Amanhã frente ao Estoril não contaremos com o Salvio que tem sido titular (in)discutível esta época, tendo actuado em 21 dos 23 jogos já realizados pelo Tricampeão. O mais provável é que seja o Rafa o escolhido para actuar de início, recuperando o Cervi a titularidade perdida no derby. No eixo do ataque contaremos com o Gonçalo e o Raúl.
Esta provável alteração implica muito mais do que uma simples troca do jogador A pelo jogador B, mesmo que o Rafa comece o jogo na posição habitualmente ocupada pelo Salvio.
O Salvio é o nosso extremo mais clássico, no sentido em que é um destro que actua preferencialmente, senão exclusivamente, a partir do flanco direito e desenvolve as suas acções dentro da tipologia clássica do extremo. Ou seja: exploração do um-contra-um, às vezes um-contra-dois-ou-três; aproveitamento máximo da largura e profundidade do terreno, ainda que com algumas incursões pelo centro; e tentativa de finalizar as suas jogadas com assistência para golo ou mesmo concretizando ele próprio. São estas as suas características e é este o seu jogo, para o bem (na maioria das vezes) e para o mal (algumas vezes).
O Rafa, sendo também destro e podendo actuar a partir da direita, é um jogador muito diferente nas suas acções e tem um portfolio de jogadas muito mais vasto. É muito explosivo e também desequilibra individualmente, mas para além disso consegue ser mais combinativo em jogadas envolvendo vários elementos. Seja em tabelinhas, dando apoios frontais ou respeitando as desmarcações dos colegas, o Rafa dá mais soluções ao nosso jogo ofensivo do que o Salvio.
Acresce que com Cervi, Guedes e Rafa no apoio ao ponta-de-lança, podemos assistir a inúmeras trocas de posição entre estes três ao longo do jogo, dificultando as marcações adversárias e tirando partido da vasta gama de recursos de todos eles. Por exemplo, repararam no show de bola que o Gonçalo deu quando passou a jogar como falso extremo esquerdo frente ao Real? Também o Cervi se sente confortável partindo da direita em slalom para dentro com o seu pé esquerdo. No meio, talvez ainda não seja muito esclarecido. Quanto ao Rafa ... bem, o Rafa quer arranque da esquerda, da direita ou do meio, vai sempre partir a louça toda.
Não é expectável que todas as jogadas ofensivas deste putativo (e rotativo) trio, apoiado em Pizzi e com a referência móvel em Raúl, resultem na perfeição amanhã frente ao Estoril. Mas creio que poderemos retirar apontamentos interessantes.
Proponho então este onze:
Na frente, já falámos.
No meio, não há nada a falar.
Nas laterais, só podem ser estes. O Nelson terá espaço para subir e fazer as suas diabruras.O André jogará mais em apoio.
No centro, contamos com quatro belíssimos centrais e qualquer dupla nos dá garantias. Para amanhã escolho estes dois, vá lá, por simpatia.
Se nós vamos estrear um ataque, o Estoril estreia um treinador, o que é sempre um "pau de dois bicos". Mas o fundamental é estarmos ao nosso nível. Bem concentrados e com inspiração havemos de vencer!
Parece que lotámos o António Coimbra da Mota. Ainda bem que comprei logo o bilhete. Lá estarei para fazer a minha parte.
CARREGA BENFICA!!
Gostava muito, mesmo muito, de ver esta equipa amanhã...
ResponderEliminarE pensar que faltam ainda Grimaldo e Jonas, nem é bom pensar.
Vamos lá passar mais este obstáculo, qualquer que seja a equipa que RV lance em jogo!
ResponderEliminarPois é, António Madeira! Até ficamos com dor de cabeça de pensar quem há-de sair quando tivermos o Jonas. Já quando tivermos o Grimaldo, é mais fácil. :)
ResponderEliminarSem dúvida, Nau. Jogue quem jogar, o que importa é ganhar!
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