Páginas

Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

As aventuras de Cérvix, o irredutível Argentino!





Tal como o Astérix, um dos heróis da minha infância, o Cervi é pequeno, irrequieto, corajoso e cheio de recursos. Às excelentes exibições que vinha fazendo acrescentou no Algarve os golos - logo dois! - absolutamente decisivos na nossa vitória.


Os ingredientes da sua poção mágica são a confiança do mister, a ajuda dos colegas e o carinho da Família Benfiquista. Tudo o resto é dele. A velocidade, a técnica, a garra, a energia inesgotável e a entrega sem reservas. Agora até descobrimos que tem andado a treinar os livres directos e ganhámos mais esta solução. Reúne os predicados necessários para se tornar um dos heróis mais aclamados da Luz. O Cervi é um jogador à Benfica! 








O meu segundo destaque do jogo de Portimão vai para o companheiro do Cérvix nesta aventura algarvia, o Zivkovix. O seu talento é há muito reconhecido, mas a forma como se tem adaptado à nova missão supera as expectativas mais optimistas. A cada minuto que passa, mostra-se mais confortável e influente nas múltiplas funções a que esta posição obriga. Ele fecha linhas de passe e recupera bolas. Faz lançamentos longos ou tabelas curtas. Progride com a bola controlada ou passa de primeira. Quase sempre a propósito. Defende, organiza, dribla, assiste e marca! 

No golo que marcou em Portimão, o Zivko pega na bola ainda no nosso meio-campo. Tira um adversário da frente, descobre uma avenida no corredor central e avança por ali adentro, iludindo a oposição. Abre na direita, recebe em zona de finalização (bem, Diogo!) e finaliza à segunda, com muita calma e muita classe! É de craque!






No terceiro lugar do pódio dos destaques individuais coloco o Senhor Almeida. Exibição autoritária a defender e quase magnífica a atacar. Para além de ter metido o Nakajima no bolso, conforme se pedia, ainda teve tempo para aparecer na frente a criar perigo. Excelente iniciativa aos 25', a ultrapassar dois adversários e a cruzar para o Jonas, que falha a bola, e depois o Zivko quase marca. Apareceu duas vezes em excelente situação para finalizar. Na primeira, a passe do Rafa, escorregou. Na segunda, a passe do Cervi, chutou fraco e à figura. Mas estas jogadas têm valor pela sua movimentação, pela criação de superioridade numérica em zona de finalização, algo que não estávamos habituados a vê-lo fazer nas épocas anteriores.

Uma palavra ainda para o Rafa. A expectativa era grande, alimentada pelas suas últimas aparições na equipa. Fez algumas coisas bem feitas, nomeadamente: a quase-assistência no primeiro golo; o já referido passe para finalização do André Almeida; e uma iniciativa individual pelo corredor esquerdo, em que conduz a bola desde o nosso meio-campo até ser derrubado na grande-área portimonense. Mas teve pouco volume de jogo e muitas acções inconsequentes. Globalmente, ficou aquém do necessário para ganhar o lugar ao Salvio.























O JOGO
Vitória indiscutível da melhor equipa, mas tivemos de passar as passinhas do Algarve para trazermos os três pontos de Portimão. O golo do Cervi, após bela combinação Zivko-Jonas-Zivko-Rafa-(...)-Cervi, logo aos 6', não nos tirou vontade de atacar e podíamos ter feito mais até ao intervalo. Nos primeiros vinte minutos da segunda parte tivemos dificuldades. O Portimonense atacou em força e em quantidade, envolvendo muitos elementos na fase ofensiva. Aos 64' lesiona-se o Jonas e, como um azar nunca vem só, sofremos logo o golo do empate, de canto. Felizmente, o Raúl entrou bem e ajudou a equipa a ter mais bola, numa fase em que o jogo se tinha tornado muito físico. Depois tivemos aquele momento sublime do Cervi, no livre directo que repôs a nossa vantagem no marcador. Ainda houve tempo para o Varela nos pregar mais um susto, mas fechámos com chave de ouro com o golo do Zivko!

Fizemos a nossa parte! Nesta jornada, só ganhámos pontos no nosso campo. Temos de continuar a ganhá-los, que os outros hão-de perdê-los! Carrega BENFICAAAA!!!

                            Ficha do jogo (aqui)
                              

11 comentários:

  1. O teu Oscar de melhor argumento previsto fica prá próxima porque levei muitos sustos neste jogo. O pior de tudo é que estava tão fácil! A equipa realmente jogou bem. Dá gosto ver aquelas movimentações todas, mas deixar o Portimonense empatar foi muita maldade com os adeptos. Do Cervi, ou melhor, Cervix, realmente não há palavras, o Zivkovic jogou muito bem e pode melhorar ainda mais com a sequência de jogos. Mas também ele deu-me um susto daqueles precisamente no grande golo que marcou. Aquela fintinha curta no meio campo sem cobertura e nós a aguentar o 2-1 foi qualquer coisa. Se perde a bola aí! Mas felizmente que tudo acabou bem. O Rafa merece nova oportunidade no próximo jogo, mas o Diogo Gonçalves deve ter jogado menos de 5 minutos e fez logo uma assistência.
    Agora, Miguel, uma perguntinha. O Salvio foi operado hoje. Se o Rafa e o Diogo Gonçalves viverem apenas de fogachos e não mostrarem consistência para serem titulares, colocarias este Zivkovix como extremo de novo?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tirar o Zivko dali não. É mais importante garantir a estabilidade da dupla de cérebros, Zivko e Pizzi. Com uma construção bem feita, o extremo vai aparecer, seja o Rafa ou o Diogo. Eles têm qualidade suficiente, com continuidade de jogo vão ganhar consistência.

