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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

domingo, 28 de outubro de 2018

QUEM ANDA À CHUVA MOLHA-SE



O mesmo é dizer: Quem falha tantas oportunidades, arrisca-se a perder. Foi o que nos aconteceu ontem no Jamor, frente ao Belenenses.

À meia-hora de jogo podíamos ter o assunto arrumado, tal foi a quantidade de oportunidades flagrantes falhadas na cara do guarda-redes Muriel. Rafa, Gedson, Seferovic e ainda o Salvio, no penálti, não conseguiram materializar em golo a excelente entrada em campo do Benfica. E depois verificou-se aquela máxima do futebol que nos diz que quem não marca sofre. Duas vezes. 

Voltámos a entrar bem na segunda parte e voltámos a ser traídos pela ineficácia, pela falta de calma e de classe na finalização. A frustração pela incapacidade de chegarmos ao golo e a ansiedade em marcar de qualquer forma abriram brechas na equipa, bem exploradas em ataques rápidos do Belenenses com lançamentos longos para as costas da nossa defesa que podiam ter causado ainda mais estragos.

São coisas que acontecem. É preciso é que não aconteçam muitas vezes!

                                Ficha do jogo (aqui)

5 comentários:

  1. Ora viva, Miguel! Ando um pouco sumido da blogosfera, mas é bom voltar a ler os teus escritos. Olha, não sei se acontece contigo, mas já cansa acumular tanta capacidade de sofrimento. Há jogos que devíamos estar proibidos de falhar. Este contra o Belenenses era um deles. Mas o Benfica consegue fazer-nos sofrer a esse ponto. Quando começa o desperdício já dá para adivinhar o que aí vem.
    E acho que o Rui Vitória está a demorar a fazer aquilo que prometeu no início da época - variar o 4-3-3 com o 4-4-2. Eu até ando a gostar do Seferovic, mas vê-se que podíamos jogar com ele e o Jonas ou o Félix na frente. Acho um pouco sem sentido contratar tantos pontas-de-lança e só utilizar um. Além disso, com a explosão do Gedson, ficou mais fácil usar o 4-4-2. Ele pode jogar em qualquer posição do meio campo, seja nas alas seja no meio. Aliás, com Fejsa, Samaris, Gabriel e Alfa Semedo, mais o Pizzi e até o Zivkovic, opções no meio não faltam. Enfim, acho que o Rui Vitória tem de começar a fazer o que muitos técnicos modernos fazem. O Alegri da Juventus não tem necessidade de repetir o mesmo onze a cada dois jogos, o mesmo em relação a Tuchel do PSG, Guardiola do City, Kovac do Bayern, o outro do Dortmund, etc. Claro que não temos tantos craques como eles, mas caramba, estamos a jogar contra Aves e Chaves!
    A reconquista vai chegar, mas haja capacidade de sofrimento! Eu queria tanto ganhar sem sofrer!

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    1. Viva, Monte! Bem reaparecido!
      Pois eu já nem peço para ganhar sem sofrer, peço só para ganhar. Se for preciso sofrer para ganhar, cá estou eu!

      Eu percebo e concordo que no início da época o mister tenha optado por utilizar sempre os mesmos, ou quase, para criar rotinas e ficarmos mais fortes nos jogos decisivos de acesso à Liga dos Campeões. Mas entretanto já devia ter começado a fazer alguma rotatividade para entrarmos sempre com uma equipa fresca, física e sobretudo mentalmente. Até porque, como dizes, temos muitas e boas opções no meio-campo e ataque. Quanto ao 4-4-2 vs 4-3-3 não sou fundamentalista de nenhum dos sistemas. Mas gostei muito, mesmo muito, do 4-3-3 com Jonas e Krovi no ano passado. Foi o melhor futebol que jogámos na era Rui Vitória, digo eu.

      Este ano temos avançados e médios suficientes para jogar ora num, ora noutro sistema. Acho que devíamos aproveitar essa mais-valia, até para criarmos mais dúvidas nos treinadores adversários.

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    2. Sim, eu também apreciei muito o 4-3-3 da época passada, primeiro com o Krovinovic e depois com o Zivkovic. E se o Jonas não se lesiona naquela fase decisiva do campeonato, quase de certeza que seriamos campeões.
      Mas acho que é imperioso o Rui Vitória fazer essa rotatividade. Usar só as Taças da Liga e de Portugal para dar uns minutos a Félix, Castillo e Ferreyra, ou a Alfa, Zivkovic Gabriel, etc, acho pouco. Este jogo do Belenenses era propício para algumas mudanças. Até porque já não há mais surpresa no nosso jogo. O Castillo lesionou-se na Turquia quando jogava muitíssimo bem; o Félix lesionou-se num jogo em que marcou um belo golo e foi talvez o melhor em campo; o Seferovic merece a titularidade pela capacidade mental de nunca desistir; o Alfa joga sempre bem quando entra; o Gabriel, vê-se que tem muito para dar; o Zivkovic, pelo que mostrou na época passada, merece jogar mais vezes e não só nas alas como também no meio; o Ferreyra vai aparecer de certeza; o Jonas é o Pistoleiro, enfim, são muitas ... muitas opções!
      Agora, que olhão do nosso scouting, que contratação foi essa do Vlachodimos! Depois das descobertas de dois guarda-redes de craveira mundial como Oblak e Ederson, agora Odysseas. Que achado!

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    3. Pois é, a verdade é que jogue quem jogar ficarão sempre de fora grandes jogadores. Acredito que 6ª feira com o Moreirense vamos ver algumas alterações. Parece-me que o critério do Rui Vitória passa muito por "em equipa que ganha não se mexe" e até estes dois últimos jogos estávamos a ganhar quase sempre. Agora impõe-se mexer.

      Também tenho gostado muito do Vlachodimos, mas ainda não o meto ao nível do Oblak ou do Ederson. Para ficar mesmo, mesmo descansado com o nosso keeper ainda preciso de perceber bem como é que é a resposta dele nos cruzamentos. Ainda não cometeu nenhum erro terrível nesse aspecto, mas já houve um ou outro lance em que me pareceu que ele devia ter saído e ficou à espera que os defesas resolvessem. De qualquer forma, a diferença para o ano passado é brutal!

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  2. Sim, essa da "equipa que ganha não se mexe" é óptima para qualquer pessoa ter presente na sua vida e nas grandes decisões que tem de tomar. Quando as coisas estão a funcionar bem nas nossas vidas, para quê mudar? Claro que há casos e casos. No Benfica, com um plantel tão numeroso e de tanta qualidade, era bom rodar mais os jogadores. Eu vejo, por exemplo, que na cabeça do Rui Vitória, não temos um substituto para o Pizzi. É o único que ele nunca tira da equipa nem para descansar. E acho que o excesso de jogos afecta um pouco o seu rendimento. Às vezes vejo-o tão passivo em termos defensivos que só pode ser devido ao desgaste de jogos acumulados. Aí é que, não tendo Pizzi, ele podia colocar os dois avançados na frente, sendo um deles o Jonas ou o Félix, que rapidamente podem virar médios de ataque. Enfim, esta é a minha visão confortável de técnico de bancada. Não sei se partilhas da mesma opinião.
    Já o Odysseas, tens razão em pedir calma. Mas os reflexos que ele mostra são incríveis. Ele parece um polvo quando sai para tapar todos os buracos da baliza. Mas é melhor não falar de polvos porque o crime organizado já vai querer inventar alguma história. Kkkkkk

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