Primeira ronda de quatro jogos, dois grupos apresentados. Destaca-se a alta intensidade, o equilíbrio e as boas ideias de todas as equipas. Destaque também para o artista Payet e os cânticos dos adeptos galeses.
A inclusão de vinte e quatro equipas na fase final do Euro foi, como é da praxe, muito criticada. O receio legítimo é que a qualidade futebolística baixe para níveis desinteressantes, por causa das equipas mais fracas.
Não me desagrada este alargamento. Creio que o Futebol Europeu suporta bem vinte e quatro Selecções na sua prova final. É uma oportunidade para as equipas mais fracas se aproximarem das melhores e, se calhar, vamos constatar que afinal não são assim tão fracas. Economicamente também é bom, pois geram-se mais receitas para todos: Federações, UEFA, países organizadores, patrocinadores, etc.
Não gosto de um aspecto decorrente deste número de concorrentes: a possibilidade do terceiro lugar garantir o apuramento (em quatro dos seis grupos). Percebe-se a aritmética da coisa, mas torna o "pontinho" demasiado valioso e aumenta a probabilidade de vermos equipas apenas preocupadas em não perder. Mas isto desaparece nas fases a eliminar.
No futebol que será jogado, atrevo uma previsão: vamos ver várias equipas a jogar em sistemas "híbridos". Ou seja, nem em 4-4-2 puro, nem em 4-3-3 puro, mas sim variando entre estes dois sistemas durante o jogo, com os mesmos jogadores em campo! Voltaremos a abordar este tema.
Bons jogos!
Gostei muito do teu artigo Miguel!
ResponderEliminarConcordo com o alargamento, embora a questão do terceiro lugar e da forma de apuramento para a fase a eliminar pode ser um tanto ou quanto injusta, pois depende muito do grupo em que se fica inserido.
Sobre as questões técnico/tácticas, é pela hibridez dos sistemas que será feita a evolução. Aliás, essa é uma consequência natural de quando se passa de um modelo baseado em sistemas tácticos para um modelo de jogo baseado em princípios.
De qualquer modo, fico a aguardar por mais artigos sobre esse tema.
;)
Caro PP
ResponderEliminarAgradeço o comentário! Proponho o exercício de irmos verificando em que equipas é mais notória esta questão da flexibilidade táctica. Por enquanto, avanço com a Alemanha...