      Eliminar
  2. Cervix é só a pior escolha de alcunha, a menos que seja simbólico de ele gostar de sair de sítios apertados...

    https://en.wikipedia.org/wiki/Cervix

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Confesso que não me lembrei desse sinónimo, ainda que a grafia não seja exactamente igual. Pensei só na rima com Astérix e na semelhança das características entre o herói gaulês e o nosso herói argentino. Mas bem vistas as coisas, a analogia que fazes também não é... descabida.

      Eliminar
  3. Sim, realmente, pelo menos até ao fim da época acho que o Zivkovic já não sai mais daquela posição. Acho que ele a jogar com esta confiança poderá ser um caso sério neste Benfica penta-campeão (uhhuhuhu!). E na posição de extremo direito até temos várias soluções. Além de Rafa e Diogo, o Pizzi também poderá jogar aí. Sem falar na equipa B também.
    Vamos a isto! Carrega Benfica!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Nesta fase em que, aparentemente, conseguimos re-equilibrar a equipa pós-Krovi quanto menos alterações, melhor. Já bastam as que decorrem directamente das lesões. Pode ser que o Rafa, agora sem a pressão de ter de fazer tudo bem em poucos minutos, consiga aproveitar a oportunidade para demonstrar o seu imenso valor. A segunda opção será o Diogo, que também tem futebol para dar e vender. Quanto ao Pizzi, já não concordo, pois estaríamos a criar um problema na meia-direita para resolver o da extrema-direita. Entre Rafa e Diogo, a coisa vai-se compor!

      Eliminar
  4. Sim. E o Pizzi depois de estar já quase 2 anos a jogar como interior, deve ter perdido um pouco daquele feeling para o lugar. O Rafa, para já teve grande apoio dos adeptos na Luz contra o Rio Ave. Mesmo quando as coisas não saiam bem ele era aplaudido e isso é muito bom para um jogador. Ele tem de aproveitar isso! E olha esse tal Heriberto! O rapaz tem uma facilidade para chutar com os dois pés como há muito eu não via. Poderia estar também no banco para de vez em quando ser lançado como elemento surpresa. Mas também é verdade que fica difícil dar oportunidade a esses miúdos num momento decisivo da época em que só faltam 12 jogos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ao Heri já o vi fazer uma coisa que não me lembro de ter visto mais ninguém fazer. No mesmo jogo, marcou um livre com o pé direito e foi golo. A seguir marcou outro livre com o pé esquerdo e foi golo!
      Pode não ser ainda esta época, mas na próxima ele e o Willock vão fazer parte do quinteto de extremos da equipa principal.
      Agora é Rafa e Diogo. Sem medos!

      Eliminar
  5. Essa do Heri realmente deve ser único no mundo. Fazer isso no mesmo jogo? Dois golos de livre, cada um com um pé diferente? Acho que cheguei a ler uma entrevista dele em que dizia que hoje ele já nem sabe qual é o seu melhor pé.
    Mas eu vejo muitos miúdos da equipa B a pedir uma oportunidade já na próxima pré-época: Willock e Heriberto, Felix, Gedson e Florentino, sem falar no Keaton e Ferro e até o Chrien, sem falar no Yuri Ribeiro que deverá voltar. Enfim, uns 5 destes deverá iniciar a pré-época. O José Gomes é que esperava mais dele na equipa B. Mas a vida dos pontas-de-lança puros nos dias de hoje é muito difícil. Já ouvi especialistas a dizer que aquele 9 clássico vai desaparecer.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Também acredito que os que referes vão fazer a pré-época, excepto talvez o Zé Gomes. Depois, se ficam ou não, vai depender do que conseguirem mostrar e do espaço que se abra ou não na equipa.

      O Zé Gomes prometeu muito há dois anos, mas entretanto baixou o ritmo de golos na passagem para o futebol sénior. Terá de se reencontrar com os golos para confirmar as expectativas.

      O 9 clássico pode tornar-se mais raro, porque actualmente pedem-se coisas diferentes aos jogadores da frente. A mobilidade constante para arrastar marcações, a capacidade de jogar de costas para a baliza em apoio frontal aos médios, a pressão sobre os defesas, etc. Mas o avançado goleador terá sempre lugar. Aquele jogador com faro de golo, especialista na finalização será sempre uma jóia preciosa.

      Eliminar
  6. Pois é! Essa tal jóia preciosa com faro de golo seria o Zé Gomes. Mas também já reparei que até na equipa B o Hélder tem abdicado do ponta-de lança fixo para usar mais Heriberto, Félix e Willock lá na frente. Ultimamente não tenho visto os jogos da B mas parece que tem resultado.

    ResponderEliminar

Partilha aqui a tua opinião