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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

CONFIANÇA... MAS POUCA


Contrariando a decisão tomada em reunião de Direcção na véspera, o Presidente optou pela continuidade do mister Rui Vitória no comando técnico do Benfica. Até ver.

Pelo seu discurso na conferência de imprensa ontem à tarde, fico com a impressão que este voto de confiança é feito com... muito pouca confiança. "Não é fácil arranjar um treinador para o projecto do Benfica em 24 ou 48 horas" ou " Não podíamos correr o risco de chamuscar um treinador da casa com uma solução interina" parecem-me argumentos muito fraquinhos e que em nada reforçam a posição dum treinador tão contestado.

Também me parece desajustado recorrer ao exemplo da continuidade do Jorge Jesus em 2013 para justificar a continuidade do Rui Vitória neste momento. Os contextos são completamente diferentes.

Gostei da parte em que referiu que o Rui Vitória não é o único culpado do mau momento da equipa e de ter chamado o plantel à responsabilidade. No fundo, isto é uma espécie de chicotada psicológica, só que sem mudar de treinador. Oxalá dê bom resultado!

Amanhã lá estarei, como sempre. Para apoiar a equipa e sem lenço branco.


quarta-feira, 28 de novembro de 2018

FIM DE LINHA



Contra a minha vontade, vejo-me obrigado a retirar o meu apoio à continuidade do mister Rui Vitória como treinador do Benfica. 

Referi aqui, há poucas semanas, quais as razões que me levavam a defender a sua permanência e qual a circunstância que me levaria a mudar de opinião. Recapitulando, do lado da permanência: a convicção de que não podemos andar a despedir treinadores por não caírem no goto de alguns adeptos ou por uma sequência de maus resultados. Também por considerar, analisando o histórico das três épocas completas, que o Rui Vitória merecia a oportunidade de reconfirmar este ano a sua capacidade para treinar o Benfica.

Referi então que havia uma linha vermelha que, caso fosse ultrapassada, teria de ditar o seu afastamento: a quebra de confiança dos jogadores no treinador. Pois bem, no jogo com o Arouca fiquei com a impressão de que essa linha já tinha sido atingida e ontem essa impressão tornou-se ainda mais forte. Quando um treinador diz: "tínhamos uma estratégia que não foi operacionalizada", eu ouço: "os jogadores não acreditaram naquilo que eu lhes disse". E quando assim é, nada mais há a fazer. A partir de hoje, considero que o melhor para o Benfica será a saída do Rui Vitória.

A verificar-se a sua saída, a minha primeira opção seria o Paulo Fonseca. É o treinador português cujo futebol mais me agrada. É conveniente que seja português pela rapidez de adaptação numa época em curso. É conveniente que tenha uma filosofia de jogo de equipa grande, e já no Paços de Ferreira o Paulo Fonseca tinha essa mentalidade. Provavelmente seria difícil tirá-lo do Shaktar a meio da época, mas acho que vale a pena tentar. Caso não seja possível para já, sou da opinião que devíamos optar por uma solução interna: Renato Paiva. Em Maio se veria se tinha condições para continuar ou se voltávamos a tentar o Paulo Fonseca.

Sábado lá estarei, como sempre. Para apoiar a equipa e sem lenço branco.

VIVA O BENFICA!!

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

PÁRA. RESPIRA. RECOMEÇA.


Depois de quatro jogos sem ganharmos, nada melhor do que sofrermos um golo logo nos primeiros segundos da deslocação a Tondela para dispararem os níveis de ansiedade! 

O Grimaldo é ultrapassado pelo Murillo, deixa-o cruzar com perigo e depois o Conti aborda mal o lance e deixa-se antecipar pelo avançado. Bola na baliza do Benfica! Levámos alguns minutos a sacudir a pressão do Tondela que, animado pelo golo madrugador, continuou a carregar sobre a nossa área. Na primeira vez que conseguimos atacar, aos 10', o André Almeida faz um bom cruzamento, excelente elevação do Jonas e cabeceamento fora do alcance do guarda-redes. Reposta a igualdade, foi tempo de respirar fundo e voltar a entrar no jogo. Conseguimos chegar mais algumas vezes à área adversária, o Rafa tem uma excelente iniciativa que termina com a bola na base do poste, mas o Tondela também vai criando perigo e quase volta a marcar num lance salvo pelo Conti na linha de golo. Ao intervalo ajustava-se o empate.


