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"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

ESPERANÇA RENOVADA



A continuidade do Bruno Lage até ao final da época parece-me a decisão mais acertada nesta altura. Claro que dois jogos apenas não são suficientes para termos a certeza que ele tem o necessário para treinar o Benfica, mas no contexto actual é a opção que comporta menos riscos e que nos confere maior probabilidade de sucesso.

O FIM DE UM CICLO
Quanto a mim, a saída do Rui Vitória tornara-se inevitável após o jogo de Munique. Muitos dirão que nem devia ter começado esta época. Mas eu mantenho a opinião de que ele merecia a oportunidade de reconfirmar o seu valor, após duas épocas muito boas e uma muito má, mas com fortes atenuantes. A verdade é que, por várias razões, talvez nem todas imputáveis ao próprio, não o conseguiu.

O voto de (pouca) confiança dado pelo Presidente - não obstante as seis vitórias que lhe sucederam - foi apenas o arrastar de algo que já não fazia sentido. Era notório que a sua mensagem já não passava para os jogadores e quando assim é nada há a fazer senão mudar de orador. Já agora, era engraçado que o seu Al-Nassr vencesse o campeonato da Arábia e assim ajudasse a enterrar de vez o fantasma Jorge Jesus...

RENOVAR A ESPERANÇA
Quanto ao novel mister, Bruno Lage, a quem obviamente desejamos os maiores sucessos à frente do Glorioso, parece-me que foi muito inteligente ao ter marcado a sua entrada em funções com a alteração de sistema e, sobretudo, com a passagem do João Félix para o centro do terreno.

Não sou um fundamentalista do 4-4-2 nem do 4-3-3. Sei que podemos jogar igualmente bem, ou mal, em ambos os sistemas. O que conta mesmo é o comportamento dos jogadores, as escolhas para o Onze e as dinâmicas apresentadas em campo. Mas o facto do Bruno Lage ter mudado e ter dado certo nestes dois primeiros jogos dá-lhe, no imediato, uma injecção de crédito junto dos jogadores e dos adeptos, algo indispensável nesta fase inicial.



Já em relação à utilização do João Félix na sua posição natural - o centro do ataque, sou um defensor desta opção desde o primeiro jogo-treino. Podem recordar aqui

"João Félix - Em cada recepção orientada, em cada passe surpreendente, comprova a sua classe! Trata-se de um predestinado, de um daqueles jogadores que justificam por si só o preço do bilhete. Pela sua visão de jogo e faro de golo, pede-se uma posição mais central no terreno. Vejo-o como uma excelente alternativa ao Jonas na posição de segundo-avançado, quando jogarmos em 4-4-2." 

PRIMEIRAS IMPRESSÕES
Duas vitórias nos dois primeiros jogos, algumas boas indicações e também a confirmação de que muito há a melhorar. Parece notar-se mais fluidez no início de construção, mais disponibilidade para pressionar alto e melhor reacção à perda. Fica também a ideia que se pretende explorar mais o jogo interior, nomeadamente tirando partido do jogo entre-linhas do João Félix. Mas ainda temos de melhorar substancialmente nos momentos defensivos (organização e transição) e podemos fazer muito melhor no controlo do jogo, através duma posse e circulação mais seguras.

Entretanto, jogamos amanhã a nossa continuidade na Taça de Portugal e decide-se na próxima semana o vencedor da Taça da Liga. O Bruno Lage terá de encontrar um compromisso inteligente entre as suas ideias para o modelo de jogo e a urgência dos resultados. Até ver, leva bons princípios.

Quanto ao campeonato, recuperar os cinco pontos de atraso para o clube da máfia, não sendo uma missão impossível, é uma tarefa hercúlea. Aliás, a manter-se a roubalheira nojenta a que temos assistido ao longo da época é mesmo uma missão impossível.

Precisamos de um Super Benfica nesta segunda volta e de um mínimo de decência dos apitadores para acalentarmos alguma esperança. Temos que garantir que pelo menos a primeira parte desta equação seja uma realidade!

Carrega BENFICA! Carrega BENFICA!!

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