira de capitão vai-lhe assentar muito bem.

Renato Sanches Campeão - digo só isto: É já um dos melhores box-to-box do Mundo e vamos mesmo encaixar os oitenta milhões!

Talisca Bicampeão - dotado de características muito especiais, ainda procura o seu melhor. Aprecio de sobremaneira aquele passe curvo rasteiro, que não vejo mais ninguém fazer, pelo menos na Europa.

Pizzi Bicampeão - jogador fundamental nesta época e na anterior. Equilibra e resolve. Peça muito importante na flexibilidade táctica do futebol do presente e do futuro.

Salvio Tricampeão- esta época não chegámos a ter a nossa "arma de destruição maciça". Na próxima voltaremos a vê-lo "destruir" três, quatro e cinco adversários em cada jogada, várias vezes por jogo.

Gonçalo Guedes Bicampeão - mais um grande talento da cantera! Ainda está em evolução, mas já demonstra muito valor.

Carcela Campeão - o desequilibrador por excelência! Faz falta no plantel pelo menos um jogador com as suas características e esteve sempre bem, a titular ou a saltar do banco.

Nico Gaitán Tricampeão - o nosso mágico está de saída! Ao nível dos maiores da nossa história!

Jonas Bicampeão - palavras para quê? É o maior goleador do campeonato português!

Mitroglou Campeão - típico avançado de equipa grande! Sabe tudo sobre fazer golos e tem o carisma dos grandes pontas-de-lança.

Raúl Campeão - decisivo! Com apenas 24 anos - uma criança na escala dos pontas-de-lança -  e segunda época na Europa, é ainda um diamante por lapidar. Atingindo todo o seu potencial, será dos melhores do Mundo ao longo da sua carreira. 

E ainda os Campeões:

Cristante, Jovic, Nuno Santos, Djuricic, Clésio Baúque, Ola John e Victor Andrade



Boas Férias, Campeões!

Descansem e divirtam-se, que bem merecem. Nós cá vos esperamos para todos juntos lutarmos para alcançar esse feito inédito na história do Glorioso Sport Lisboa e Benfica: o TETRACAMPEONATO!

COIMBRA TEM MAIS ENCANTO...

Na hora da despedida, o nosso mágico chorou!


Terminámos em beleza esta extraordinária época desportiva! O resultado espectacular espelha a criatividade e eficácia da nossa equipa. E também alguma descontracção, própria da marcha do marcador e do momento da época. Foi muito bonita a festa dos nossos adeptos em Coimbra! Temos sete em nove Taças da Liga.  Venham mais muitas!

É triste e bonito vermos a despedida do Nico Gaitán

Chegou há seis anos ao Benfica e levou dois a convencer-me. Acho que também levou dois anos a adaptar o seu talento às exigências do futebol europeu e a atingir o seu potencial. Quando o fez, tornou-se um ídolo! O jogador mais marcante do futebol português, o mais influente no Benfica, o nosso Mágico! Assentou-lhe tão bem a braçadeira de Capitão! Um exemplo de talento e humildade, digno herdeiro dos maiores da nossa história! 

Anuncia a sua saída em lágrimas, no relvado. Chorou pela emoção de terminar aqui uma passagem muito bonita da sua vida. Ele que não queria vir, chora por partir.  

Nós agradecemos o contributo que nos deu para ganharmos tantas vezes e sermos ainda mais fortes! E desejamos-lhe a melhor sorte! 

Serás sempre bem-vindo, NICO GAITÁN!










terça-feira, 17 de maio de 2016

VENHAM MAIS MUITAS!


A Taça da Liga simboliza o novo ciclo de glória encetado pelo Benfica


A Taça da Liga foi criada em 2008 e o Benfica venceu seis das oito edições já realizadas. Parece-me evidente que associemos este histórico do Benfica na Taça da Liga à recuperação da hegemonia do futebol português que temos levado a cabo nos últimos anos. Por esta e por todas as razões gosto muito de vencer a Taça da Liga! 

Tantas vezes desprestigiada por alguns clubes (talvez por ainda não terem conseguido conquistá-la) e até pela própria organização da L.P.F.P, trata-se no entanto da terceira competição mais importante do calendário nacional, envolvendo todos os clubes de futebol profissional. E é uma peça muito bonita que fica sempre bem no Museu Cosme Damião!

Não é por acaso que temos ganho tantas vezes a Taça da Liga. As nossas vitórias nesta prova demonstram a profundidade de plantel que o Benfica tem e os outros não. Pelo formato da prova - um misto de fase de grupos e jogos a eliminar -, pelas regras de utilização de jogadores e pelo facto de ser a 3ª prova na hierarquia das competições nacionais, só mesmo um Clube maior que os outros pode vencê-la com tanta frequência. As nossas conquistas na Taça da Liga comprovam a qualidade em quantidade que temos tido nos nossos plantéis ao longo dos últimos anos. Confirmam o desígnio de vitória do Glorioso Sport Lisboa e Benfica!

