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"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

TRÊS PONTOS E PRONTO



Vitória justa e indiscutível do Benfica sobre o Estoril num jogo bastante entretido, com várias ocasiões de golo de parte a parte. Pessoalmente, gosto mais daqueles jogos aborrecidos em que ganhamos 2-0 e não damos oportunidades ao adversário. Mas pronto, o principal foi conseguido. 

Gostei de vários momentos do nosso jogo ofensivo. Bons contra-ataques que resultaram em golos (os dois primeiros) e boas combinações ofensivas protagonizadas pelo triângulo Grimaldo-Krovi-Cervi. Gostei também das exibições do Luisão e do André Almeida. Destaque ainda para as defesas do Varela a tirar golos ao Estoril. Entre os postes é tão bom quanto os melhores.

Não gostei da passividade defensiva de quase toda a equipa. Sem desprimor para o Estoril, que apesar do último lugar na tabela mostrou alguma qualidade, não podemos deixar que os adversários cheguem tantas vezes e com tanta facilidade à nossa área! No sistema actual, só o Jonas pode (e deve) ficar dispensado de pressionar e defender. Todos os outros têm de ser muito mais participativos no processo defensivo. Certamente há ajustes a fazer no comportamento colectivo em organização defensiva. É preciso não esquecer que este Benfica é um work in progress, com a inclusão de novos jogadores e a introdução do novo sistema táctico. Mas para além dos aspectos colectivos, o comportamento individual dos jogadores em acção defensiva também tem de melhorar. Temos de ganhar mais duelos e temos de ganhar mais sprints! Só é permitido descansar em cima de uma vantagem de três golos, dois não dá direito a descanso. Ganhámos e ganhámos bem, mas sofremos mais do que devíamos.

Segue-se agora uma prova difícil perante uma das equipas que melhor futebol pratica em Portugal. Quarta-feira em Vila do Conde teremos de nos apresentar uns furos acima do que fizemos no Sábado. É obrigatório ganhar, não só porque é um jogo a eliminar, mas também porque temos de encarrilar uma série de vitórias consecutivas. Vamos a isso!


                            Ficha do jogo (aqui)



6 comentários:

  1. Até cansa estarmos todos os jogos a enaltecer a exibição do Krovinovic, mas realmente dá gosto ver esse miúdo jogar. E novamente o Fejsa não terminou um jogo. Por outro lado, a boa notícia é que o Jardel fez mais 90 minutos. Vamos a ver agora contra o Rio Ave. Acho que precisamos urgentemente recuperar os dois pontas-de-lança: Raul e Seferovic. Não podemos depender só dos golos do Jonas. Mas com a equipa mais confiante todos os outros também ganham moral.

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    1. A saída do Fejsa deve ter sido por gestão de esforço, para estar apto para o Rio Ave. O Jardel vai-se aproximando do seu melhor. O Krovi está como peixe na água e cada vez mais influente. Gostava de o ver em 4-4-2 só com o Fejsa no meio, a ver se dá. Mas por agora a ideia deve ser cimentar o 4-3-3.

      Se conseguirmos umas vitórias consecutivas, baixam os níveis de ansiedade, aumenta confiança e todos começam a jogar melhor.

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  2. Olha Miguel, tu que, já vi, entendes bastante destas coisas de tácticas, não achas que o Zivkovic também poderia jogar no meio-campo como médio interior juntamente com Fejsa e Krovinovic ou Pizzi? Vejo-o com um talento muito além de simples extremo. E pela sua versatilidade, poderia até facilitar a mudança do sistema de 4-3-3 para 4-2-2 no mesmo jogo. É que, a meu ver, precisamos de mais jogadores para cimentar este 4-3-3. Parece que se não tivermos Krovinovic a coisa já não anda.

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    1. Agradeço a deferência, amigo Monte, mas não acho que perceba assim tanto.) Procuro estar atento e aprender com quem sabe. E a paixão pelo jogo e pelo Benfica leva-me a pensar nisto constantemente.

      Quanto ao Zivko, acho que sim, pode ser uma hipótese para o trio do centro. Até já se tinha falado nele para 2º avançado no sistema anterior, como alternativa ao Jonas. Aliás, nos sub-21 da Sérvia jogava pelo centro a 10/2º avançado.

      Comparativamente ao Cervi, que referiste outro dia, o Zivko tem mais visão de jogo, mais imprevisibilidade, é mais "playmaker". Claro que para ser uma mais-valia no trio do centro também teria de participar activamente no processo defensivo. Que isto de jogar com bola é muito bonito, mas sem ela é preciso trabalhar muito e bem. Não sei se ele tem essa disciplina táctica, é um trabalho defensivo mais complexo do que simplesmente acompanhar o lateral contrário quando joga a extremo.

      Acredito que essa possibilidade já terá passado pela cabeça do mister e talvez até já tenha sido testada em treino. Mas por agora, dá ideia que as alternativas mais imediatas a Fejsa-Pizzi-Krovi são Samaris, F.Augusto, Keaton e João Carvalho. Eu gostava muito de ver o Chrien neste lote (fiquei deliciado com alguns pormenores na pré-época) mas por alguma razão não tem sido chamado.

      Bom, agora é ganhar ao Rio Ave e mais nada! Carrega BENFICA!!

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    2. E eu a ler a tua resposta já com a cabeça inchada pela derrota de ontem. Mas é o que dizes. A paixão pelo Benfica agora leva-me a já pensar no próximo jogo.
      E parece que a chave do futebol moderno está mesmo no jogo sem bola. Há dias li que o Pogba reclamou de um tipo de treino do Mourinho que ele realmente não gosta muito que é a parte táctica, quando tem de jogar sem bola, logo ele que cresceu no futebol de rua.
      Mas sabes que eu também muitas vezes dou comigo a pensar o que falta ao Chrien para ele jogar mais vezes, já que na pré-época agradou muito. Só espero que tenham paciência com ele porque parece ter muito potencial. Só de lembrar no Cristante que eu até não achava nada de especial, por ser muito pouco agressivo, e afinal parece que se tornou um grande jogador, logo num momento em que precisamos de bons médios.
      Ok, agora que ficamos fora da taça, que apostemos tudo no campeonato e pronto. Os jogadores terão mais tempo para treinar, então eles que treinem bastante!
      Saudações benfiquistas!

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    3. Pois, nem sempre os jovens com talento conseguem vingar logo nas primeiras épocas. Alguns nunca chegam a atingir o potencial que demonstram por volta dos 19,20 anos. Depende de uma série de factores, a começar pela cabecinha dos próprios.

      A estratégia do Benfica passa por apostar em vários jovens promissores em simultâneo, na esperança de que, vá lá, metade confirme as expectativas. Trata-se de não apostar as fichas todas só num "número", diluir o risco. Se comprarmos, por ex., 5 jogadores por 3M€ cada e houver 3 que se tornam craques com retorno desportivo e financeiro, então já estamos a lucrar.

      Quanto à Taça, foi pena. A ver se ainda consigo escrever alguma coisa hoje para encerrar esse capítulo...

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