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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

FALTOU-NOS CALMA


Num jogo tão dividido, com tantas oportunidades para ambas as equipas, a vitória podia ter caído para qualquer lado. Nesse sentido, nem considero que o resultado tenha sido propriamente injusto. Como não teria sido injusto o empate ou a nossa vitória. Mas lá que custa muito voltarmos a perder um jogo tão importante aos 92 minutos, lá isso custa! (E eu estava lá, precisamente atrás daquela baliza, na Final da Liga Europa em 2013).

Desde o início do jogo até cerca dos oitenta minutos podia ter surgido um golo em qualquer das balizas. Houve muitos ataques e contra-ataques, muitas transições, muitos passes falhados por ambas as equipas e grandes defesas de ambos os guarda-redes. Terá sido um jogo entusiasmante para um espectador neutro, mas eu gosto muito mais de ver a nossa equipa a controlar as situações num jogo "chato" do que a embarcar nestas "loucuras". Prefiro ganhar com cinismo do que perder com romantismo.

Já  me palpitava que seria um jogo assim, muito aberto e muito eléctrico, mas acreditava que conseguiríamos tirar vantagem de termos uma equipa mais experiente e que saberíamos utilizar a sofreguidão ofensiva dos holandeses contra eles. De facto, criámos as oportunidades suficientes para fazermos um golo ou dois, mas faltou-nos frieza na finalização. Também o Ajax podia ter marcado mais cedo, não fossem as enormes defesas do Vlachodimos ou aquele corte espectacular do Conti. Para nosso azar, acabamos por sofrer o golo quando já não havia tempo para igualar. Ainda por cima um golo fortuito, em que ao corte falhado pelo Conti sucede um desvio infeliz do Grimaldo.

Ao contrário do que tantos dizem, não acho nada que o Benfica tenha ido jogar para o pontinho, bem pelo contrário. Claro que perto do fim do jogo a tendência natural é para não arriscar tanto. E isso verificou-se em ambas as equipas. Simplesmente, eles foram mais felizes. Não tenho nada a apontar aos nossos jogadores nem ao nosso treinador. Acho apenas que a estratégia devia ter contemplado mais períodos de posse tranquila e circulação segura, com o intuito de enervar os jovens holandeses e provocar-lhes erros por impaciência. Faltou-nos calma. Mas se calhar, a estratégia até era essa e foram eles que não nos permitiram aplicá-la.



Se o empate já não era grande resultado (atendendo ao empate do Ajax na Alemanha), esta derrota deixa-nos à mercê de um ou dois milagres para alcançarmos o tão desejado e importante apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Resta-nos, obviamente, equilibrar a contenda com o Ajax ganhando-lhes na Luz, fazer tudo por tudo para sacarmos pelo menos um ponto em Munique, e vencer inapelavelmente os gregos na última jornada.

Enfim, antes disso, e por isso muito mais importante, temos uma batalha a travar no Jamor com um dos Belenenses, em que teremos - todos - de mostrar que já recuperámos deste desaire e seguimos fortes e unidos no caminho da Reconquista. Pela minha parte, até não estava a pensar lá ir, mas hoje já comprei o bilhete.


                                       ficha do jogo (aqui)

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