É já sexta-feira que disputaremos a nossa sétima Final da Taça da Liga. Espero que consigamos ganhar e assim juntar esta deliciosa sobremesa ao magnífico repasto que foi a conquista do Trigésimo Quinto Campeonato Nacional! 

sábado, 14 de maio de 2016

VITÓRIA DO BEM SOBRE O MAL

Já sabíamos que o futebol é a vida em noventa minutos e esta época desportiva deu-nos uma notável demonstração de como pode ser uma alegoria de valores.

O jogo tem uma forte componente aleatória, mas a experiência diz-nos que ao longo de uma prova longa os mais fortes prevalecem. GANHÁMOS porque fomos mais fortes e somos os mais fortes em todos os aspectos!


No jogo jogado, os jogadores do Sporting estiveram muito bem e podiam ter ganho. Só não ganharam porque tiveram azar. O azar deles chama-se Benfica.


No jogo falado, o indivíduo que ocupa actualmente a Presidência do Sporting e os seus inácios foram abjectos. Mancharam o nome do clube e até tiraram brilho ao desempenho dos próprios jogadores.


Entenderam estes arruaceiros que aumentariam as suas hipóteses se, aos jogadores e técnico contratados, acrescentassem uma campanha de comunicação baseada no insulto, arrogância, inveja e calúnia. Na tentativa de desestabilizar o principal adversário não tiveram pudor, nem respeito pelas regras mais básicas de civilidade, nem desportivismo. Esta atitude apenas os envergonha e exibe a sua mesquinhez. Estiveram muito mal.


Dispenso-me de repetir as inúmeras declarações em comunicados e conferências de imprensa que tinham como propósito achincalhar e dividir os elementos da Família Benfiquista. Não conseguiram! Teve o efeito contrário.


A todo esse ruído, soube o Sport Lisboa e Benfica responder com a dignidade própria dos verdadeiramente grandes. Com silêncio, trabalho, união, humildade, autoconfiança e respeito por todos os adversários. Qualquer que fosse o desfecho do campeonato já teríamos ganho! Seria sempre uma vitória da ética e dos valores fundamentais do desporto sobre a barbárie. A esta vitória moral, tivemos a capacidade de juntar uma saborosa e merecida vitória desportiva. Estivemos muito bem!


Esta não é apenas mais uma das muitas vitórias do Benfica sobre o Sporting.


É uma vitória do Bem sobre o Mal!

OS TRICAMPEÕES!

Dedico este texto a todos os Benfiquistas


Poucos instantes antes de começar o jogo olho em meu redor para sentir o pulso à bancada. Confirmo a assiduidade dos habituais titulares e congratulo-me com a presença de muitos reforços. 


A senhora de sessenta e tal anos das meias berrantes que não falhou um jogo em toda a época. O tipo que fuma cigarros uns atrás dos outros e resmunga a cada passe falhado. A garota de cinco anos que aperta a mão do pai e lhe pede a camisola do Jonas. Os dois amigos que discutem cada lance como se fosse o último. Lá estão os meus primos com os cachecóis dos dias especiais.  A equipa de alentejanos que veio em excursão. A mãe com o filho, futuro craque certamente. O grupo de universitários que percebo pela pronúncia serem das Ilhas. Um homem barbudo com ar sisudo que observa tudo com distância científica, talvez seja um sociólogo efectuando trabalho de pesquisa. O senhor com mais de oitenta anos que ultrapassei nas escadas acaba de se sentar, amparado pelos netos. E muitos milhares mais! Vamos cantar pelo Benfica que é o maior em Portugal!


Sinto uma ligação fraternal a todos e sei que o propósito que nos une é de uma beleza extrema! 


Ajeito os óculos e preparo-me para assistir ao último jogo da época na Luz. Antecipo as saudades que vou ter disto. Tenho seguido à risca o apelo do mister quando ele diz: "venham jogar connosco!". Já não corro tão depressa como noutros tempos, mas a cantar/gritar e a aplaudir estou no topo da minha forma. Sinto que todos temos contribuído para esta caminhada. Todos temos ajudado a acender esta chama que nos anima!


O joguinho correu bem. Tivemos sorte, eh eh! Haverá comunicado a acusar o Benfica de ter utilizado quase sessenta e cinco mil jogadores não-inscritos na Liga?...


Após o apito final volto a olhar em redor para absorver as emoções da bancada. O grupo de alentejanos e os universitários das Ilhas replicam os cânticos da claque e fazem "moche"! A sexagenária das meias berrantes dança uma coreografia inspirada nas bailarinas de um artista pimba! Os dois amigos que discutem todos os lances pulam abraçados! A garota de cinco anos trepa pelo ombro do pai e insiste que quer a camisola do Jonas. A mãe do futuro craque filma tudo para a posteridade. O devorador de cigarros ergue os punhos para o céu e dedica a vitória a alguém que já partiu. O senhor de oitenta e tal anos aplaude descompassadamente e grita "Benfica! Benfica!" com a voz embargada. O barbudo com ar sisudo morde o lábio inferior mas não evita que as lágrimas lhe caiam pelo rosto. Os meus primos abraçam-me e os óculos saltam para a fila de baixo. Não faz mal, já vi o que queria. 


NÓS SOMOS OS TRICAMPEÕES!! NÓS SOMOS O BENFICA!!