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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

terça-feira, 30 de agosto de 2016

MUITAS DESTAS





Três pontos amealhados numa deslocação à Madeira constituem valioso pecúlio nas contas do título.

Mais do que uma categórica demonstração de superioridade colectiva do Benfica, esta foi uma vitória da qualidade técnica e rigor competitivo da nossa equipa. Ao longo do Campeonato estes factores serão determinantes na obtenção de vitórias e espero, por isso, que alcancemos muitas destas.

Ao quarto jogo competitivo da época há, naturalmente, aspectos que apreciamos e outros que nos preocupam no futebol apresentado pelos Tricampeões.
Dividindo esta apreciação em dois blocos simples - aspectos ofensivos e defensivos - afigura-se-me já bastante razoável a forma como conseguimos atacar. Contudo, gostaria que já estivéssemos alguns patamares acima em termos de organização defensiva. 

Frente ao Nacional continuámos a dar muito espaço no meio-campo, permitindo que os adversários chegassem demasiadas vezes em situação favorável junto do nosso último reduto, mormente na segunda parte. Verifica-se que por vezes se cava um fosso entre a primeira e última linha, facilitando a penetração do adversário no nosso bloco. 

Várias causas contribuem para isto: André Horta não consegue manter um ritmo alto ao longo dos 90 minutos; os extremos não estão a fechar no meio como devem, a linha defensiva recua em demasia e a pressão não é efectuada de forma homogénea e simultânea por toda a equipa.
Estou em crer que o mister saberá aproveitar este interregno (ainda que com onze ausências) para melhorar este aspecto fundamental do nosso jogo.

Quanto à capacidade ofensiva, estamos a caminhar a olhos vistos para um nível bastante aceitável. Sábado tivemos volume e variedade de ataques. Salvio aproxima-se do seu calibre de "arma de destruição maciça". Grimaldo é uma seta constantemente apontada ao flanco adversário. Raul joga e faz jogar (o golo que marcou define um ponta-de-lança). Jonas, mesmo fora da melhor forma, acrescenta criatividade e critério. Carrillo começa a dar ares da sua graça. O talento individual, já o sabíamos, abunda!

Colectivamente, tornam-se cada vez mais nítidos os desenhos dos movimentos ofensivos, faltando apenas ligeiras afinações para melhorar o momento dos passes e o timing das desmarcações. Muito em breve a taxa de acerto vai disparar.

Quinta-feira, dia 1 de setembro, teremos o quadro final (até janeiro) do plantel. Neste momento, falta confirmar a entrada de Rafa - que será (seria) um tremendo reforço - e a saída de Salvio, que será (seria) uma grande perda.
Em todo o caso, salvo surpresas de maior, as coisas estão definidas. E bem. 
Assalta-me ainda a dúvida sobre se teremos o tal Super 8 que precisamos...







quarta-feira, 24 de agosto de 2016

RAMPA ASCENDENTE


Temos trinta e duas jornadas para recuperar os dois pontos perdidos no Domingo, frente ao Vitória de Setúbal.

O desaire desta segunda jornada resulta de um cocktail de factores desfavoráveis:

- Falta de velocidade e intensidade do jogo do Benfica
- Excelente organização defensiva do V. Setúbal
- Sorte madrasta
- Arbitragem escandalosamente tendenciosa

Bastava que apenas um destes quatro factores não se tivesse verificado  e, estou em crer, a vitória não nos escaparia.

Comecemos por nós. O onze inicial, com Salvio na direita e Pizzi na zona dez, pareceu-me bem na teoria. Na prática não resultou, pois Pizzi não conseguiu aparecer e definir como se impõe nesta função/posição. 

O Benfica conseguiu, a espaços, desenvolver boas movimentações ofensivas, variando o jogo pelos três corredores e criando dificuldades à defesa sadina. Importa aumentar o volume e a velocidade destas acções. Só assim poderemos ultrapassar os adversários que invariavelmente se apresentarão muito bem organizados defensivamente. E neste aspecto, temos de dar mérito ao Vitória de Setúbal.

A sorte faz parte do jogo e não podemos esperar que nos seja favorável, temos de conquistá-la. Mas é verdade que criámos situações suficientes para marcar mais golos - aquela recarga do Lindelof era difícil, mas...caramba, a bola bem podia ter entrado!

