São sete flechas apontadas à baliza contrária! São jogadas lindas de encantar! São múltiplas combinações de ataque a envolver muitos jogadores, sempre ao primeiro toque! São golos soberbos e oportunidades infindáveis! São fintas, tabelas e remates! São poemas, obras de arte!
Os centrais e o trinco protegem a rectaguarda. Os laterais, os interiores, os extremos e o sublime Jonas surgem a todo o momento na zona de finalização, vindos de todos os lados! Os laterais aparecem por dentro, os interiores abrem nas linhas, os extremos entram no espaço Nove. E na jogada seguinte, é tudo ao contrário! O Jonas, esse aparece onde é preciso a fazer o que é necessário! Isto é Futebol de autor. Tem a assinatura do mister Rui Vitória e a interpretação de magníficos artistas.
Somos, de muito longe, a equipa que melhor futebol pratica em Portugal. Seria uma tremenda injustiça não vencermos o campeonato. Se, nas nove finais que faltam, não formos escandalosamente roubados e o clube da máfia sistematicamente beneficiado, seremos nós os Campeões!
É um luxo! É um privilégio podermos assistir ao vivo às exibições e aos golos do Jonas.
O segundo que marcou ontem define a classe do extraordinário jogador. Não são só os golos - e já leva trinta em vinte e cinco jornadas! - que fazem dele o melhor jogador a actuar em Portugal. É a inteligência dos movimentos e a qualidade da execução. A humildade e o espírito de equipa. O talento e a atitude!
Decididamente, o Zivko encontrou nesta nova função a sua melhor posição. Jogar a
interior (esquerdo ou direito) permite-lhe utilizar todos os recursos que tem, e são muitos! A sua capacidade ofensiva era já uma certeza, mas agora tem-nos impressionado pelo compromisso defensivo e pela clarividência na organização. Belo golo com o pé direito!
Do Rafa, dizia-se que precisava de ir ao psicólogo, para aumentar a confiança e soltar
o enorme talento. Pois bem, a Doutora Continuidade tem feito maravilhas! Ao quarto jogo consecutivo ajudou-nos a alcançar a quinta vitória seguida. Tem contribuído de forma decisiva para que o triângulo da direita seja tão perigoso quanto o da esquerda. E ainda tem muito mais para dar! É só continuar.O Senhor Almeida soma e segue! Com as duas assistências de ontem são já oito esta
época. Aos 27 anos, após várias épocas de evolução contínua, encontra o seu auge num patamar muito elevado. Ao acerto defensivo juntou valências ofensivas nunca antes vistas. Se antes olhávamos para o André como um bom suplente, agora só precisamos de pensar num suplente para ele.
Estes são alguns destaques individuais, mas toda a equipa jogou muito bem, unida e alegre. A surpreendente pressão alta do Marítimo só surtiu efeito nos primeiros dez, doze minutos. Após o nosso primeiro golo, aos 16', a resistência madeirense caiu como um castelo de cartas perante o turbilhão ofensivo encarnado. A facilidade com que construímos ataques e chegamos a zonas de finalização, com tantos elementos em simultâneo, torna virtualmente impossível fechar todos os caminhos durante todo o tempo. Os nossos jogadores sentem-se confortáveis neste modelo de jogo e interpretam-no com alegria. O carrossel Benfiquista é um regalo para a vista!
Nunca como agora tivemos as características individuais de cada jogador tão bem aproveitadas nas manobras colectivas. E as possibilidades estão longe de estar esgotadas. Por exemplo, no jogo de ontem tivemos períodos em que o esquerdino Zivko trocou de posição com o destro Pizzi, o que permite multiplicar as combinações ofensivas em cada um dos triângulos. Veremos contra o Aves qual será a solução encontrada para fazer face à ausência do Pizzi, com a confiança de que quem entrar terá a tarefa facilitada pelo excelente momento que a equipa atravessa.
As contas do título.
São simples. Ganhar as nove finais e esperar que o primeiro classificado deixe mais dois pontos algures, para além da derrota na Luz. Eu acredito!
Pode ser que o escândalo de corrupção no Estoril-Porto leve os próximos adversários do clube da máfia a mostrarem mais brio nos jogos que faltam. Pode ser que os árbitros ganhem um bocadinho de coragem e vergonha na cara... Pode ser!
Ficha do jogo (aqui)
Oh Miguel! Eu já não sei mais o que dizer desta equipa! E depois da tua brilhante radiografia do jogo de ontem, eu só tenho de lamentar uma coisa: Que pena o campeonato não começar agora!
ResponderEliminarDava jeito, dava. Chegávamos a Janeiro já campeões. Mas pode ser que ainda vamos a tempo...
EliminarSim! É que a equipa está no ponto! Até já nem nos preocupamos muito com os guarda-redes. Essa é talvez a demonstração de que os treinadores precisam mesmo de algum tempo para ajustar as suas equipas. As saídas de Ederson, Nélson Semedo e Lindelof não eram fáceis de colmatar assim por mágica. Ainda por cima com tantas lesões naquele início de época, como Jardel, Júlio César, até o Fejsa e o Grimaldo... o Pizzi a vir da Copa das Confederções...
ResponderEliminarMas enfim, vamos a ver no que isso vai dar!
Sim, a questão do GR tem passado mais ou menos despercebida porque estamos a jogar muito bem e a conceder poucas oportunidades. Mas é a prioridade para a próxima época. Pode ser que o Vlachodimos seja o tal!
EliminarPois, parece que estão a preparar um revolução na baliza para a próxima época. Pelo que tenho lido, além do Vlachodimos, querem trazer o Hradécky, mantendo-se o Varela e emprestando-se o Svilar.
EliminarEu, sinceramente não sei se seria necessária uma tal revolução. O Vlachodimos é bom ou não? Trazer dois bons para sentar um... É que uma época atípica com tantas trocas não acontece tantas vezes. Assim que o titular agarrar o lugar já não haverá mais o que mudar. Foi assim com os grandes guarda-redes que passaram pelo Benfica. Agora se ainda têm dúvidas quanto ao valor do Vla...
Ainda não vi o suficiente do Vlachodimos para ter uma opinião formada. Tenho mais dificuldade em avaliar um GR do que um jogador de campo, em poucos jogos/minutos. E ser GR de uma equipa enorme como o Benfica exige requisitos especiais, que só poderão ser comprovados em ambiente de "fogo real".
EliminarMas se há lugar onde faz sentido investir forte é a baliza. Não se pode facilitar outra vez.