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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

AINDA NÃO CHEGA



O nosso futebol ainda não chega para o Bayern, mas terá forçosamente de chegar para o Ajax e para o AEK. 

Não é vergonha nenhuma reconhecermos que o Bayern de Munique, tal como outras cinco ou seis equipas europeias, está num patamar que nós, por enquanto, só podemos sonhar um dia alcançar. A diferença de orçamentos, com tudo o que isso implica, é esmagadora. Por exemplo, o Bayern pode dar-se ao luxo de gastar trinta e cinco milhões de euros numa jovem promessa e esperar dois ou três anos pela sua confirmação. Pode também recusar ofertas de largas dezenas de milhões pelos seus melhores jogadores. Nós não.

Outra diferença com muito impacto nestes confrontos é o ritmo e a intensidade com que se joga todas as semanas na Bundesliga, muito superiores ao que temos no nosso campeonato. Bom, na verdade, até na rica e poderosa Alemanha o Bayern está num patamar muito acima de todos os outros, como demonstra o seu hexacampeonato... a caminho do hepta.

Claro que num dia em que os nossos estejam particularmente inspirados e eles nem por isso, pode acontecer um resultado que contarie esta lógica. Não foi o caso ontem. O que mais me impressionou no futebol apresentado pelos bávaros na Luz foi a facilidade e precisão com que colocam os passes longos, especialmente nas mudanças de flanco. Na nossa equipa, apenas o Pizzi exibe regularmente este atributo. No Bayern, desde o guarda-redes aos extremos, todos o fazem amíude.

Apesar da manifesta superioridade do adversário, conseguimos em alguns períodos do jogo apresentar um futebol agradável, envolvente e com bastantes chegadas à área. No entanto, as condições para os nossos avançados finalizarem foram sempre muito dificultadas pelo último reduto alemão. Os centrais Boateng e Hummels - para mim, é há muitos anos o melhor central do mundo - apenas por duas vezes permitiram que o Neuer exibisse os seus pergaminhos, ao defender um remate do Salvio e uma cabeçada do Rúben.

Por outro lado, conseguimos condicionar bastante a construção ofensiva do Bayern, nomeadamente através da marcação apertada ao Javi Martínez. Admito que a vantagem alcançada logo aos dez minutos de jogo, e reforçada aos nove da segunda parte, tenha transmitido uma confortável sensação de segurança aos visitantes. Se fosse preciso mais, eles tinham mais para dar.

Em termos individuais, os meus destaques positivos vão para Jardel, Vlachodimos e Grimaldo. Abaixo das (minhas) expectativas ficaram o Gedson, o André Almeida e o Cervi.


                             Ficha do jogo (aqui)


VAI BULO!... mas é contra os outros
Eu também aplaudi o Renato antes do jogo e depois do jogo. Não aplaudi quando ele marcou o golo, mas entendo quem tenha aplaudido a sua reacção ao marcá-lo. Daí até que a maior ovação da noite seja para um golo marcado pelo adversário...

Enfim, temos de pontuar na Grécia e na Holanda, de preferência ganhando pelo menos ao AEK, e esperar que o Bayern faça o esperado nos restantes encontros.

Ainda que o meu lado racional reconheça esta diferença de realidades, o lado emocional não deixa de ficar abatido pela derrota. Que venha depressa o jogo com o Aves e que possamos recuperar a alegria das vitórias!

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