Entrámos bem melhor na segunda parte e aos 54' o lateral-direito dos beirões é expulso por acumulação de amarelos. Com a entrada do Seferovic pelo Cervi, assumimos o 4-4-2. Aos 64' chegamos à vantagem após bela combinação entre o Pizzi, o Jonas e o Almeida, com este a fazer a sua segunda assistência no jogo, para o Seferovic encostar à boca da baliza. No entanto, apesar da vantagem numérica, ainda permitimos uma ocasião clara de golo com um adversário a falhar na cara do Vlachodimos. Pouco depois, conseguimos fazer o golo da tranquilidade em mais uma boa combinação Jonas-Pizzi, com este a assistir o Rafa.

Vitória indiscutível da melhor equipa em campo, ainda que com muitos soluços na construção e falhas graves na transição defensiva. Valeu a atitude da equipa que, a meu ver, tem sido irrepreensível mesmo neste período conturbado. Era indispensável somarmos os três pontos, não só pela óbvia necessidade pontual, mas também para invertermos o terrível ciclo das últimas semanas. Esperemos agora que esta paragem no campeonato (regressamos dia 22 para receber o Arouca na Taça de Portugal) seja aproveitada por todos para refrescar as ideias e reentrar nos eixos. Calma, Benfica. Pára. Respira. Recomeça!

                               Ficha do jogo (aqui)


FORA DE CAMPO
O velho mafioso e a sua trupe foram constituídos arguidos no caso do roubo e divulgação da correspondência do Benfica. O grunho de carvalho e o seu cúmplice mustafá foram engavetados, acusados de terrorismo. Isto vai, companheiros, isto vai! Quem também devia ter sido preso ontem à noite era o apitador tiago lagarto martins, que roubou escandalosamente o Chaves para dar a vitória aos palhaços do lumiar.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

NÃO CHEGOU





Tal como em Amesterdão, o jogo de ontem na Luz foi muito equilibrado. Tal como em Amesterdão, o resultado de ontem na Luz foi definido por um detalhe no último minuto de jogo. Infelizmente, em ambos os jogos esses detalhes foram-nos adversos. 

Só há uma forma de impedirmos que sejam os "detalhes" de extrema aleatoriedade a definir os resultados - é sermos claramente mais fortes que os nossos adversários e jogarmos claramente melhor que eles. Não foi o caso. Lamentavelmente, o Benfica deste ano não chegou para o melhor Ajax dos últimos vinte anos...

Ao contrário do que aconteceu na Holanda, ontem conseguimos na maior parte do tempo bloquear a criatividade do Ajax e condicionar a sua construção. Contudo, e apesar do acréscimo de qualidade dado pelo Jonas, não fomos suficientemente fortes e esclarecidos no último terço. Assim, o resultado acaba por se ajustar ao desempenho das duas equipas. É verdade que nos faltou uma pontinha de sorte naquele remate final do Gabriel, mas já tínhamos beneficiado dessa sorte no último lance da primeira parte.

A continuidade na Liga dos Campeões é virtualmente impossível, a descida para a Liga Europa é praticamente inevitável. Ou seja, depois de termos alcançado o primeiro grande objectivo da época - o apuramento para a fase de grupos - falhamos agora o objectivo seguinte, que era o apuramento para os oitavos-de-final.  

                                       Ficha de jogo (aqui)


RUI VITÓRIA E O FUTURO
Por norma, sou contra demissões de treinadores no decorrer das épocas - é raríssimo dar bom resultado. Por princípio, defendo até às últimas consequências o treinador que se encontra ao serviço do Benfica - é assim que entendo a minha obrigação de adepto. 

Analisando o histórico do Rui Vitória à frente do Benfica, julgo que será pacífico concordarmos que teve duas épocas muito boas, em que alcançou feitos inéditos, e uma terceira muito fraca. Sendo que na época que findou tem fortes atenuantes: a ausência de um guarda-redes com a qualidade necessária para a baliza do Benfica; a ausência de alternativas de qualidade aos habituais titulares em duas ou três posições; e acima de tudo, a nojenta campanha de que temos sido alvo e que tem condicionado contra nós as arbitragens e as instâncias que regulam o futebol português.

