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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

domingo, 22 de julho de 2018

O TESTE DEU POSITIVO



O teste de Zurique, frente ao Sevilha, deu positivo para a exibição do Benfica. Pressão alta eficaz, rápida circulação da bola e boa reacção à perda. A linha defensiva mostrou-se bem coordenada na utilização do fora-de-jogo. 

Nos dois primeiros jogos, no Bonfim, interessava acima de tudo perceber o momento de forma dos jogadores, testar os jovens promovidos da equipa B e integrar os reforços. Eram essencialmente testes individuais. Agora, após três semanas de trabalho, e perante um adversário mais exigente, este era um teste em que já era importante percebermos a resposta colectiva da equipa. E a equipa respondeu muito bem. Para além dos pontos referidos acima, apreciei sobremaneira a quantidade e a duração das jogadas em que trocámos a bola a um, dois toques, envolvendo todos os jogadores e percorrendo todo o campo.

O 4-3-3 dá-nos realmente mais consistência e favorece muito a nossa circulação de bola. Torna-se mais fácil criarmos superioridade numérica nos corredores (lateral + interior + extremo), e nunca ficamos com o centro despovoado, como acontece tantas vezes em 4-4-2. Vejo cada vez mais este sistema como o principal, ficando o antigo 4-4-2 disponível para quando precisamos de "meter mais carne no assador", ou perante aquelas equipas que já sabemos à partida que vão abdicar da luta a meio campo, estacionando o autocarro lá atrás. Falta testar o Ferreyra sozinho na frente. O Castillo já percebemos que está como peixe na água.

Passando para algumas apreciações individuais, voltei a gostar muito do Conti. Muito atento ao posicionamento do Jardel na definição da linha, muita segurança no início de construção, concentrado na marcação e destemido no desarme. Acredito que começaremos a época com Jardel e Rúben, mas o Conti terá uma palavra a dizer na luta pela titularidade.

O Castillo voltou a marcar e já mostrou melhor entendimento com os colegas. Excelente apontamento naquele passe de peito para o Rafa, pena a recepção deste não ter sido boa.

O Vlachodimos voltou a ter pouco trabalho, pelo que ainda não foi desta que ficámos a saber se podemos ficar descansados em relação à baliza. Mas transmitiu segurança e reforçou a ideia que já tinha dado quanto à facilidade com que joga com os pés (pelo menos com o direito).

O Gedson, quanto a mim, já é uma certeza. A coragem com que assume o jogo, os argumentos físicos e técnicos, aquela característica tão distintiva do box-to-box que parece omnipresente, fazem dele forte candidato à titularidade na fase inicial da época (pré-Krovi).

Dos consagrados, volto a destacar o Pizzi (mais uma assistência) e o Jardel.

Gostava ainda de sublinhar estas palavras do André Almeida sobre o Ebuehi, o seu concorrente directo: "É um excelente jogador, muito rápido! Espero que faça muitos jogos pelo Benfica, será bom sinal." Que senhor!

Agora vamos para mais dois testes de nível Champions, junto da Família Benfiquista do outro lado do oceano.

Força BENFICA!!

2 comentários:

  1. Também achei muito positiva a exibição de ontem. Não foi nada de encher o olho, mas o Sevilha praticamente não teve uma única oportunidade de golo no jogo inteiro. Só estranhei ver algumas vezes os espanhóis chegarem à linha do fundo com alguma facilidade sempre no lado do André Almeida, com cruzamentos rasteiros já dentro da área. Logo o Almeida que defende sempre muito bem. Mas tirando isso fomos muito seguros na defesa, desde o meio-campo, e essa segurança defensiva será muito importante nos play-offs da Champions em que não poderemos cometer erros.
    O Castillo realmente ganhou pontos. Aquele passe com o peito para o Rafa merecia um remate de primeira, tipo bomba. Uma pena não ter sido golo! Achei também muito boa a entrada do Zivkovic como extremo direito. A sua facilidade para sair das alas e vir para dentro, descobrindo boas linhas de passe pode ser muito interessante. E é o que eu digo, ele já tem 22 anos, está mais maduro, participou numa Copa do Mundo, enfim, pode ser que este seja o ano da sua afirmação definitiva.
    O que me preocupa é a pouca capacidade dos nossos extremos em fazer golos. O Salvio não, mas Zivkovic, Cervi e Rafa estão longe de ser extremos goleadores. É que assim ficamos dependentes só dos pontas-de-lança.

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    1. Sim, convém que os extremos também façam golos. Ou então que compensem com muitas assistências. Os médios também vão aparecer em zonas de finalização, os centrais na bola parada. É preciso é criar muitas ocasiões. E para criar muitas ocasiões é preciso organizar bem o jogo. Gostei do que vi ontem na circulação de bola e preparação dos ataques. Falta afinar os timings do penúltimo passe, último passe, desmarcação, para criarmos mais perigo. Mas isto é um processo com várias fases. Mostrámos uma boa base, agora é desenvolver... e até os extremos marcam golos, vais ver!

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