O que interessava era sacarmos os três pontos e o objectivo foi alcançado! Mau para nós foi o resultado do Ajax, que ao empatar em Munique baralhou um bocado as contas. Se já era obrigatório fazermos quatro pontos no duplo duelo com os holandeses, corremos agora o risco de mesmo assim não ser suficiente. Bom, mas essas contas fazem-se mais tarde.
PRIMEIRA PARTE
Ontem voltámos a entrar muito bem, com um golo logo aos 6' (Seferovic) e outro aos 15' (Grimaldo), a prometerem uma noite descansada no regresso do Benfica às vitórias na fase de grupos da Liga dos Campeões. Após o segundo golo não baixámos imediatamente as linhas, nem a intensidade, e durante algum tempo dava ideia que estaríamos mais perto do terceiro do que os gregos de reduzir.
No entanto, a partir dos 25', 30' deixámos de ter bola e permitimos que o AEK fosse chegando à nossa área com demasiada facilidade. O nosso meio campo não filtrava a construção simples do anfitrião, que consistia basicamente em lançamentos longos para as costas dos nossos laterais, e as situações de perigo junto da nossa baliza faziam adivinhar o pior. Mesmo no fim da primeira parte, a expulsão do Rúben Dias, que foi imprudente na forma como abordou o lance já tendo um amarelo, deixava antever uma segunda parte de grande sofrimento.
UM APARTE
Caberá obviamente ao mister Rui Vitória identificar e corrigir as causas destes apagões quando nos encontramos em vantagem no marcador. A mim parece-me que alguns jogadores acusam um certo desgaste, provocado pela extrema intensidade do nosso arranque de época e pela muita utilização a que foram sujeitos. Fez sentido usar quase sempre o mesmo Onze para maximizar as rotinas nos jogos de acesso à Liga dos Campeões, mas agora é preciso ir refrescando a equipa. Noto o Fejsa, o Pizzi e o André Almeida alguns furos abaixo do que fizeram em Agosto. É quase uma heresia criticar o Fejsa, mas parece-me que nos últimos jogos o nosso Monstro Sérvio não foi tão dominador como é habitual. E com menos Fejsa, já se sabe, a nossa organização defensiva ressente-se muito. Ainda por cima agora andamos a estrear duplas de centrais em todos os jogos...
Anseio pelo regresso do Krovinovic! O Krovi vai dar-nos mais critério na posse e mais fluidez na construção. Mais capacidade para defendermos com bola - instrumento muito valioso na manutenção de vantagens.
SEGUNDA PARTE
Voltando ao jogo. Impunha-se a entrada de mais um central, oportunidade para a estreia oficial do Lema, por troca com algum elemento do meio-campo. Na minha opinião tinha saído o Pizzi, pois o Salvio dava mais possibilidade de esticarmos o jogo, com as suas progressões com bola. E foi mesmo por aí que o AEK forçou a nota, e com sucesso. Foi pelo nosso flanco direito que surgiram os dois golos do empate - no segundo há fora-de-jogo - e uma série de situações de perigo. Com a entrada do Alfa e a passagem do Gedson para a direita conseguimos estancar um pouco esta sangria, mas nunca voltámos a ter a situação controlada.
AEK - 2, BENFICA 3 Ficha do jogo (aqui)
Valeu-nos um momento de extraordinária inspiração do Alfa Sem Medo ao pegar na bola a meio-campo, a avançar sozinho e a chutar de bem longe para um cantinho da baliza grega! Valeu-nos o Vlachodimos que tirou três ou quatro golos feitos aos seus compatriotas! Valeu-nos o coração que não nos deixou morrer desta!...
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