Chegados à presente época, verificamos que o mister Rui Vitória dispõe agora de matéria-prima com qualidade e em quantidade suficientes para voltar a fazer um bom trabalho e reconquistar o campeonato. (Isto se não continuarmos a ser escandalosamente roubados e o clube da máfia escandalosamente beneficiado. Mas deixemos por agora esse dado fora da análise.) A verdade é que até começou bem, num início de época muito exigente e desgastante, garantiu o supra-citado objectivo de entrada na Liga dos Campeões e ganhou finalmente um confronto directo com o clube da máfia. 

Entretanto, concluímos a quarta jornada da Liga dos Campeões praticamente arredados da mesma, e encontramo-nos a uma distância (perfeitamente recuperável) de quatro pontos da liderança do campeonato. A contestação de uma parte significativa dos adeptos é um dado que também tem de ser tido em conta. Se é verdade que o Benfica não é, nem pode ser, gerido a partir das bancadas nem das redes sociais, também é verdade que o sucesso ficará muito mais longe se houver um divórcio irrevogável entre os adeptos e o treinador. O efeito colateral do descrédito no treinador já se faz sentir na falta de apoio à equipa, e isso deixa-nos mais fracos. Por outro lado, não podemos andar a despedir treinadores por causa de uma série de três ou quatro maus resultados, sob risco de cairmos numa espiral de tremenda instabilidade ou, pior que isso, transformarmo-nos num sporting.

Há no entanto uma linha vermelha que, a ser ultrapassada, terá de ditar inapelavelmente a saída do treinador: se, ou quando, se verificasse que os jogadores tinham deixado de acreditar em Rui Vitória, a sua permanência seria apenas uma perda de tempo. Pelo que me é dado a observar, não me parece que tenhamos chegado a esse ponto. 

Em suma, por mim e por agora, é de manter Rui Vitória. O Krovinovic está de regresso e se a sua entrada na equipa tiver o mesmo efeito que teve no ano passado, a qualidade do nosso jogo dará um salto quântico e as vitórias voltarão a ser o pão nosso de cada dia. Há que ter confiança! E com vitórias, já se sabe... passa a tempestade e regressa a bonança!

sábado, 3 de novembro de 2018

EQUILÍBRIO PRECISA-SE



No jogo com o Ajax a vitória podia ter caído para qualquer um dos lados, caiu para eles. No jogo com aquela coisa parida pelo Belenenses podíamos ter o assunto arrumado aos 30 minutos, acabámos por perder. Na derrota de ontem por 3-1 com o Moreirense, na Luz, ficou evidente o desequilíbrio defensivo da nossa equipa. Pior do que criar muitas oportunidades e falhar na finalização é conceder tantas ocasiões de golo ao adversário! Tornou-se demasiado fácil chegar à área do Benfica. Tornou-se demasiado fácil fazer golos ao Benfica. O mister Rui Vitória tem de encontrar rapidamente o ponto de equilíbrio no nosso jogo, que permita à equipa defender bem e atacar melhor.

Parece-me que se deu uma inversão no nosso futebol em relação ao início da época. Nos primeiros jogos víamos a equipa muito consistente, muito segura na circulação da bola e na preparação dos ataques, mas com algum défice de criatividade no último terço. A dada altura, eu diria a partir do jogo com o Sporting, ganhámos mais tracção à frente (4-1 ao Paok, 4-0 ao Nacional), mas perdemos segurança atrás. Actualmente, a nossa transição defensiva está um pavor! Os nossos defesas apanham com os adversários pela frente com muito espaço para definirem e não raras vezes em superioridade numérica. 

Felizmente o Benfica não é governado a partir da bancada. Mas é evidente que parte significativa da massa adepta perdeu a confiança no mister Rui Vitória e isso deixa-nos mais fracos. É, pois, urgente que ele encontre a solução para reequilibrar a equipa e que nos permita retomar o caminho das vitórias, sob risco de a sua situação se tornar insustentável.

                             Ficha do jogo (aqui)