Páginas

Se todas as batalhas da

"SE TODAS AS BATALHAS DA HUMANIDADE SE TRAVASSEM APENAS NOS CAMPOS DE FUTEBOL, QUÃO BELAS SERIAM AS GUERRAS!" (Augusto Branco)

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

É ISTO! AGORA É CONTINUAR.






Foi preciso chegarmos a meio da prova para encontrarmos o nosso caminho, mas parece que finalmente entrámos nos eixos. O novo modelo parece já ter sido devidamente assimilado pela equipa. A estabilização do Onze inicial e a afirmação dos novos elementos também são factores fundamentais para este reencontro do Benfica com as boas exibições.

Ontem, em Moreira de Cónegos, fizemos um jogo que terá de ser a bitola para a segunda volta. Criámos muitas oportunidades e concedemos pouquíssimas. Reagimos bem à perda de bola e diversificámos os ataques à baliza contrária. Dominámos territorialmente e impusemos o nosso ritmo. Em suma, marcámos e não sofremos! É isto que temos de fazer. Agora é continuar. 

Com excepção dos primeiros quinze minutos da segunda parte, tivemos sempre o jogo controlado. Neste período a equipa ter-se-á ressentido da substituição forçada do Samaris pelo Keaton Parks, mas depois reencontrou-se. Julgo que o nosso texano terá mais possibilidades de se afirmar jogando a 8 e não a 6, como parece demonstrar aquela incursão que fez na área do Moreirense em que conseguiu chegar à linha de fundo e cruzar ao primeiro poste. Mas, globalmente, tivemos uma exibição muito bem conseguida em que, pela negativa, apenas há a apontar o desperdício de várias ocasiões claras.

Uma das vantagens da continuidade de um Onze base é o surgimento de "pequenas sociedades" que vão assumindo um funcionamento autónomo e cada vez mais automático. A mais produtiva e espectacular deste novo Benfica é aquele triângulo dourado que se desdobra pelo corredor esquerdo: Grimaldo, Cervi e Krovi prometem dar-nos muitas alegrias. Talvez também o Rafa possa vir a integrar o trio, em alternativa ao Cervi. Mas por agora faz mais sentido manter o argentino. 

A dupla de centrais formada pelo Rúben e pelo Jardel parece ter encontrado a estabilidade indispensável no sector recuado. Veremos qual será a opção quando o Luisão recuperar, mas talvez seja melhor não alterar nos próximos tempos. O Varela - grande defesa ontem, a segurar os três pontos! -  dá sinais de evolução num dos aspectos que eu lhe apontava como ponto fraco; a resolução dos cruzamentos. (Quanto ao controlo da profundidade e jogo de pés no início de construção, parece-me mais difícil que venha a atingir o patamar desejável). 

Na frente, o Jonas mostra-se plenamente à-vontade no seu novo papel de falso nove. Continua a participar na construção no meio-campo ofensivo e não deixa de aparecer na zona de finalização. Nem deixa de facturar. São já 20 golos em 17 jogos na Liga. 

O Pizzi, ainda aquém do seu melhor, dá sinais de retoma e ontem fez um bom jogo, para além do belo golo que marcou. Caso o João Carvalho - excelente entrada, logo com uma assistência -  consiga afirmar a sua indiscutível qualidade, podemos ganhar algo com o regresso do transmontano ao lado direito e a inclusão do jovem talento no centro, a par do Krovi. 

Como referi atrás, julgo que é aconselhável manter o Onze que tem sido habitual por mais alguns jogos. Numa equipa que tem acusado tanta instabilidade, com exibições tão irregulares ao longo da época, a continuidade de um Onze que tem dado boa resposta é um bem precioso. Apenas por castigo ou lesão deverão ocorrer mexidas, como ontem no caso do Samaris pelo Fejsa. Mas ainda assim, dei por mim a imaginar este Onze, muito poderoso ofensivamente:









Atente-se no potencial de dinâmica e criatividade destes triângulos ofensivos.

Pela esquerda: Grimaldo-Krovi-Rafa
Pela direita: Salvio-João-Pizzi
Pelo centro-esquerda: Krovi-Rafa-Jonas
Pelo centro-direita: João-Pizzi-Jonas

Este 4-3-3 bem trabalhado e servido por jogadores tecnicamente dotados e inteligentemente criativos pode ser um caso muito sério. E muito divertido ao mesmo tempo!




Por agora, só podemos esperar que a nossa equipa consiga consolidar o processo e somar muitas vitórias consecutivas. Até ao momento, ainda só conseguimos uma série de quatro, o que é manifestamente pouco. Assim a gente consiga fazer a nossa parte, que os outros hão-de escorregar. Se vencermos os confrontos directos, só precisamos de recuperar dois pontos ao actual líder. Temos dezassete jogos para o conseguir. Eu acredito!


                            Ficha de jogo (aqui)


2 comentários:

  1. Este onze imaginário realmente é coisa de cinema. Ter duas alas tão ofensivas assim, com aquelas triangulações diabólicas à direita e à esquerda... Para já a boa notícia é que o Rui Vitória terá longas semanas para treinar e treinar. E eu testava também o André Almeida como alternativa a Fejsa, porque o Samaris anda a jogar muito mal.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pois é, mas já vimos filmes destes... Até agora, apenas aconteceu em situações de desespero, no final de jogos em que estamos a perder ou empatados. Mas bem trabalhado, pode ser uma opção para jogos em que já sabemos que o adversário vai baixar o bloco e não vai dividir o jogo a meio-campo.

      Para o André ser uma alternativa ao Fejsa, precisamos de uma alternativa ao André na lateral direita. Mas não estou muito preocupado com isso. O Fejsa tem estado bem fisicamente e o Samaris quando faz 3 ou 4 jogos seguidos, acaba por se orientar.

      Mas é isso, agora é trabalhar. O caminho é este!

      Eliminar

Partilha aqui a tua opinião