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Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Que a pausa nos faça bom proveito!

























Desperdiçámos uma excelente oportunidade para reduzir a distância para os dois primeiros, amenizando em grande medida o mau início de época que estamos a viver. Seria completamente diferente retomarmos o campeonato após a paragem a três pontos do primeiro e a um do segundo. Seria quase como começar de novo, praticamente empatados.

Não podíamos ter começado melhor no batatal dos Barreiros, com aquele golão do Jonas logo aos 2'. Ou então... foi o pior que nos podia ter acontecido. Pelos vistos, marcar um golo cedo leva a equipa a encolher-se e a procurar gerir a vantagem até ao fim! Não posso acreditar que isto seja uma opção estratégica definida pelo treinador. Será um reflexo da falta de confiança? Ou pior ainda, será excesso de confiança?

                               Ficha do jogo (aqui)

Faz-me imensa confusão não conseguir perceber o que se está a passar para apresentarmos desempenhos tão pobres como temos visto. Ontem na Madeira, verdade seja dita, notei a equipa mais empenhada e mais combativa do que acontecera na Suíça. Mas a falta de qualidade no nosso jogo é confrangedora. A falta de confiança que os jogadores demonstram, a falta de criatividade e a falta de segurança mesmo em acções simples, são deveras preocupantes.

Se se tratasse de jogadores desconhecidos ou sem provas dadas, diríamos simplesmente que não tinham qualidade. Mas não é o caso! Sabemos bem o valor que têm, quer individual quer colectivamente, pelo que não se percebe o que está a acontecer.

É obrigatório que o Rui Vitória tenha a lucidez para identificar as causas de tantos apagões e que tenha a coragem para efectuar as mudanças necessárias.

Percebo, mesmo não concordando, que tenha mantido a mesma equipa que foi goleada pelo Basileia (apenas trocou o Zivko pelo Salvio), no sentido de mostrar que confia nos jogadores e que sabe que eles são capazes de fazer muito melhor. Tirar três ou quatro desses jogadores do Onze no jogo com o Marítimo seria como que acusá-los pela derrota, e o problema é muito mais colectivo do que individual. 

Não obstante, há jogadores que estão claramente muitos furos abaixo do seu real valor e/ou do mínimo exigível para o Benfica. Nomeadamente o Pizzi, está uma sombra do que vale e nem os passes curtos lhe saem bem. Tem de ser encostado, ou à direita ou ao banco. O Jardel está muito longe da forma necessária. Por que não manter a aposta no Rúben Dias? O André Almeida manifestamente não consegue cumprir metade da função que se exige a um lateral do Benfica, a componente ofensiva. Para quando a estreia do Douglas, para se ver o que vale? Mesmo o Jonas, apesar dos golos, não está a conseguir ter a influência habitual nas combinações de ataque. Não será altura de experimentar outra dupla atacante de início, entrando o Pistolas na segunda parte, fresco e com mais espaço entre linhas? Ou então adoptar outro sistema, com três médios e apenas um ponta-de-lança?

Levar longe de mais a insistência no mesmo modelo e nos mesmos jogadores poderá ter um efeito arrasador, quer nas nossas aspirações na época, quer no capital de afecto que estes elementos ainda têm junto dos adeptos. 

Por norma, não gostamos nada destas pausas no campeonato, mas pode ser que esta nos seja benéfica. Que sirva para recuperar física e emocionalmente alguns jogadores, para ensaiar modelos alternativos ou testar novas soluções individuais. Que nos faça bom proveito!





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