O árbitro Manuel Oliveira
Há vários anos que me habituei a entender que o trabalho dos árbitros é muito difícil e é perfeitamente aceitável que sejam cometidos vários erros por jogo. O que nunca me habituarei a aceitar é que esses erros demonstrem uma tendência, uma intencionalidade.

Foi isso que este filho da puta fez no Domingo. Nem falo do golo esquisito e duvidoso que sofremos, mas dos inúmeros lances (daqueles que não aparecem nos resumos) em que este Oliveira (malfadado apelido do futebol português) decidiu erradamente contra nós. Foram demasiados para admitirmos que não foi propositadamente. Destaco um corte limpo do Raúl e uma falta claríssima sobre o Gonçalo Guedes entre tantos outros. 
Mas o mais nojento foi a complacência com o anti-jogo dos visitantes. Já na primeira parte o tempo de descontos devia ter sido no mínimo 4 minutos, pelas simulações de lesões e assistências médicas aos jogadores do Vitória. Deu só 2 minutos. Na segunda parte então, devia ter dado no mínimo 7 minutos. Deu 4.

Este tipo é reincidente. O ano passado frente ao Rio Ave também inclinou o campo contra nós. Dessa vez conseguimos vencer o árbitro e o adversário legítimo. Desta vez não conseguimos subir a rampa ascendente que nos pôs à frente.

Em suma, temos de fazer mais e melhor para somar os três pontos em cada jogo. E esperar que, pelo menos, haja o bom-senso de não voltarem a nomear este filho da puta para os nossos jogos.


  








quinta-feira, 11 de agosto de 2016

DÉCADA NOSTRA


A época 2016/2017 é a sexta em que buscamos o Tetra.
À sexta será de vez!

Amanhã começa aquele que poderá ser um dos mais importantes campeonatos nacionais da História do Futebol Português.

Para além da importância de alcançarmos o Inédito Tetra, há outro aspecto que também acho interessante. Analisemos a História do Campeonato Português segmentando os vencedores por década. Constatamos que o Sporting dominou em duas décadas e o Porto também. O Benfica precisa de um campeonato nos próximos três para garantir o domínio em cinco décadas. 

Mas não queremos esperar. Queremos ganhar já! Ansiamos pelo começo deste campeonato pois temos consciência de estar à beira duma era dourada na história do Benfica. A conquista do Tetra será a confirmação. 

Este feito inédito para nós, a concretizar-se, provocará danos irreparáveis no curto prazo aos nossos adversários directos. Repito: Se vencermos este campeonato, o Porto e o Sporting cairão em profundas crises das quais não sairão tão depressa.
Poderemos assim acentuar a nossa hegemonia de forma prolongada.

Esta tem de ser uma Década Nostra, capaz de lançar o Benfica para voos ainda mais altos na Europa, à medida que conseguirmos consolidar o domínio em Portugal.

BENFICA! RUMO AO TETRA!!

Os campeões, por década:

Anos 30  BENFICA,3
Porto,2
Anos 40 Sporting,5
BENFICA,3
Porto,1
Belenenses,1
Anos 50 Sporting,5
BENFICA,3
Porto,2
Anos 60 BENFICA,8
Sporting,2
Anos 70 BENFICA,6
Sporting,2
Porto,2
Anos 80 BENFICA,5
Porto,3
Sporting,2
Anos 90 Porto,8
BENFICA,2
Anos 2000 Porto,6
Sporting,2
BENFICA,1
Boavista,1
Anos 10 BENFICA,4
Porto,3


Os campeões, por época:

1934/35 Porto
1935/36 BENFICA
1936/37 BENFICA
1937/38 BENFICA
1938/39 Porto

1939/40 Porto
1940/41 Sporting
1941/42 BENFICA
1942/43 BENFICA
1943/44 Sporting
1944/45 BENFICA
1945/46 Belenenses
1946/47 Sporting
1947/48 Sporting
1948/49 Sporting

1949/50 BENFICA 
1950/51 Sporting
1951/52 Sporting
1952/53 Sporting
1953/54 Sporting
1954/55 BENFICA
1955/56 Porto
1956/57 BENFICA
1957/58 Sporting
1958/59 Porto

1959/60 BENFICA
1960/61 BENFICA
1961/62 Sporting
1962/63 BENFICA
1963/64 BENFICA
1964/65 BENFICA
1965/66 Sporting
1966/67 BENFICA
1967/68 BENFICA
1968/69 BENFICA

