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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

domingo, 28 de outubro de 2018

QUEM ANDA À CHUVA MOLHA-SE



O mesmo é dizer: Quem falha tantas oportunidades, arrisca-se a perder. Foi o que nos aconteceu ontem no Jamor, frente ao Belenenses.

À meia-hora de jogo podíamos ter o assunto arrumado, tal foi a quantidade de oportunidades flagrantes falhadas na cara do guarda-redes Muriel. Rafa, Gedson, Seferovic e ainda o Salvio, no penálti, não conseguiram materializar em golo a excelente entrada em campo do Benfica. E depois verificou-se aquela máxima do futebol que nos diz que quem não marca sofre. Duas vezes. 

Voltámos a entrar bem na segunda parte e voltámos a ser traídos pela ineficácia, pela falta de calma e de classe na finalização. A frustração pela incapacidade de chegarmos ao golo e a ansiedade em marcar de qualquer forma abriram brechas na equipa, bem exploradas em ataques rápidos do Belenenses com lançamentos longos para as costas da nossa defesa que podiam ter causado ainda mais estragos.

São coisas que acontecem. É preciso é que não aconteçam muitas vezes!

                                Ficha do jogo (aqui)

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

FALTOU-NOS CALMA


Num jogo tão dividido, com tantas oportunidades para ambas as equipas, a vitória podia ter caído para qualquer lado. Nesse sentido, nem considero que o resultado tenha sido propriamente injusto. Como não teria sido injusto o empate ou a nossa vitória. Mas lá que custa muito voltarmos a perder um jogo tão importante aos 92 minutos, lá isso custa! (E eu estava lá, precisamente atrás daquela baliza, na Final da Liga Europa em 2013).

Desde o início do jogo até cerca dos oitenta minutos podia ter surgido um golo em qualquer das balizas. Houve muitos ataques e contra-ataques, muitas transições, muitos passes falhados por ambas as equipas e grandes defesas de ambos os guarda-redes. Terá sido um jogo entusiasmante para um espectador neutro, mas eu gosto muito mais de ver a nossa equipa a controlar as situações num jogo "chato" do que a embarcar nestas "loucuras". Prefiro ganhar com cinismo do que perder com romantismo.

Já  me palpitava que seria um jogo assim, muito aberto e muito eléctrico, mas acreditava que conseguiríamos tirar vantagem de termos uma equipa mais experiente e que saberíamos utilizar a sofreguidão ofensiva dos holandeses contra eles. De facto, criámos as oportunidades suficientes para fazermos um golo ou dois, mas faltou-nos frieza na finalização. Também o Ajax podia ter marcado mais cedo, não fossem as enormes defesas do Vlachodimos ou aquele corte espectacular do Conti. Para nosso azar, acabamos por sofrer o golo quando já não havia tempo para igualar. Ainda por cima um golo fortuito, em que ao corte falhado pelo Conti sucede um desvio infeliz do Grimaldo.

Ao contrário do que tantos dizem, não acho nada que o Benfica tenha ido jogar para o pontinho, bem pelo contrário. Claro que perto do fim do jogo a tendência natural é para não arriscar tanto. E isso verificou-se em ambas as equipas. Simplesmente, eles foram mais felizes. Não tenho nada a apontar aos nossos jogadores nem ao nosso treinador. Acho apenas que a estratégia devia ter contemplado mais períodos de posse tranquila e circulação segura, com o intuito de enervar os jovens holandeses e provocar-lhes erros por impaciência. Faltou-nos calma. Mas se calhar, a estratégia até era essa e foram eles que não nos permitiram aplicá-la.



Se o empate já não era grande resultado (atendendo ao empate do Ajax na Alemanha), esta derrota deixa-nos à mercê de um ou dois milagres para alcançarmos o tão desejado e importante apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Resta-nos, obviamente, equilibrar a contenda com o Ajax ganhando-lhes na Luz, fazer tudo por tudo para sacarmos pelo menos um ponto em Munique, e vencer inapelavelmente os gregos na última jornada.

Enfim, antes disso, e por isso muito mais importante, temos uma batalha a travar no Jamor com um dos Belenenses, em que teremos - todos - de mostrar que já recuperámos deste desaire e seguimos fortes e unidos no caminho da Reconquista. Pela minha parte, até não estava a pensar lá ir, mas hoje já comprei o bilhete.


