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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

TROPEÇÃO NO MARÃO



Nunca há só uma razão para falharmos um resultado nas competições nacionais. O empate de ontem em Chaves deve-se, quanto a mim, à conjugação dos seguintes factores:

- Má primeira parte do Benfica
- Azar nas lesões
- Incapacidade de matarmos o jogo, apesar das oportunidades criadas
- Boa exibição do Chaves
- Uma arbitragem... à capela

O jogo começou uma hora mais tarde por causa da chuva torrencial que chegou a pôr em causa a sua realização. No entanto, não podíamos ter entrado melhor e abrimos o marcador logo aos 3'. Magnífico passe do Seferovic a abrir uma auto-estrada à frente do Cervi, para este assistir o Rafa, que finaliza à boca da baliza. Belo golo! 

O golo foi bom, mas parece que nos caiu mal. Serviu de estimulante para os jogadores do Chaves e de calmante para os nossos. Não conseguimos impor o nosso jogo nos primeiros quarenta e cinco minutos, permitimos muitas chegadas à nossa área, e por duas vezes o Vlachodimos impediu o golo do empate. Ficou por marcar um penalti a nosso favor, aos 43', por derrube do Gabriel em cima da linha da grande-área flaviense - a linha faz parte da área. A lesão do Jardel, aos 16', queimou-nos uma substituição (que viria a fazer muita falta no final) e fez entrar um Conti nervoso e desfasado do ritmo do jogo. 

Entrámos bem melhor na segunda parte e durante largos minutos fomos donos e senhores dos acontecimentos. Aos 59', um passe mágico do Rafa isola o Seferovic em frente ao GR, mas este defende. No minuto seguinte, na sequência de um canto, o suíço volta a falhar o golo na cara do guarda-redes. Aos 65', mais uma lesão, agora do Gabriel. Neste caso não queimou uma substituição, pois o Gedson já estava prestes a entrar, suponho que pelo mesmo Gabriel. 

Entretanto, com a entrada do João Teixeira (ex-Benfica), o Chaves volta a aproximar-se da nossa baliza e beneficia de um livre, numa falta muito discutível do Cervi, ainda relativamente longe da meia-lua. O Vlachodimos pediu apenas dois homens na barreira, quanto a mim poucos e mal colocados, e não segurou o míssil do Ghazaryan. Feito o empate, restava-nos voltar a carregar no acelerador em busca da vitória. Assim o fizemos e o Rafa, a passe do Rúben, com uma simulação do Seferovic pelo meio, volta a marcar. Bisou pela primeira vez ao serviço do Benfica, leva já quatro golos na época e parece ter dado um pontapé no enguiço da finalização... Oxalá!

Reposta a vantagem aos 84', já não acreditava que a deixássemos fugir. No entanto, o Capela ainda tinha uma oração preparada para nos tramar. A falta do Conti é indiscutível, o cartão amarelo seria adequado. A expulsão é, no mínimo, exagerada. Sobretudo quando comparada com a impunidade dos artistas ao serviço do clube da máfia (vide Filipe vs Setúbal), já para não falar dos palhaços do Lumiar (vide Gudelj vs Braga). Com menos um e sem a possibilidade de reequilibrarmos a equipa com a entrada de outro central, não conseguimos segurar os três pontos e acabámos por sofrer o segundo aos 94'. Custou-me muito!

Enfim, um contratempo que nos vem confirmar o que já sabemos há muito tempo: Não basta jogarmos melhor. Temos que jogar muito melhor que os adversários para nos pormos a salvo dos corruptos do apito. 

                             Ficha do jogo (aqui)

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