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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

VAI TER QUE DAR!






O resultado é escasso, mas permite tirar dividendos na segunda mão. Era preciso fazermos um jogo de paciência e um jogo de paciência fizemos. Numa eliminatória destas, ainda por cima com a primeira mão em casa, a prioridade é não sofrer golosJunte-se a isto o facto de ser a estreia oficial na época e percebe-se a preocupação da equipa em não falhar.

Para tal, é necessário controlar as operações, circular a bola em segurança e ir espreitando as oportunidades para chegar à baliza adversária. Foi isso que fizemos ao longo de todo o jogo, ainda que em défice de velocidade e de criatividade na primeira parte. Com o decorrer do jogo, os nossos jogadores foram-se soltando, subiram linhas e aumentaram a velocidade de circulação. Fomos empurrando o Fenerbahçe para trás, cujos jogadores quebraram fisicamente antes dos nossos.

A troca do Ferreyra pelo Castillo deu-nos mais acutilância no ataque. A deslocação do Pizzi, por diversas vezes, para a esquerda, deu-lhe mais tempo e espaço para organizar os nossos ataques. O trabalho incansável do Salvio, desgastando os adversários, forçando o um-contra-todos, acabou por dar frutos no golo, em que o deixaram sozinho porque já estavam fartos dele. 

Foi pena não termos feito o segundo, mas verdade seja dita, também não criámos um número significativo de oportunidades, apesar do grande volume de jogo ofensivo. Bom, muito bom mesmo, foi não termos sofrido golo nem concedido ocasiões!

NOTA PESSOAL
Os adeptos que assobiaram o passe do André Almeida para o guarda-redes, para permitir que a equipa se reorganizasse, e a substituição do Ferreyra pelo Castillo, espero que numa próxima encarnação nasçam lagartos. Assobios para a minha equipa espero ouvir dos adeptos dos outros.

                             Ficha do jogo (aqui)

APRECIAÇÕES INDIVIDUAIS
Vlachodimos - Passa-nos uma sensação de segurança que já tínhamos saudades de sentir em relação ao titular da nossa baliza. Mostrou-se à vontade a trocar a bola com os colegas da defesa, o que é muito importante para iniciarmos a construção com qualidade. Por uma ou outra vez, tentou colocar "demais" a bola a média/longa distância, mas é esse o caminho. Teve pouco trabalho defensivo (felizmente), pelo que ainda terá de ser mais testado para ficarmos definitivamente descansados.

André Almeida - Cometeu alguns erros não-forçados que não têm sido habituais nele. Melhorou ao longo do jogo.

Rúben Dias - Apresentou-se em muito melhor forma do que nos jogos de preparação. Fez dois belíssimos passes longos.

Jardel - Acho que não perdeu nenhum lance, pois não?

Grimaldo - Como sempre, muito bem a atacar. A defender, muito melhor do que tem sido habitual.

Fejsa - Roubou as bolas do costume, mas falhou algumas entregas que me pareciam simples. Descobriu o Salvio no golo.

Pizzi - Enorme volume de jogo, é óbvio que não pode acertar sempre. Imprescindível na construção e mais activo do que o habitual nas tarefas defensivas.

Gedson - Fez umas bem e outras mal, mas nunca se escondeu do jogo. Tem enorme potencial e um pulmão que parece inesgotável. Precisa de melhorar a percepção do espaço e do posicionamento dos colegas para tirar mais partido das suas qualidades.

Salvio - A nossa arma de destruição maciça voltou a fazer das suas! Mais uma assistência no bornal e um sem-número de incursões a esticar o jogo e a desestabilizar o bloco turco.

Cervi - Trabalhador como sempre, mas pouco inspirado sobretudo nos cruzamentos. Bem no golo a reagir ao passe atrasado do Salvio e a puxar a bola para o pé esquerdo.

Ferreyra - Percebe-se que tem qualidade, mas falta-lhe o entrosamento com a equipa. Sendo um jogador de apoios frontais, bola no pé, tabelinhas, etc, esse entrosamento torna-se ainda mais necessário. Virá com o tempo. Mas no entretanto tens de mostrar mais, Ferreyra!