                                       ficha do jogo (aqui)

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Missão cumprida. E algo mais.



Vitória natural e tranquila, como nem sempre acontece nesta eliminatória da Taça de Portugal. Atitude irrepreensível da nossa equipa numa abordagem séria e eficaz ao desafio que tinha pela frente.

Tivemos algumas dificuldades em ligar o jogo na primeira meia hora, o que talvez se explique pela quantidade de alterações no Onze inicial e pela ausência do Pizzi, o elemento que confere mais fluidez ao nosso início de construção. O Sertanense não se limitou a estacionar o autocarro à frente da sua baliza, antes procurou estorvar a nossa circulação no meio-campo e aproveitar algum erro para atacar. Mas apesar de alguns passes falhados, nomeadamente pelo Samaris e pelo Gabriel, nunca permitimos que os beirões se acercassem com perigo da nossa baliza. Fizeram apenas um remate perigoso em toda a partida, espectacularmente defendido pelo Svilar. O golo do Rafa, aos 35', terá quebrado a esperança dos sertanenses em tombar o Gigante. 




Tal como referiu o mister Rui Vitória após a partida, também acho que ganhámos mais do que um jogo nesta noite coimbrã:

A estreia do Corchia - Não deu para brilhar, mas deu boas indicações. Mostrou propensão ofensiva, deu largura e profundidade no seu flanco, e  também apareceu por dentro a combinar com os avançados.

Alfa Semedo a central - Não é novidade, mas no Benfica foi a primeira vez de início. Fortíssimo no jogo aéreo, atento na antecipação e com qualidade para sair a jogar. Tem de controlar a impetuosidade. A pouca qualidade do adversário não nos permite concluir que tem tudo o que é preciso para ser um central do Benfica, mas a polivalência está lá. (Eu continuo a achar que será a 8 que podemos tirar mais partido das suas características).

Bom jogo do Yuri Ribeiro - 48 horas depois de ter jogado 90 minutos pelos sub-21, mostrou enorme capacidade física em mais 90 minutos de bom nível. Está em dois golos e em belas combinações com o Zivkovic. O Yuri não é (ainda) um talento ao nível dos restantes colegas oriundos da cantera, mas pode tornar-se um jogador interessante. É muito forte fisicamente, é concentrado e raçudo. Não é um portento de técnica, mas cruza muito bem. Falta-lhe alguma velocidade, sobretudo no arranque, e agilidade, mas embalado é uma locomotiva imparável.

Capitão Samaris - O alvo encarnado da descomunicação social dos últimos dias revelou serenidade e concentração. Falhou alguns passes na fase inicial, mas foi melhorando ao longo do jogo. Por duas vezes podia ter feito golo em remates de longe.

Rafa, o goleador - E vão cinco, distribuídos por três competições.

O golão do Gedson - Coroou com golo de levantar o estádio uma exibição muito bem conseguida.

Jonas - O regresso do Pistolas aos tiros certeiros.

Bom jogo do Zivkovic - Na esquerda, na direita e no centro. Por onde aparecia foi espalhando magia!

A estreia do Jota - The next big thing a saltar do Seixal para a Luz!

Plano A e Plano B - Primeira parte em 4-3-3 e segunda em 4-4-2. Já aqui o referi várias vezes, acredito que o facto de podermos utilizar os dois sistemas será uma grande mais-valia ao longo desta época.

Juventude irrequieta - Svilar, Rúben, Yuri, Alfa, Gedson, Jota e Félix. Estes sete rapazes em alguns países, nem idade têm para beber uma cervejinha... 

O Presente é viçoso e o Futuro é risonho!
VIVA! VIVÓ BENFICAAA!!! VIVA! VIVÓ BENFICAAA!!!
                   
                     Ficha do jogo (aqui)

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

O VENTO ESTÁ A MUDAR...



Após cerca de ano e meio desde o início desta campanha nojenta contra o Sport Lisboa e Benfica, começamos a ter os primeiros sinais de que será feita justiça. Aguentemos firmes pelo desfecho dos inúmeros processos. Quando forem condenados os mafiosos que organizaram e participaram nesta cabala seremos implacáveis. Não perdoaremos nem um cêntimo de indemnização a esses vermes! Depois será tempo de limparmos a Liga e a Federação da escumalha anti-Benfica. As rameiras da descomunicação social cairão por arrasto.




