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"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

segunda-feira, 16 de julho de 2018

SEGUNDO JOGO E SEGUNDO ESTÁGIO



O grande destaque do jogo com o Setúbal vai para o Gedson. Aliás, até estou em crer que o alinhamento escolhido pelo mister para este jogo teve como principal objectivo testar a capacidade do jovem médio num meio-campo a dois. Pois bem, se ele já tinha deixado boas indicações no primeiro jogo, num meio-campo a três, melhores indicações deixou neste segundo jogo. O Gedson encheu o campo a defender e a atacar e só não brilhou ainda mais porque levou muita pancada, que foi a única maneira de o pararem. Por falar nisso, este jogo do Bonfim relembrou-nos daquilo que nos espera nas competições nacionais: anti-benfiquismo primário dos adeptos adversários; violência sem limite dos jogadores adversários; e a permissividade criminosa dos bois do apito.

Para além do Gedson, destaco pela positiva o golo do Ferreyra e mais uma boa exibição do Pizzi, desta feita pela direita, a fazer-nos acreditar que o Platini de Bragança pode estar de volta. De um modo geral, fizemos uma boa primeira parte e uma segunda abaixo do exigível. Ou seja, fica demonstrado que podemos jogar bem em 4-3-3 (como na primeira parte do primeiro jogo) e podemos jogar bem em 4-4-2 (como na primeira parte do segundo jogo). As segundas partes foram fracas com ambos os sistemas. Temos duas boas bases para começar, agora é desenvolver! 

Voltando ao Gedson, veja-se que teve o enquadramento propício para mostrar o seu valor: Fejsa nas costas, Pizzi à direita, Cervi à esquerda e Jonas à sua frente. Faz lembrar alguém? Pois é, o Renato também jogou dentro duma bolha como esta, com o Gaitán na vez do Cervi. E faz sentido compararmos estes dois jovens da cantera encarnada - jogam ambos na mesma posição e desempenham as mesmas funções. São ambos médios todo-o-terreno, mas o Gedson parece-me mais evoluído tecnicamente e mais cerebral que o actual jogador do Bayern. Se a sua presença no plantel já estava assegurada, a candidatura à titularidade sai do Bonfim reforçada. Claro que, tal com o próprio diz, ainda tem muito para aprender. Eu sugeria-lhe melhorar o posicionamento quando a nossa equipa tem a bola, procurando dar sempre uma linha de passe simples ao colega portador.


Outro dos pontos de interesse neste segundo jogo-treino era começarmos a formar uma opinião sobre o Vlachodimos. Enquanto jogou não permitimos que o adversário criasse perigo, pelo que não deu para tirar grandes conclusões. Ainda assim, gostei de alguns pormenores: fez bons passes longos na marcação de pontapés de baliza; e mostrou-se confortável a jogar fora da grande área em apoio ao nosso início de construção.

Uma palavra ainda para o Conti. Voltou a mostrar qualidade técnica e pareceu-me concentrado e determinado na abordagem às divididas.



Entretanto, iniciámos o segundo estágio desta pré-época nas magníficas instalações do St. George´s Park. Foram feitos os primeiros cortes (André Ferreira, Alex Pinto, Heriberto, Willock e João Amaral) e juntaram-se ao grupo os mundialistas Salvio e Rúben Dias. Dos que ficaram em Lisboa, surpreende-me que o Heriberto não tenha merecido a continuidade e mais tempo de jogo nos próximos testes. Mais ainda me surpreende a presença do Lisandro e do Ola John no grupo principal!

Sem esquecer as diversas polivalências, e assumindo aqui um 4-3-3, podemos arrumar assim o grupo de 30 elementos ao dispor de Rui Vitória:


Que seja um excelente estágio!

6 comentários:

  1. A primeira parte desse jogo realmente foi muito boa. E do que vejo do Gedson, a mais valia que ele vai trazer à equipa é a sua capacidade para jogar nos dois sistemas, saindo do meio para as alas com alto rendimento e permitindo ao Pizzi vir para dentro quando estiver a jogar como extremo. Quer dizer, é um tipo de jogador que não tínhamos no plantel desde a saída do Renato Sanches. E como dizes que o Gedson, em certos aspectos, é até melhor que o Renato, então já viste que ele pode ser titular já nestes jogos da Champions. O que eu achava insuperável no Renato Sanches para a idade era a sua capacidade para usar físico. Era incrível!
    Mas vamos ver como serão os próximos 4 jogos. E que jogos! Aí sim, ficaremos com uma ideia melhor. Mas se eu pudesse escolher talvez continuasse a preferir o 4-3-3.

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    1. Acho que o Gedson é um jogador mais completo que o Renato, mas teremos de confirmar nos jogos a doer. Parece franzino, mas é rijo nos duelos e é muito ágil a ganhar a posição. Pode não ganhar no choque mas ganhar a falta.

      Também me parece que a equipa fica mais consistente em 4-3-3. Por outro lado, a dupla Jonas/Ferreyra dá mais soluções no ataque. Nos dois primeiros jogos jogou o Castillo sozinho no 4-3-3 e a dupla Jonas/Ferreyra no 4-4-2, mas não tem de ser sempre assim. Certamente o Castillo também pode fazer dupla, o Ferreyra também poderá jogar sozinho, e o Jonas, já sabemos, também pode jogar sozinho.

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  2. Pois é, com o Gedson parece-me que o 4-3-3 ganha uma dinâmica melhor ainda que a da época passada. Mas também, tendo Castillo e Ferreyra certamente um terá de jogar com o Jonas. Agora, pelo menos no primeiro jogo da Champions, é bem capaz de o Rui Vitória não inventar muito e manter a equipa da época passada mais o Gedson. Talvez assim:
    ??; Almeida, Rúben Dias, Jardel, Grimaldo; Gedson, Fejsa, Zivkovic; Pizzi, Jonas, Cervi.
    O guarda-redes é a grande incógnita. Quem será?
    Enfim, como é bom ser técnico de bancada! (Kkkkk)

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    1. Também acho que nos primeiros jogos a tendência será para não mudar muitos jogadores ao mesmo tempo em relação à época passada. O teu Onze, ou neste caso, o teu Dez, parece-me equilibrado. Mas temos várias soluções; o Salvio pela direita e o Pizzi no meio; o Rafa pela direita ou pela esquerda; e ainda o ponta-de-lança que se apresentar em melhor forma e mais confiante. O keeper é mesmo a grande dúvida por agora. Esperemos que nos 4 testes de elevado grau de dificuldade que temos pela frente um deles sobressaia e nos permita dormir descansados...

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  3. Sim, há soluções para tudo o que se possa imaginar. Imagina se o Rafa resolve explodir de vez e desata a marcar golos! O Salvio é sempre um potencial titular. O Zivkovic até pode voltar a extremo quando necessário e talvez com melhores resultados que antes, agora que ele está mais experiente. Isso para não falar no Krovinovic que está quase a voltar. E ainda acho que o Benfica vai comprar mais alguém para as alas porque não acredito que o Ola John fique.
    O importante é começarmos bem para dar confiança à equipa e aos adeptos. É para vencer o Sevilha, o Borussia, a Juventus...

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    1. Os dois primeiros jogos foram mais para testar algumas soluções e avaliar individualmente os novos jogadores. Os 4 jogos que faltam já vão ser verdadeiros testes à equipa, ao seu comportamento colectivo. Podemos até não ganhar, mas é importante que as exibições sejam convincentes. Soa um bocado estranho, mas esta é a única fase da época em que se pode dizer que o resultado não é o mais importante. Ainda assim, será sempre mais animador vencer, claro!

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