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"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

A LEBRE E A TARTARUGA


O Porto já terá atingido o seu auge futebolístico esta época e o Benfica ainda está em crescendo. Esta é a ideia principal com que fico do Clássico da passada sexta-feira. E é uma ideia bastante animadora, tendo em conta que acabámos de entrar no segundo terço do campeonato e estamos apenas a três pontos do topo, já cumprida a deslocação mais difícil da prova. 

O empate não foi bom para nós, mas foi pior para eles. Não foi bom para nós porque continuamos atrás. Mas foi pior para eles, pois não conseguiram tirar partido do factor casa e alargar a distância. Além disso, deviam estar mesmo convencidos que iam ganhar e a frustração foi enorme - "tenho o balneário destroçado", admitiu o Sérgio "birras" Conceição, no final do jogo. O característico carrossel emocional do treinador do Porto será um factor a nosso favor na luta pelo Penta.

Quando "a melhor equipa do campeonato", segundo alguns, faz o melhor arranque das últimas décadas e não alcança mais do que três pontos de vantagem, mesmo depois de já ter recebido o rival e ter contado com a ajuda do árbitro, então ficamos com a noção de que o melhor está mesmo por vir. E o melhor, claro está, é este Benfica em evolução e em processo de consolidação de um novo sistema táctico. A lebre azul vive de correrias, muita força e muita pancada. A tartaruga encarnada procura o seu passo humilde e tenazmente. Esperemos que, tal como na fábula, a tartaruga celebre no fim!



O jogo
Entrámos bem e nos primeiros vinte a vinte e cinco minutos fomos claramente superiores. Ainda que sem criar grandes ocasiões, tivemos muitas chegadas à área portista e não os deixámos sair com perigo. A pouco e pouco, através de passes longos para o Marega, o Porto foi-se soltando da nossa pressão e conseguiu equilibrar a contenda até ao intervalo.
A segunda parte foi deles. Valeram-nos a enorme entrega dos nossos jogadores, a concentração defensiva (atenção, Grimaldo!), as defesas do Varela e a inaptidão técnica do Marega. O maliano tem muita força mas pouco engenho. Esse é um problema deles. O nosso é arranjarmos forma de tirar proveito do Jonas neste tipo de jogos. Ou então, optar por outra solução.

Tal como eu previra na antevisão do Clássico, passámos muito tempo longe da baliza adversária e sem conseguir ligar o jogo com o nosso ponta-de-lança. Neste contexto, não só não tiramos partido da qualidade diferenciada do Pistolas, como também não temos possibilidade de esticar o jogo na frente explorando as costas da defesa contrária. A segunda parte foi um sacrifício tremendo para o Jonas, isolado e entregue às brutalidades do Filipe vale-tudo, que continua a gozar de imunidade arbitral. Quem podia ter virado as coisas a nosso favor foi o Zivkovic, que voltou a entrar muito bem, mas infelizmente não beneficiou da mesma condescendência com que o Jorge Sousa tratou os jogadores do Porto e foi expulso após seis minutos em campo. Ainda tivemos uma excelente ocasião pelo Krovi, mas o José Sá saiu muito bem. 

Pronto, este já está na pasta dos arquivados. Estamos vivos e com razões para encararmos com optimismo o muito que falta para jogar até Maio!


Benfica - Basileia
Jogamos amanhã a última jornada da Liga dos Campeões que não nos deixará saudades. Se há ocasiões em que faz sentido preparar um jogo a pensar no seguinte, esta é uma delas. Se fosse eu, entrava para o jogo com os suíços com os jogadores que não farão parte do Onze de Sábado, com o Estoril.

                                     Ficha do jogo (aqui)



4 comentários:

  1. Eu só gostaria de ter um pouco da sorte que o Porto tem quando vai à Luz. Como há dois anos quando foram simplesmente massacrados e de forma incrível saíram de lá com uma vitória. No domingo, sofremos um pouco na segunda parte, mas com uma pontinha de sorte até poderíamos ter vencido, sempre com lances do Krovinovic e também do Zivkovic.
    Mas realmente é espantoso como o futebol fenomenal do Porto só lhes deu até agora 3 pontos de vantagem sobre o Benfica em crise.
    No jogo de hoje estou curioso para ver o João Carvalho no lugar do Krovinovic. Se ele jogar bem teremos mais uma opção válida para aquele meio-campo. Com a intermitência do Pizzi, não sei não se o João Carvalho ainda lhe rouba o lugar.

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  2. Esse jogo com o Porto há dois anos foi incrível! Massacrámos e perdemos. Deve ter sido a melhor exibição do Casillas em Portugal. Mas a sorte não dura sempre. Não pode!
    Também tenho curiosidade em ver o João Carvalho. Acho que as suas possibilidades de ser opção regular aumentam com o sistema de 3 médios. No sistema anterior não o estava a ver a 8 nem nas alas, talvez só a segundo avançado. Mais do que uma alternativa ao Pizzi vejo-o como (bom?) suplente do Krovi. O Pizzi, apesar de não estar tão bem como habitualmente, participa muito nas acções defensivas a fechar linhas de passe e a condicionar a acção dos adversários e ajuda muito o Fejsa. Não me parece que o João tenha essa cultura defensiva. Mas como terceiro médio/10 pode jogar mais à vontade e mostrar o seu valor.

    É pena irmos para um jogo destes já fora da luta...Mas lá estarei!

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  3. Que sina essa da Liga dos Campeões só com derrotas! Eu queria muito ver uma alternativa a Pizzi e Krovinovic naquele meio campo, mas pelo jogo de ontem, o João Carvalho mostrou que ainda é cedo para apostar nele. O keaton Parks parece estar bem à frente. Outra desilusão foi o Diogo Gonçalves. E o Zivkovic também. Com tanta gente a pedir o seu nome no lugar do Salvio ele mostrou muito pouco. Mas enfim, talvez na esquerda ainda possa ser titular. Mas substituir o Salvio é que não! Precisamos urgentemente de um bom banco. Ontem até tive saudades do Rafa! Pelo menos acabou esse suplício! Agora é esquecer tudo e focar no jogo com o Estoril. É jogo a jogo! Saudações benfiquistas!

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    Respostas
    1. Também acho que o Keaton está à frente do João. Apesar de partir mais de trás... no terreno. ;
      Quanto às desilusões, falo disso no artigo de hoje, fica difícil sobressair nestes jogos sem objectivos e com tantas alterações no onze. Todos os que referes são bons jogadores. E têm características diferentes para funções diferentes, na mesma posição. É muito bom ter isso num plantel. Não acho que nos falte banco, pelo menos para extremos.

      É isso! É limpar a cabeça e carregar no Estoril!
      Força BENFICA!

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