1969/70 Sporting
1970/71 BENFICA
1971/72 BENFICA
1972/73 BENFICA
1973/74 Sporting
1974/75 BENFICA
1975/76 BENFICA
1976/77 BENFICA
1977/78 Porto
1978/79 Porto

1979/80 Sporting
1980/81 BENFICA
1981/82 Sporting
1982/83 BENFICA
1983/84 BENFICA
1984/85 Porto
1985/86 Porto
1986/87 BENFICA
1987/88 Porto
1988/89 BENFICA

1989/90 Porto
1990/91 BENFICA
1991/92 Porto
1992/93 Porto
1993/94 BENFICA
1994/95 Porto
1995/96 Porto
1996/97 Porto
1997/98 Porto
1998/99 Porto

1999/00 Sporting
2000/01 Boavista
2001/02 Sporting
2002/03 Porto
2003/04 Porto
2004/05 BENFICA
2005/06 Porto
2006/07 Porto
2007/08 Porto
2008/09 Porto

2009/10 BENFICA
2010/11 Porto
2011/12 Porto
2012/13 Porto
2013/14 BENFICA
2014/15 BENFICA
2015/16 BENFICA
2016/17
2017/18
2018/19

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

A CLASSE FAZ A DIFERENÇA





A Família Benfiquista começa a época da melhor forma, com o Capitão Luisão a levantar mais uma Taça! 

E vão 17 troféus conquistados por este lendário jogador ao serviço do SLB. Não ficará por aqui.

O jogo foi espectacular, no mais puro sentido do termo. Muitos lances de perigo com ocasiões claras de golo para ambos os lados, muita intensidade, alguns erros e três belíssimos golos só ao alcance de executantes de classe diferenciada. 
De facto, foi essa classe na finalização que fez a grande diferença no resultado, já que no jogo jogado houve bastante equilíbrio com ambas as equipas a alternarem períodos de supremacia com períodos de algum descontrolo táctico.

O Benfica entrou fortíssimo. Na primeira vintena de minutos assistimos a uma sucessão de ataques avassaladores envolvendo muitos elementos e colocando enormes dificuldades aos bracarenses. Vários jogadores surgiram em situações de finalização; André Horta, Nelson Semedo, Cervi e Jonas. Nesta fase construímos belas jogadas, nomeadamente pelo corredor esquerdo, com excelentes combinações entre Grimaldo e Cervi. Foi numa destas que surge o golo.

É muito animador que o primeiro golo do jogo e da época tenha sido marcado por um dos reforços, precisamente aquele que tem a difícil tarefa de substituir o mágico Gaitán. Aliás, o slalom empreendido pelo "boneco diabólico" até faz lembrar o seu antecessor, não faz?

Cerca dos 30 minutos da primeira parte, Peseiro alterou a estratégia e a disposição táctica do Sporting de Braga, que passou então a pressionar mais alto, com Rafa no centro de ataque, próximo de StojiljkovicEsta alteração surtiu efeito, pois passámos a ter muitas dificuldades em sair a jogar de forma controlada, cometemos erros e concedemos oportunidades de golo ao adversário. 

Demasiadas oportunidades. Não fora Júlio César um imperador das balizas, juntamente com a falta de acerto dos avançados do Braga no momento de concluir as perigosas oportunidades que criaram, e mais depressa se teria chegado ao um-igual do que ao dois-zero. 
Mais do que por erros individuais dos nossos defesas, julgo que o perigo criado pelos minhotos se deveu à dificuldade de filtrar o jogo no nosso meio-campo, permitindo que os avançados contrários se apresentassem muitas vezes em situação vantajosa perante o nosso último reduto. Cometemos vários erros não-forçados, com perdas de bola em passes simples para trás e para o lado, não foi André Horta?

Alguns minutos após o falhanço clamoroso da mais clara oportunidade de golo do Braga, Jonas abre o livro: pica a bola sobre o seu marcador, entrega-a a Pizzi que numa bela assistência a devolve ao brasileiro. Na cara do golo, Jonas não facilitou. Classe pura!

O dois-zero quase mata o jogo. A entrada de Samaris ajudou-nos a controlar o meio-campo. Salvio ainda entrou a tempo de ser decisivo no terceiro, com Pizzi a fechar a contagem com um golo...olímpico!