P.S. Mas nem tudo são boas notícias. O novo presidente dos lagartos ameaça acabar com o circo no Lumiar. Oh pá!...

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

JÁ MERECÍAMOS!



Mesmo com o árbitro a jogar contra nós, conseguimos ganhar ao clube da máfia! Lá, no campo onde deviam ser travadas todas as batalhas, mostrámos que somos mais fortes. Quando foi preciso lutar, lutámos mais. Quando deu para jogar, jogámos melhor! 

APRECIAÇÃO GERAL
Foi um jogo com poucas oportunidades para ambas as equipas, mas o Benfica mostrou sempre melhores argumentos, mais ideias para atacar e muito mais qualidade técnica e táctica no desenvolvimento do seu futebol. Quanto ao clube que oferece prostitutas aos árbitros para vencer campeonatos, já se sabe, tem um futebolzinho muito rudimentar. Acho que a descrição técnica é "chuta-na-frente-e-corre-corre-Marega". Para anularmos essas acções contámos com uma pressão inteligente dos nossos médios e avançados sobre os eventuais autores dos passes e uma marcação irrepreensível dos nossos defesas (mais uma dupla de centrais inédita) aos avançados contrários. De resto, só tiveram o jogo que o árbitro lhes deu.

PRIMEIRA PARTE
A primeira parte foi muito fechada, com o clube que foge dos jogos quando está a perder ao intervalo a comportar-se como equipa pequena, a queimar tempo desde o primeiro minuto. De tal forma, que até valeu um amarelo para o Casillas aos 19'. Aleluia! Quanto ao Benfica, deu para perceber que a estratégia inicial passava por impedir que o adversário explorasse a profundidade, e por atacar sem arriscar demasiado. Para tal, foi necessário antes de mais equilibrar a contenda nos duelos, segundas bolas e ressaltos, e depois então, colocar em campo a mais-valia técnica dos nossos elementos. 

SEGUNDA PARTE
Na segunda parte assumimos mais a iniciativa, desenvolvemos belas jogadas em futebol apoiado (grandes exibições do Pizzi e do Gabriel) e permitimos que o Vlachodimos continuasse a ser um espectador atento no seu primeiro clássico. A entrada do Rafa para o lugar do Cervi deu-nos mais "electricidade" e criou mais instabilidade no último reduto do clube que até aldraba a data da sua fundação. Chegámos ao golo numa das muitas acções de pressão alta à saída de jogo do Casillas, com o Gabriel a levantar bem a bola, o Pizzi a mostrar que é preciso é ter cabeça, e o Seferovic a juntar uma finalização difícil a um grande trabalho em prol do colectivo. O Estádio da Luz acordou enfim com o golo marcado e ajudou a equipa a continuar a carregar. Não criámos propriamente grandes ocasiões, mas encostámos o adversário às cordas e mostrámos grande controlo da situação. Numa tentativa desesperada de ajudar o clube cujos jogadores têm autorização para bater em toda a gente, o apitadeiro inventou uma expulsão do Lema, aos 83'. Reduzidos a dez e com o Alfa a central (mais uma dupla estreada!), foi tempo de tocar a unir e, mais uma vez, os adeptos mostraram que podem fazer a diferença se optarem por jogar com a equipa em vez de se limitarem a ver jogar.

                            BENFICA - 1, clube da máfia - 0 (ficha do jogo aqui)


OS MEUS DESTAQUES
O meu primeiro destaque individual vai para o mister Rui Vitória. Começou a ganhar o jogo logo na conferência de antevisão, preparou muito bem a equipa para tudo o que pudesse acontecer e desfez mais uma arma de arremesso aos seus detractores. O meu segundo destaque individual vai para... o colectivo. Só com uma grande união e espírito de entreajuda foi possível vencermos um jogo inquinado, contra tantos adversários. Ainda assim, gostava de salientar as exibições do Rúben Dias, do Grimaldo, do Pizzi e do Seferovic.

A ARBITRAGEM
O critério do árbitro Ver(d)íssimo em termos de faltas e amarelos foi uniforme e muito coerente ao longo de toda a partida: sempre a entornar o campo contra nós, sempre a impedir que os nossos ganhassem as divididas, sempre a permitir tudo aos carroceiros que representam o clube cujos adeptos invadem o centro de treinos dos árbitros e ameaçam as suas famílias. O pináculo da sua actuação foi a amostragem do segundo amarelo ao Lema (boa exibição!) num lance em que nem falta fez!

