Páginas

Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

sexta-feira, 11 de maio de 2018

O CRIME COMPENSOU



Sinto a mesma frustração que senti quando, há cerca de vinte anos, um mânfio me encostou uma faca à garganta e me levou a carteira. Raiva, frustração e até ódio! São estes os sentimentos que me dominam quando penso na época futebolística que agora termina. "Futebolística" é força de expressão, o que tem acontecido ao longo do último ano é mais do domínio do crime organizado do que do Futebol.

O nojo que sinto pelo F.C.Porto vem dos anos 80. O desprezo pelo Sporting também já vem de longe, acentuado nos últimos anos pelas tristes figuras do grunho que preside a tão mesquinha colectividade. Nada do que estes dois cancros do futebol português façam para prejudicar o Maior de Portugal me surpreende. O que eu não esperava era que a estas duas nojentas entidades se aliassem de forma tão explícita aqueles que deviam zelar pela integridade da competição. Casos como o Estoril-Porto ou o Tondela-Sporting, para citar apenas um exemplo de cada clube, não deixam margem para dúvidas relativamente à cabala que foi montada para interromper a senda vitoriosa do Sport Lisboa e Benfica.

Árbitros, Conselho de Disciplina, Conselho de Justiça, Liga, F.P.F., descomunicação social, banca, procuradores do Ministério Público - Com aliados destes no bolso, não há fair play financeiro da UEFA nem VMOCs que os atrapalhem. É roubar até fartar!

Se houvesse justiça, este campeonato seria impugnado. Infelizmente, não temos razões para acreditar que a justiça seja feita.

Invasão de campo na Amoreira. Valeu 3 pontos para o clube da máfia.

Agora temos de pensar é no que é que nós podemos fazer para inverter esta situação e impedir que se repita o mesmo filme na próxima época. Se há um ano atrás a Direcção do Benfica não estava preparada para um ataque desta dimensão, agora já sabe com o que conta. Cabe à Direcção do Benfica fazer o que for necessário para defender o Clube. Essa defesa passa por identificar os factores críticos no sucesso desta campanha anti-Benfica e desenvolver as estratégias adequadas para eliminá-los. Deixo aqui algumas sugestões e várias dúvidas.

Esta é uma batalha que se trava, essencialmente, em quatro campos:

- Justiça desportiva
- Justiça civil
- Comunicação 
- E, por incrível que pareça, também nas quatro linhas.

Justiça desportiva
Não acredito minimamente na isenção das instâncias nacionais nos dias que correm. A única esperança para que haja justiça desportiva em Portugal passa pela intervenção da UEFA. Não sei quais são os requisitos para que tal aconteça, mas é necessário demonstrarmos que o futebol português está entregue à máfia e carece de uma purga que só poderá ser accionada por instâncias superiores.

Justiça civil
São muitos os casos que nos levam a acreditar que uma parte do Ministério Público age em conluio com a Nojenta Aliança. Ainda gostava de saber qual foi o mamífero lá no MP que achou por bem abrir uma investigação ao Ministro das Finanças por causa de dois convites para ir ver o Benfica, exemplo bem elucidativo da demência anti-benfiquista. Entretanto, foi criada uma equipa de três magistradas do DCIAP que coordenam as investigações em curso. Esperemos que o único ponto da sua agenda seja a busca da verdade. E que os casos sejam julgados por juízes que não constem do payroll do mafioso que fugiu para Vigo.

Comunicação
Dos representantes do Benfica, espero sempre que consigam manter o nível e não caiam no lamaçal em que chafurdam os porcos da Nojenta Aliança e os seus jagunços. Por outro lado, fomos completamente arrasados no espaço mediático e isso teve consequências muito negativas a vários níveis. Ignorar as calúnias e esperar que a Liga ou a Federação tomassem medidas para punir os infractores não resultou. Reagir com tweets ou comunicados, de forma dispersa e atabalhoada, também não. Quanto a mim, não é com Pedros Guerras e Josés Marinhos que lá vamos. Tenho-me fartado de pensar nisto e não encontro uma estratégia de comunicação que permita, neste contexto, conciliar dois princípios fundamentais: a defesa eficaz do Benfica e o respeito por um mínimo de urbanidade.

No campo
Com as coisas assim, a contratação do jogador A, B ou C, para a posição X, Y ou Z, torna-se uma questão, não digo irrelevante, mas secundária. Ainda assim, temos necessariamente de reforçar a baliza e a defesa para a próxima época. Quanto ao meio-campo e ataque, as decisões a tomar passam, num primeiro momento, por definir as eventuais saídas. E avaliar potenciais subidas da equipa B. Gostava de ver o Gedson, o Heriberto e o João Felix na pré-época. Em relação ao Rui Vitória, sou pela sua continuidade, sem dúvida.

Domingo lá estarei, como sempre. Para me despedir da Luz por uns meses e agradecer aos Tetracampeões!

2 comentários:

  1. Em Portugal confunde-se muito com entrar em lamaçal com uma resposta assertiva, no momento certo. E, pior, criou-se a ideia rola de que a atitude assertiva correcta seria apenas não responder ou ter uma atitude que no fundo é passiva.

    A comunicação do Benfica esta temporada esteve mal em certos momentos. Por exemplo, jamais deveriam ter aceitado a situação do jogo do Estoril-Porto. E tinham direito de contestar logo naquele momento.

    Da mesma forma que no momento em que sabem que é o Artur Soares Dias a arbitrar o jogo do Benfica-Porto, o Benfica deveria ter emitido um comunicado de que não iria entrar em campo, como forma de protesto por estar sempre a ser arbitrado por árbitros do Porto, nestes jogos grandes e que tanto já tinham lesado no passado o clube da Luz, para não falar nas coações de que esses árbitros tinham sido alvo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Entrar em lamaçal é lançar suspeitas sem apresentar provas, é insinuar sem chamar os bois pelos nomes, etc. Ficar calado é ficar calado. A comunicação do Benfica passou por estas duas fases ao longo da época.

      Faltou a atitude assertiva. Mas isso não é coisa para se ter uma vez ou outra. As atitudes assertivas que referes implicam assumir uma ruptura frontal e irreversível com o sistema. É precisamente isso que o Benfica tem que decidir se faz ou não. Eu acho que já se justifica.

      Eliminar

Partilha aqui a tua opinião