Em resumo, pela positiva:
- Grande capacidade ofensiva, mormente na primeira parte, ataques variados com muita gente envolvida e várias ocasiões de golo.
- Classe superior de vários jogadores, bem patente nos três golos marcados.

E pela negativa:
- Dificuldades em sair sob pressão.
- Demasiadas oportunidades perigosas concedidas, essencialmente por falta de capacidade de conter o jogo adversário no meio-campo.


Esta já cá canta! Agora é carregar baterias para entrarmos bem na prova principal.
Tondela-Benfica. Sábado às 20h30.

Carrega BENFICA! Rumo ao 36!







sexta-feira, 5 de agosto de 2016

QUE COMECEM OS JOGOS!




"Que comecem os Jogos!" - A mítica frase que mais logo marcará o início oficial dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro serve-nos de mote para fazermos o lançamento da época desportiva do Sport Lisboa e Benfica 2016/2017.

Começamos frente a um adversário forte que tem conseguido criar-nos muitas dificuldades nos últimos anos, ainda que na época transacta tenhamos ganho os três jogos realizados com os guerreiros do Minho. E começamos logo com um troféu em disputa!

A Supertaça não será a competição mais importante do calendário nacional, mas isso não diminui a nossa vontade de vencer. Aceitemos um ligeiro favoritismo, sabendo que na fase inicial das épocas as equipas ainda estão longe do seu melhor e como tal há uma tendência para o equilíbrio.

A pré-época do Sporting de Braga não correu mal (5V, 2E, 1D), tem grandes jogadores e um novo treinador que nos conseguiu ganhar no último confronto, ao serviço do F.C.Porto.

A nossa pré-época foi das mais tranquilas dos últimos anos, de tal forma que ao dia de hoje as principais dúvidas são sobre quem irá sair para ficarmos com o plantel de 26, 27 elementos com que atacaremos a conquista do Tetra e restantes competições. 
Subsiste ainda uma outra dúvida (pelo menos para mim): Será que já temos o tal Super 8 que precisamos? Será Danilo, a par de André Horta, a garantia de que o nosso meio-campo ficará fortíssimo a defender e a atacar? Os primeiros três jogos oficiais terão de dar uma resposta cabal a esta questão. Benfica-Braga, dia 07/08. Tondela-Benfica, dia 13/08. Benfica-Vitória de Setúbal, dia 21/08.
De resto, estamos muito bem apetrechados. Mesmo que saia um jogador (apenas um) de cada sector, não precisaremos de contratar mais ninguém. 

Relativamente ao futebol apresentado nos jogos de preparação, apraz-me registar dois aspectos que considero fundamentais:

1) Organização Defensiva - verifica-se uma preocupação em formar um bloco compacto, com a defesa subida e as duas linhas (meio-campo e defesa) muito próximas. É verdade que ainda não o conseguimos fazer durante todo o tempo, como é natural, mas a ideia é essa e agrada-me.

2) Organização Ofensiva - aqui a nota dominante continua a ser a tentativa de variar o jogo o mais possível, criando diferentes problemas ao adversário. Ora saímos em transição rápida, ora saímos em futebol apoiado. Ora exploramos os corredores, ora procuramos o jogo interior. A superior qualidade técnica dos nossos jogadores permite-nos tirar partido de todas as formas de atacar. Será apenas uma questão de tempo para afinar os movimentos e entrosamento das novas contratações.

Para construirmos o nosso "onze" de Domingo, as maiores incógnitas decorrem da quantidade de jogadores lesionados ou condicionados ao longo desta semana. Felizmente temos um plantel vasto e jogadores polivalentes que nos permitem apresentar uma equipa muito forte.

Proponho então o seguinte "onze", assente em duas premissas: resguardar os jogadores em recuperação e os que têm menos tempo de trabalho; utilizar o maior número possível de jogadores do ano passado, para assegurar maior fluidez de jogo.












Mitroglou








Guedes
















Cervi


A.Horta


Pizzi

















Samaris

















Grimaldo

Lisandro

Luisão

N.Semedo

















J.César
















E no banco teríamos, entre outros, Jonas, Raul, Salvio e Carrillo que a qualquer momento podem entrar e trazer algo diferente ao jogo.

Vamos lá BENFICA! É pra ganhar!!