BELA JORNADA
Estamos dois pontos à frente do clube cujo presidente fugiu para Espanha avisado pela Polícia Judiciária e temos, para já, vantagem no confronto directo com esses mafiosos. Anulámos a vantagem do Braga, graças ao seu empate caseiro com o Rio Ave, e dividimos com os minhotos o primeiro lugar da tabela. Para terminarmos a jornada em beleza, ainda tivemos notícia da goleada imposta pelo último classificado aos palhaços do Lumiar. OLÉ!


quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Sofre, sofre coração!


O que interessava era sacarmos os três pontos e o objectivo foi alcançado! Mau para nós foi o resultado do Ajax, que ao empatar em Munique baralhou um bocado as contas. Se já era obrigatório fazermos quatro pontos no duplo duelo com os holandeses, corremos agora o risco de mesmo assim não ser suficiente. Bom, mas essas contas fazem-se mais tarde.

PRIMEIRA PARTE
Ontem voltámos a entrar muito bem, com um golo logo aos 6' (Seferovic) e outro aos 15' (Grimaldo), a prometerem uma noite descansada no regresso do Benfica às vitórias na fase de grupos da Liga dos Campeões. Após o segundo golo não baixámos imediatamente as linhas, nem a intensidade, e durante algum tempo dava ideia que estaríamos mais perto do terceiro do que os gregos de reduzir. 

No entanto, a partir dos 25', 30' deixámos de ter bola e permitimos que o AEK fosse chegando à nossa área com demasiada facilidade. O nosso meio campo não filtrava a construção simples do anfitrião, que consistia basicamente em lançamentos longos para as costas dos nossos laterais, e as situações de perigo junto da nossa baliza faziam adivinhar o pior. Mesmo no fim da primeira parte, a expulsão do Rúben Dias, que foi imprudente na forma como abordou o lance já tendo um amarelo, deixava antever uma segunda parte de grande sofrimento.


UM APARTE
Caberá obviamente ao mister Rui Vitória identificar e corrigir as causas destes apagões quando nos encontramos em vantagem no marcador. A mim parece-me que alguns jogadores acusam um certo desgaste, provocado pela extrema intensidade do nosso arranque de época e pela muita utilização a que foram sujeitos. Fez sentido usar quase sempre o mesmo Onze para maximizar as rotinas nos jogos de acesso à Liga dos Campeões, mas agora é preciso ir refrescando a equipa. Noto o Fejsa, o Pizzi e o André Almeida alguns furos abaixo do que fizeram em Agosto. É quase uma heresia criticar o Fejsa, mas parece-me que nos últimos jogos o nosso Monstro Sérvio não foi tão dominador como é habitual. E com menos Fejsa, já se sabe, a nossa organização defensiva ressente-se muito. Ainda por cima agora andamos a estrear duplas de centrais em todos os jogos... 

Anseio pelo regresso do Krovinovic! O Krovi vai dar-nos mais critério na posse e mais fluidez na construção. Mais capacidade para defendermos com bola - instrumento muito valioso na manutenção de vantagens.


SEGUNDA PARTE
Voltando ao jogo. Impunha-se a entrada de mais um central, oportunidade para a estreia oficial do Lema, por troca com algum elemento do meio-campo. Na minha opinião tinha saído o Pizzi, pois o Salvio dava mais possibilidade de esticarmos o jogo, com as suas progressões com bola. E foi mesmo por aí que o AEK forçou a nota, e com sucesso. Foi pelo nosso flanco direito que surgiram os dois golos do empate - no segundo há fora-de-jogo - e uma série de situações de perigo. Com a entrada do Alfa e a passagem do Gedson para a direita conseguimos estancar um pouco esta sangria, mas nunca voltámos a ter a situação controlada. 

                             AEK - 2, BENFICA 3 Ficha do jogo (aqui)

Valeu-nos um momento de extraordinária inspiração do Alfa Sem Medo ao pegar na bola a meio-campo, a avançar sozinho e a chutar de bem longe para um cantinho da baliza grega! Valeu-nos o Vlachodimos que tirou três ou quatro golos feitos aos seus compatriotas! Valeu-nos o coração que não nos deixou morrer desta!...