Castillo - Muito mais combativo e de processos simples, conseguiu ter mais impacto em trinta minutos do que o seu "concorrente" em sessenta. Fortíssimo a segurar passes longos, rápido e objectivo a atacar a baliza.

Zivkovic - Entrou bem, numa altura em que já se pedia mais cérebro do que músculo.

Na Luz, os turcos quiseram ganhar a taluda sem comprar a cautela. Em Istambul, terão de arriscar muito mais se quiserem ser felizes. E é aí que poderá estar o nosso ganho!

4 comentários:

  1. Muito bom não termos sofrido golos. Nestas provas a eliminar em duas mãos, 1-0 em casa parece goleada. Aliás, até já acho que a UEFA deveria abolir essa coisa dos golos fora. No futebol moderno já não existe assim tanta vantagem de jogar em casa. Veja-se no ano passado. O Real Madrid foi a Itália dar 3-0 na casa da Juventus e todos pensaram que o assunto estava arrumado. Afinal, em Madrid, a Juventus fez 3-0 também e só no último minuto o Real Madrid conseguiu marcar um golinho naquele penalty que a meu ver aconteceu e safou-se. Mas um golo fora valer dois já acho meio desfasado da realidade.
    Bem, o Benfica agora tem de usar muita cabecinha para ganharmos a eliminatória na Turquia. Talvez lá fosse bom mesmo colocarmos o Alfa Semedo desde o início. Pena é que os nossos dois pontas-de-lança ainda não se adaptaram muito bem ao jogo da equipa. Falta poder de fogo na frente. Na Turquia teremos de atacar. Se não conseguirmos criar perigo na área deles vai ser complicado. Mas acho que temos tudo para passar. Essa do inferno do estádio deles não deveria meter medo porque temos jogadores já de muita experiência.
    Carrega Benfica!

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    1. Também já tenho pensado nessa questão dos golos fora, se ainda faz sentido. Acho que faz. Se fosse abolida, a tendência seria para a equipa visitante se fechar ainda mais e os jogos ficavam menos interessantes. Até acho que a maioria dos treinadores não explora a vantagem e a importância de fazer um golo fora. Eu já há muitos anos que penso: Jogo fora - a prioridade é marcar. Jogo em casa - a prioridade é não sofrer.

      Nós lá temos de jogar para marcar. Não é preciso atacarmos desesperadamente, mas temos que pensar que fazendo um golito temos 80 ou 90% da eliminatória resolvida.

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  2. Acho que o grande problema de se abolir a vantagem dos golos fora é que aumentaria o número de jogos decididos nos penalties e eu detesto ter de chegar a esse ponto, talvez porque o Benfica nunca tem sorte nos penalties.
    Mas voltando ao jogo com o Fenerbahçe, temos mesmo de marcar golos, dependendo da necessidade. Talvez seja jogo para o Rafa usar a sua velocidade. O Cervi realmente, eu também não ando lá muito entusiasmado com as suas exibições, mas para surpresa minha ele foi considerado o homem do jogo, acho que pela UEFA. Ele marcou o golo, mas não tem feito a diferença no 1x1, também não acerta nos cruzamentos... enfim, dá pena do Ferreyra que todos sabem ser bom de cabeça e nunca recebe um cruzamento em condições. Mas estou já a falar do jogo na Turquia e antes temos o Guimarães. Vamos com calma!

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    1. Quer se queira, quer não, a tendência da equipa que joga fora é privilegiar a parte defensiva. Por isso acho que este modelo do golo fora ainda não está esgotado e os treinadores deviam explorar mais esse aspecto. E o que dizes em relação aos penalties também é verdade, haveria mais desempates assim.

      Pois, vamos lá tratar do Guimarães e entrar bem no campeonato e depois logo se vê dos turcos. Mas também já tinha pensado que será jogo para o Rafa.

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